3-5-2

O 3-5-2. O miolo de zaga ganha mais um defensor (líbero) e os laterais, agora como alas, têm mais liberdade para atacar.

No futebol, o 3-5-2 é um dos esquemas tácticos das equipas. Tem 3 defensas, 5 meio-campo e 2 avançados. É o segundo esquema tático mais utilizado atualmente.

História

Ciente de que todos os times do mundo usavam dois atacantes e decidido a tentar recuperar pelo menos parte do futebol total, o então técnico da seleção dinamarquesa, Sepp Piontek, teve uma ideia. Tirou um jogador da defesa e o empurrou para o meio-campo. Ele pensou: Para que mais de três zagueiros se todo mundo atacava com dois sujeitos?

A grande diferença para esquemas como o WW húngaro, que tinha uma formação de 3 zagueiros, 2 médios ou volantes, 3 meias ou armadores e 2 atacantes, era que os beques marcavam por zona e não homem-a-homem. Com tanto espaço para cobrir, certamente haveria erros. Para corrigi-los o terceiro defensor ficava atrás deles, atuando como líbero. O esquema exigia que o meio-campo ajudasse na marcação de meias ofensivos.

Nascia assim a "Dinamáquina", semifinalista da Euro 84. O 3-5-2 dinamarquês de Sepp Piontek inovou num esquema de três zagueiros que não era defensivo. O líbero saía para o jogo quando o time estava com a posse de bola, chegando a incorporar o meio campo e, em alguns casos, o ataque. O esquema era composto por uma linha de três defensores, no meio campo havia um volante, dois alas, e dois meias armadores; e dois centroavantes um pouco abertos. O sistema foi muito utilizado na Europa nos anos 90.

Após cair em desuso no final dos anos 90 até 2010 (o último a utiliza-lo com sucesso foi o técnico Felipão com a Seleção Brasileira em 2002) o esquema voltou a moda novamente em 2014, quando o técnico holandês Louis Van Gaal conseguiu o 3o lugar na Copa do Mundo do Brasil.[1]

Inovações

  • Líbero - O líbero, no esquema 3-5-2, tem também funções ofensivas
  • Alas - Os alas têm na origem a função de não apenas jogar pelos lados, mas também ocupar os espaços de meio-campo na articulação das jogadas.

3-5-2 Brasileiro

No Brasil, o 3-5-2 é tratado como uma tática defensiva. É que no 3-5-2 o líbero virou o “homem da sobra”, ou pior: o “terceiro zagueiro”. Atua fincado atrás da linha de zaga, sem liberdade para apoiar nem sequer de posicionar-se à frente deles, como um volante. E assim, o time ganha a sobra, e ainda tem maior numero de jogadores no meio campo, ficando com 5 no meio.[2].

A Seleção Brasileira de Sebastião Lazaroni atuou desta maneira em 1990. O Brasil de Felipão, campeão do mundo em 2002, também atuava no 3-5-2[2].

  • Portal do futebol

Referências

  1. espn.uol.com.br/ Euro vê ressurreição de esquema que Felipão usou na Copa-2002 e estava "fora de moda"
  2. a b placar.abril.com.br/ Arquivado em 30 de setembro de 2013, no Wayback Machine. Ao ataque! Entenda os esquemas táticos que revolucionaram o futebol

Ligações externas

  • globoesporte.globo.com/ Especial: A escola brasileira – talento e compensações táticas (Parte I)
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Esquemas táticos
1-1-8  • 3-4-3 (ou W.M)  • 4-2-4  • 4-3-3  • 4-4-2  • 3-5-2
(A FIFA reconhece apenas esses 6 esquemas. Os demais são considerados variações destes já existentes)
Variações
1-2-7  • 1-6-3 (formação Kamikaze)  • 1-3-2-4 dos Mágicos Magiares 2-3-5 (formação clássica ou pirâmide)  • 2-3-5 Danubian School  • 2-3-2-3 (ou WW)  • 2-3-2-3 metodo  • 2-2-6  • 3-2-2-3 (ou WM)  • 3-2-3-2 (ou MM)  • 3-2-5  • 3-3-1-3  • 3-3-3-1  • 3-4-2-1  • 3-4-1-2  • 3-4-3 moderno  • 3-5-1-1  • 3-6-1  • 4-1-4-1  • 4-1-3-2  • 4-1-2-1-2 (diamante)  • 4-2-4 em diagonal  • 4-2-2-2 (retângulo mágico)  • 4-2-3-1  • 4-3-1-2  • 4-3-2-1 (árvore de natal)  • 4-4-2 à Inglesa  • 4-4-1-1  • 4-5-1  • 4-6-0  • 5-3-2  • 5-4-1  • 5-5-0  • 5 por 5 reversível  • 6-4-0  • 6-3-1
Estilos de jogo
Long Ball (Kick and Rush)  • Catenaccio  • Estacionar o ônibus  • Ferrolho suíço  • Futebol Científico  • Futebol Líquido  • Futebol Total  • Gioco all'italiana (ou Zona mista)  • Tiki-taka