Carl Reichenbach

Carl Reichenbach
Carl Reichenbach
Nascimento 12 de fevereiro de 1788
Estugarda
Morte 19 de janeiro de 1869
Leipzig
Cidadania Reino de Württemberg
Filho(a)(s) Hermine von Reichenbach
Alma mater
  • Universidade de Tubinga
Ocupação químico, engenheiro, empreendedor, geólogo, metalúrgico, botânico, astrólogo, filósofo, naturalista
Título barão
[edite no Wikidata]

Carl (Karl) Ludwig Freiherr von Reichenbach (Stuttgart, 12 de fevereiro de 1788 — Leipzig, 19 de janeiro de 1869) foi um industrial, metalurgista, químico, naturalista e filósofo alemão.

É mais conhecido pelas descobertas da querosene (essencial para o combustível de foguetes), parafina e fenol antisséptico (usado nos sprays bucais modernos). Reichenbach passou a última parte da sua vida desenvolvendo a teoria vitalista da força ódica, o princípio vital que, acreditava, envolve e liga todos os seres vivos, conceito que jamais obteve crédito entre os principais cientistas.

Contribuições científicas

Reichenbach conduziu investigações científicas originais em muitas áreas. A primeira monografia geológica que apareceu na Áustria foi sua Geologische Mitteilungen aus Mähren (Viena, 1834).[1]

Sua posição como chefe das grandes obras químicas, fornos de ferro e oficinas mecânicas na grande propriedade do conde Hugo garantiu-lhe excelentes oportunidades para a realização de pesquisas experimentais em larga escala. De 1830 a 1834 ele investigou produtos complexos da destilação de substâncias orgânicas como carvão e alcatrão de madeira, descobrindo uma série de compostos de hidrocarbonetos valiosos, incluindo creosoto, parafina, eupione e fenol (antissépticos), pittacal e cidreret (corantes sintéticos), picamar (um perfume base), Assamar, Capnomor, e outros. Sob o nome de eupione, Reichenbach incluiu a mistura de óleos de hidrocarbonetos agora conhecidos como parafina cerosa ou óleos de carvão. Em seu artigo descrevendo a substância, publicado pela primeira vez no Neues Jahrbuch der Chemie und Physik, B, ii, ele se debruçou sobre a importância econômica desta e de suas parafinas associadas, sempre que os métodos de separá-los de forma barata dos compostos betuminosos naturais fossem estabelecidos.[1]

Magnetismo da Terra

Reichenbach expandiu o trabalho de cientistas anteriores, como Galileu Galilei, que acreditava que o eixo da Terra estava magneticamente conectado a uma força central universal no espaço, ao concluir que o magnetismo da Terra vem do ferro magnético, que pode ser encontrado em meteoritos. Seu raciocínio era que meteoritos e planetas são os mesmos, e não importa o tamanho do meteorito, a existência polar pode ser encontrada no objeto. Isso foi considerado conclusivo pela comunidade científica no século 19.[2]

A força Odic

Em 1839, Von Reichenbach retirou-se da indústria e iniciou uma investigação da patologia do sistema nervoso humano. Ele estudou neurastenia, sonambulismo, histeria e fobia, creditando relatos de que essas condições foram afetadas pela lua. Depois de entrevistar muitos pacientes, ele descartou muitas causas e curas, mas concluiu que tais doenças tendiam a afetar pessoas cujas faculdades sensoriais eram excepcionalmente vívidas. Estes ele chamou de "sensíveis".[3]

Influenciado pelos trabalhos de Franz Anton Mesmer, ele levantou a hipótese de que a condição poderia ser afetada pelo eletromagnetismo ambiental, mas finalmente suas investigações o levaram a propor uma nova força imponderável aliada ao magnetismo, que ele pensava ser uma emanação da maioria das substâncias, uma espécie de "princípio de vida" que permeia e conecta todos os seres vivos. A essa manifestação vitalista deu o nome de força Odica.[4]

Obras

  • Das Kreosot (1833)
  • Geologische Mitteilungen aus Marhen (1834)
  • Die Dynamide des Magnetismus (1840)
  • Odisch-Magnetische Briefe (1852)
  • Der sensitive Mensch und sein Verhalten zum Ode (1854)
  • Odische Erweiterungen (1856)
  • Köhierglaube und Afterwissenschaft (1856)
  • Aphorismen über Sensibilität und Od (1866)
  • Die Odische Lohe (1867).

Referências

  1. a b Ripley, George; Dana, Charles Anderson (1862). The New American Cyclopaedia: A Popular Dictionary of General Knowledge (em inglês). [S.l.]: D. Appleton 
  2. Billing, Sidney (1879). Scientific materialism and ultimate conceptions. New York Public Library. [S.l.]: London, Bickers and Son 
  3. Odic-Magnetic Letters -1859. [S.l.]: New York : C. Blanchard. 1860 – via archive.org 
  4. Gerry Vassilatos, Lost Science, Adventures Unlimited Press (2000)ISBN 0932813755 ISBN 978-0-932813-75-6

Fontes

  • Gerry Vassilatos, Lost Science, Adventures Unlimited Press (2000)ISBN 0932813755 ISBN 978-0932813756

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Carl Reichenbach
  • Abreviatura oficial e lista de nomes de plantas e fungos atribuídos a Carl Reichenbach no The International Plant Names Index (IPNI) (em inglês).
  • «Karl von Reichenbach und Od» . Paranormal Site
  • «Karl Ludwig von Reichenbach. University of Stuttgart» 
  • «Researches on Magnetism, Electricity, Heat and Light in their relations to Vital Forces» . Cornell University.
  • «Luminous World» . Artigo de Gerry Vassilatos
  • v
  • d
  • e
Resumo
Tópicos
Organizações
Parapsicólogos
Paranormais
Publicações
Categoria Commons


C.Rchb. é a abreviatura padrão usada para indicar Carl Reichenbach como autoridade na descrição e classificação científica de um nome botânico.
(Lista dos táxones descritos por este autor no IPNI)
  • Portal da história da ciência
Controle de autoridade
  • Wd: Q61147
  • WorldCat
  • VIAF: 74360304
  • BAV: ADV11099583
  • BNF: 146478265
  • Botanist: C.Rchb.
  • CANTIC: 981058511088106706
  • CERL: cnp01504445
  • FAST: 189871
  • GND: 107050978
  • ISNI: ID
  • LCCN: n87803177
  • NDL: 00473630
  • NLA: 35768904
  • NLG: 242795
  • NTA: 148648584
  • NUKAT: n2006150972
  • SNAC: w64q89j7
  • SUDOC: 128696850
  • WikiTree: Reichenbach-294
  • OL: OL1172289A
  • NLI: 000487598
  • Kallías: PE00217417
  • MG: 55566
  • NLA: 1078880
  • NLP: a0000002960938