Apeadeiro de Luso - Buçaco

Luso Buçaco
Identificação: 46094 LBU (Luso Buçaco)[1]
Denominação: Apeadeiro de Luso Buçaco
Classificação: A (apeadeiro)[1]
Linha(s): Linha da Beira Alta (PK 59,220)
Altitude: 164.8 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°23′24.86″N × 8°23′5.82″W

(=+40.39024;−8.38495)

Mapa

Localização na rede
Mapa de ferrovias em Portugal
(mais mapas: 40° 23′ 24,86″ N, 8° 23′ 05,82″ O; IGeoE)
Município: border link=MealhadaMealhada
Serviços: R
Conexões: Serviço de táxis
Equipamentos: Sala de espera Telefones públicos Lavabos
Inauguração: 1 de julho de 1883 (há 140 anos)
Diagrama:

Pego (Sentido Pampilhosa)
Luso - Buçaco
Soito (Sentido Vilar Formoso)
Website:
  • Página oficial (I.P.), com horários em tempo real (arq. Refer)
  • Página oficial (C.P.)

O Apeadeiro de Luso Buçaco (nomes anteriormente grafados como "Luzo"[2][3] e "Bussaco"[4]),[5] variavelmente identificado também como "Luso-Buçaco" e "Luso - Buçaco" e originalmente denominado apenas de Luso ou do Luso,[6][7] é uma interface da Linha da Beira Alta, que serve a localidade de Luso, no Distrito de Aveiro, em Portugal.

Caracterização

Este apeadeiro tem acesso pela Rua da Fotografia Conimbricense, na localidade de Luso.[8] O edifício de passageiros situa-se do lado sul da via (lado do direito sentido ascendente, a Vilar Formoso).[9] A superfície dos carris do apeadeiro de Luso-Buçaco no seu ponto nominal situa-se à altitude de 1648 dm acima do nível médio das águas do mar.[6]

História

Ver artigo principal: Linha da Beira Alta § História
Vista da estação do Luso, junto à Ponte de Várzeas, à época da inauguração.

A Linha da Beira Alta foi inaugurada em 1 de Julho de 1883, pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta.[10] O apeadeiro de Luso, então com categoria de estação, constava já do elenco original de estações e apeadeiros.[6]

Em 1888 existia um serviço de diligências entre a estação ferroviária do Luso e as termas, que demorava cerca de vinte minutos.[11] Em 1913, a estação era servida por carreiras de diligências até ao Luso e Buçaco.[12]

Entre 1883[6] e 1913,[4][quando?] o nome deste interface passou de Luso a Luso-Buçaco (m.m. variações ortográficas e tipográficas).

Em 1932, foi instalada uma nova báscula de 30 t em Luso.[13] O chefe da estação foi homenageado nos concursos das estações floridas da Companhia da Beira Alta em 1934[14] e 1935.[15] Em 1936, a Companhia da Beira Alta fez grandes obras de reparação no edifício e nas retretes de Luso.[16] Em 1939 foi substituída a vedação do jardim do lado de Pampilhosa por uma de betão armado, o pavimento da plataforma entre as vias 1 e 2 foi reconstruído em betanilha, e reparou-se o interior das habitações do chefe, do factor e do praticante, e da guarita do agulheiro.[17]

Em 25 de Outubro de 1949, foi organizado um comboio especial entre Queluz e Luso, onde viajou o chefe de estado espanhol, Francisco Franco.[18]

Em 1952, o jornalista José da Guerra Maio sugeriu uma alteração no traçado da Linha da Beira Alta para melhor servir as Termas do Luso, aproveitando a programada substituição do Viaduto das Várzeas. Desta forma, o novo novo percurso seguiria para Sul logo após a estação, acompanhando a encosta e passando junto à localidade do Luso, terminando no ponto entre o viaduto e o túnel.[19] Nesse ano, foi realizado o XI Concurso das Estações Floridas, organizado pela Repartição de Turismo do Secretariado Nacional de Informação e pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, tendo o chefe da estação do Luso-Buçaco, Francisco Gonçalves, recebido uma menção honrosa.[20][21] No XIII Concurso das Estações Floridas, em 1954, a gare do Luso-Buçaco foi homenageada com uma menção honrosa especial.[22] Nos dias 14 e 15 de Abril de 1954, foi interrompida a circulação dos comboios entre as estações de Mortágua e Luso, para os trabalhos de substituição da Ponte de Milijoso, tendo sido organizado um serviço rodoviário para o transbordo dos passageiros.[23]

Em 1985 este interface tinha ainda categoria de estação.[9]

Durante o projecto de modernização da Linha da Beira Alta, na década de 1990, foi duplicado o primeiro troço da Linha da Beira Alta, entre a Pampilhosa e as proximidades de Luso,[24] sendo este interface término de um longo segmento da linha que se manteve em via única, fruto do seu traçado mais sinuoso, inserido em relevo acidentado e dotado de curvas apertadas, túneis, e pontes.[carece de fontes?]

Comboio de mercadorias circulando no apeadeiro do Luso, em 2014.

Ver também

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. (anónimo): Mapa da Rede. Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta / Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego: 1940 (painel de azulejos na Estação Ferroviária de Vilar Formoso)
  3. (anónimo): “Busaco and the future of Portuguese health resorts” The Lancet 4323 (vol. 168) (1906.07.07): p.48
  4. a b Mendonça e Costa; Amaral: “Beira Alta” Guia Official dos Caminhos de Ferro de Portugal 168 (1913.10). Pessoa & C.ª / Typ. Horas Romanticas: Lisboa: p.95
  5. (anónimo): “Luzo - Hotel Serra”. Mercearia Alliança: Luzo-Bussaco, ~1900 (postal ilustrado)
  6. a b c d (anónimo): “Caminho de Ferro da Beira Alta” Diario Illustrado 3307 (1882.07.24)
  7. Marquês de Gouvêa: Tarifa Especial N.º 9 Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta: 1903
  8. «Luso Buçaco - Linha da Beira Alta». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 15 de Dezembro de 2016 
  9. a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  10. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). p. 133-140. Consultado em 5 de Fevereiro de 2014 
  11. «Guia annunciador do viajante luso-brasileiro: indicador official dos caminhos de ferro e da navegação». Biblioteca Nacional Digital. Ano 10 (37). Lisboa: Empreza do Guia Annunciador. 1888. p. 70. Consultado em 25 de Setembro de 2018 
  12. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 26 de Fevereiro de 2018 
  13. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1932» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1081). 1 de Janeiro de 1932. p. 10-14. Consultado em 1 de Outubro de 2012 
  14. «Linha da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1120). 16 de Agosto de 1934. p. 418. Consultado em 1 de Outubro de 2012 
  15. «Ajardinamento das estações da Linha da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1144). 16 de Agosto de 1935. p. 356. Consultado em 15 de Dezembro de 2016 
  16. «O que se fez em caminhos de ferro durante o ano de 1936» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1179). 1 de Fevereiro de 1937. p. 86-87. Consultado em 15 de Dezembro de 2016 
  17. «O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1249). 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 15 de Dezembro de 2016 
  18. «Figuras Ferroviárias: Engenheiro José de Sousa Nunes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1639). 1 de Abril de 1956. p. 179. Consultado em 20 de Dezembro de 2016 
  19. MAIO, Guerra (1 de Fevereiro de 1952). «A linha de Fátima e a rede alentejana» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1539). p. 473-474. Consultado em 15 de Dezembro de 2016 
  20. «Ao XI Concurso das Estações Floridas apresentaram-se 78 estações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 65 (1558). 16 de Novembro de 1952. p. 338. Consultado em 20 de Dezembro de 2016 
  21. «XI Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 66 (1570). 16 de Maio de 1953. p. 112. Consultado em 20 de Dezembro de 2016 
  22. «XIII Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1608). 16 de Dezembro de 1954. p. 365. Consultado em 20 de Dezembro de 2016 
  23. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1641). 1 de Maio de 1956. p. 212-213. Consultado em 20 de Dezembro de 2016 
  24. MARTINS et al, 1996:200

Bibliografia

  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre o Apeadeiro de Luso - Buçaco

Ligações externas

  • «Fotografia do Apeadeiro de Luso - Buçaco, no sítio electrónico Flickr» 
  • «Página sobre o Apeadeiro de Luso - Buçaco, no sítio electrónico Wikimapia» 
  • v
  • d
  • e
Estações e apeadeiros da Linha da Beira Alta
PampilhosaVacariçaPego • Luso-Buçaco • TrezóiSoitoMonte dos LobosMortáguaFreixoBredaSanta Comba DãoCastelejoPapíziosPóvoa da ArenosaCarregal do SalAlvarelhosOliveirinha-CabanasFiais da TelhaLapa do LoboCanas-FelgueiraUrgeiriçaFolhadalNelasVilar SecoMoimenta-AlcafacheMangualdeContençasAbrunhosaGouveiaFornos de AlgodresMuxagataVila Boa do MondegoCelorico da BeiraMinhocalBaraçalMaçal do ChãoMaçal da RibeiraVila Franca das NavesCerejoPinhelTrajinhaSobralAlvendreGuardaGataVila GarciaVila FernandoRochosoCerdeiraMiuzelaNoémiCastelo MendoMalhada SordaFreinedaAldeiaVilar Formoso
  • v
  • d
  • e
Concursos das Estações Floridas
Ano Prémio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º
1941 Castêlo da Maia Luso-Buçaco Alcântara-Mar
1942 Castêlo da Maia Portimão Carcavelos
1943 Rio Tinto Fornos de Algodres Olhão
1944 Darque Olhão Pero Negro
1945 Leça do Balio Caminha Afife
1946 Runa Pinhal Novo Leixões
1947 Runa Fornos de Algodres Caminha
1948 Caminha Fornos de Algodres Castelo de Vide
1950 Runa Olhão Caminha
1951 Valado Runa Cête Leixões Olhão Caminha
1952 Leixões Valado Runa Olhão Cête Afife
1953 Olhão Caminha Valado Runa Rio Tinto Leixões
1954 Leixões S. Mamede de Infesta Valado Rio Tinto Runa Olhão
1955 Valado Leixões Barroselas Olhão Fornos de Algodres Luso-Buçaco
1956 Valado Leixões Cête Paçô Vieira Olhão Paredes
1957 Luso-Buçaco Valado Paçô Vieira Fronteira Fornos de Algodres Contumil
1958 Caminha Leixões Olhão Valado Luso-Buçaco Fronteira
1959 Fronteira Fornos de Algodres Contumil Luso-Buçaco Valado Olhão
1960 Elvas Barcelos Macinhata Covas Olhão Canedo
1961 S. João da Madeira S. Mamede de Infesta Valença Porto-Trindade Chaves Celorico de Basto
Ícone de esboço Este artigo sobre uma estação, apeadeiro ou paragem ferroviária é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.