Antônia de Esmirna

Antônia (50 a.C. — ?) foi um filha de Marco Antônio e Antônia Híbrida Menor.

Quando no início de maio de 44 a.C., cerca de um mês e meio após o assassinato de Júlio César, seu herdeiro principal Augusto entrou em Roma para assumir o poder, Marco Antônio o declarou imediatamente seu concorrente. Embora Marco Antônio como líder cesariano e cônsul tivesse muito mais poder que Augusto, procurou reforçar seu poder mediante uma ligação com o mestre da cavalaria (magister equitum) Marco Emílio Lépido. Nomeou assim Lépido, aproximadamente no fim de maio de 44 a.C., pontífice máximo (pontifex maximus) e declarou sua jovem filha Antônia noiva de um dos filhos de Lépido, Marco Emílio Lépido Menor.[1]

Theodor Mommsen identificou Antônia com a esposa de mesmo nome do asiático Pitódoro de Trales, que foi mãe de Pitodoris, mulher de Polemão I do Ponto. Portanto, o noivado com o filho de Lépido teria sido desfeito. A teoria de Mommsen não é aceita com unanimidade. Por exemplo, o historiador da antiguidade Christian Marek não acredita nesta identificação.[2]

Árvore genealógica

Antônios
Gente Antônia
Árvore genealógica
dos Antônios
(143 a.C.-37 d.C.)
Caio Antônio
Marco Antônio Orador
cons. em 99 a.C.
1 Numitória
Marco Antônio Crético
pret. em 65 a.C.
2 Júlia
Caio Antônio Híbrida
cons. em 63 a.C.
Caio Antônio
pret. em 44 a.C.
Lúcio Antônio
cons. em 41 a.C.
3 Fúlvia
Marco Antônio
cons. em 44 e 34 a.C.
4 Otávia Menor
1 Fádia
2 Antônia Híbrida Menor
Antônia Híbrida Maior
Lúcio Canínio Galo
Marco Antônio Antilo
Cláudia Marcela, a Velha
Julo Antônio
cons. em 10 a.C.
Antônia, a Velha
Lúcio Domício Enobarbo
cons. em 16 a.C.
Antônia Menor
Druso Maior
cons. em 9 a.C.
Antônia de Trales
Pitódoro de Trales
Lúcio Antônio
Caio Antônio
Jula Antônia
5 Cleópatra
Rainha do Egito (51-30 a.C.)
Alexandre Hélio
Juba
Rei da Numídia (30-25 a.C.) e da Mauritânia (25-23 a.C.)
Cleópatra Selene
Ptolemeu Filadelfo


  • (1) = primeiro cônjuge
  • (2) = segundo cônjuge
  • (3) = terceiro cônjuge
A linha tracejada indica um casamento

Referências

  1. Cassius Dio 44, 53, p. 6; Jochen Bleicken, Augustus, Berlin 1998, p. 65.
  2. Christian Marek, Geschichte Kleinasiens in der Antike, Munique 2010, p. 384.