Área de Livre-Comércio das Américas

Logotipo da Área de Livre Comércio das Américas

A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) foi uma proposta feita pelo presidente dos Estados Unidos, George H. W. Bush, durante a Cúpula das Américas, em Miami, no dia 9 de dezembro de 1994, com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos, com exceção de Cuba, formando assim uma área de livre comércio, cuja data limite seria o final de 2005. Na reunião de Miami foram assinados a Declaração de Princípios e o Plano de Ação.[1]

A estratégia era a de gradualmente suprimir as barreiras ao comércio entre os estados-membros, prevendo-se a isenção das tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados. Uma vez implementada, a ALCA tornaria-se o maior bloco econômico do mundo - englobando também as áreas do NAFTA, na (América do Norte), e do Mercosul, na (América do Sul). O bloco representaria um PIB de mais de US$ 20 trilhões, reunindo uma população de aproximadamente 850 milhões de pessoas.

Uma das principais dificuldades para formação do bloco é a enorme disparidade entre a economia dos Estados Unidos, a maior da América, e a dos demais países americanos. Na maioria desses países, seria necessário realizar vultosos investimentos em infraestrutura, para que a área de livre comércio efetivamente funcionasse. A proposta foi bastante criticada por políticos latino-americanos como Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Hugo Chávez, da Venezuela, pois se efetivada a proposta da Alca, a indústria norte-americana ofereceria produtos a preços mais baixos no continente latino-americano, levando, supostamente, ao fechamento de indústrias e ao aumento do desemprego.

O projeto da ALCA foi recusado pela maioria dos governos latino-americanos desde novembro de 2005, pois continha apenas 2 níveis de integração, os quais favoreceriam os países ricos como os EUA quando foi realizada a Quarta Cúpula das Américas em Mar del Plata e foi praticamente abandonada.[2][3] Em lugar da ALCA, foram criados outros organismos de cooperação regional, sem a participação norte-americana, como a ALBA - Aliança Bolivariana para as Américas.

Membros

A ALCA seria composta pelos 34 países autônomos membros da Organização dos Estados Americanos, com exceção de Cuba, por exigência dos Estados Unidos, que mantinham um embargo econômico contra aquele país.[4]

Ver também

Referências

  1. Congresso Nacional. Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul. Representação brasileira. Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
  2. Cúpula não resolve impasse entre Estados Unidos e Mercosul. BBC, 6 de novembro de 2005.
  3. Quarta Cúpula da América. Declaração de Mar del Plata. Mar de Plata, Argentina, 5 de novembro de 2005 "Criar Trabalho para Enfrentar a Pobreza e Fortalecer a Governabilidade Democrática".
  4. G1 (portal de notícias) (dezembro de 2014). «Fim do embargo dos EUA à Cuba». www.g1.com. Consultado em 23 de março de 2015 

Ligações externas

  • BARROS, Roberto della Santa. Lutas sociais, neoliberalismo e limites democráticos no Brasil. Gênese, formação e perspectivas da campanha (inter) nacional contra a Alca (1998-2003). Araraquara: Unesp, 2007.
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