Alassane Ouattara

Alassane Ouattara UNESCO 09-2011
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Alassane Ouattara
5.º Presidente da Costa do Marfim
Período 4 de dezembro de 2010
a atualidade
Vice-presidente Vacante
Antecessor(a) Laurent Gbagbo
2.º Primeiro-ministro da Costa do Marfim
Período 7 de novembro de 1990
a 11 de dezembro de 1993
Presidente Félix Houphouët-Boigny
Antecessor(a) Félix Houphouët-Boigny
Sucessor(a) Daniel Kablan Duncan
Dados pessoais
Nascimento 1 de janeiro de 1942 (82 anos)
Dimbokro, África Ocidental Francesa
Alma mater Universidade Drexel
Wharton School
Cônjuge Dominique Folloroux-Ouattara (1991-presente)
Partido PCDI (1988-1994)
RDR (1994-2018)
RHDP (2018-presente)

Alassane Dramane Ouattara (Dimbokro, África Ocidental Francesa, 1 de janeiro de 1942) é um político costa-marfinense, atual presidente da Costa do Marfim desde 2010, já que foi considerado vencedor das últimas eleições presidenciais e o presidente Laurent Gbagbo se negava a ceder o poder.[1] Mas em 11 de abril de 2011, após a prisão de Laurent Gbagbo, Ouattara assumiu a presidência da Costa do Marfim, encerrando um período de quatro meses de tensões políticas no país.

Foi primeiro-ministro da Costa do Marfim de novembro de 1990 até dezembro de 1993. Atualmente, é o Presidente da Aliança dos Republicanos (RDR), um partido que tem sua base de apoio no norte do país e foi candidato nas eleições presidenciais de 2010.

Além de ser político, é também um tecnocrata, se formou como economista e trabalhou para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).

A 12 de setembro de 2017, foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal, por ocasião da sua visita de Estado a Lisboa.[2]

Sob sua presidência, a justiça é manipulada para neutralizar seus oponentes políticos. A Comissão Eleitoral Independente (IEC), responsável pelas eleições, é altamente contestada pela oposição devido ao controlo exercido sobre ela pelo governo. Em 2016, a Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos reconheceu que a CEI não era imparcial nem independente e que o Estado da Costa de Marfi violou, entre outras coisas, a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. Num relatório confidencial tornado público pela imprensa, os embaixadores europeus evocam autoridades que "são impermeáveis a críticas internas ou externas e politicamente demasiado fracas para aceitar o jogo democrático". Milhares de opositores são presos pelo seu regime.[3]

Em 2017, reapareceram tensões entre as forças que tinham ajudado Ouattara a tomar o poder em 2011. Durante meses, os antigos rebeldes do Norte têm reclamado o preço de seu compromisso militar com ele. Depois de vários motins em janeiro e maio, mais de 8.000 deles, integrados nas Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI), finalmente receberam um bônus de 18.000 euros. No entanto, as antigas tropas aliadas não receberam quaisquer prémios e continuam a revoltar-se. O Presidente da Assembleia Nacional e o antigo rebelde anti-Gbagbo, Guillaume Soro, distanciou-se em 2017 da presidência de Ouattara e manifestou as suas ambições presidenciais. Apela igualmente à libertação dos presos políticos a fim de "pôr termo à justiça dos vencedores".[4]

Referências

  1. «El Banco Mundial congela la ayuda a Costa de Marfil» (em espanhol). Consultado em 22 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 23 de abril de 2014 
  2. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alassane Dramane Ouattara". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 27 de outubro de 2017 
  3. https://www.mediapart.fr/journal/international/080818/cote-d-ivoire-lache-de-toutes-parts-le-president-ouattara-consent-quelques-concessions
  4. https://www.marianne.net/monde/michel-gbagbo-les-jeux-de-la-francophonie-ne-cachent-pas-l-echec-de-ouattara-en-matiere-de

Precedido por
Laurent Gbagbo

5º Presidente da Costa do Marfim

2010 - atualidade
Sucedido por
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