Centro de Investigação em Saúde de Manhiça

CISM

O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, CISM, criado em 1996, é o primeiro centro de investigação biomédica moçambicano, criado para combater as doenças que são causa e consequência da pobreza desde uma perspectiva inovadora. O CISM é um dos poucos centros de investigação situados numa área rural de África, em contacto directo com os problemas de saúde que afectam a sua população, onde trabalham umas 260 pessoas, a maioria locais, entre pesquisadores e médicos, gestão, administração, brigadas de recolhidas de dados, e logística.

A actividade investigadora do centro orienta-se principalmente a estudar, desde um enfoque multidiciplinar, a malaria, o AIDS, a tuberculose, as pneumonias e as doenças diarreicas. A actividade do CISM desenvolve-se em torno de quatro eixos:

  • Investigação biomédica
  • Formação de pesquisadores e pessoal sanitário
  • Colaboração com outros centros
  • Assistência médica à população.

Ademais, o CISM presta assistência sanitária à comunidade, que se beneficia da presença de pessoal sanitário pesquisador e dos avanços das investigações que se desenvolvem no centro. O CISM também contribui a fortalecer o capital humano do país, especialmente deficitário no âmbito da investigação; para isso desenvolve programas de formação específicos dirigidos a pesquisadores mozambiquenhos, que podem promover e garantir o esforço continuado na luta contra as doenças que geram pobreza em seu próprio país.

Em 2008, o centro criou, também, a Fundação Manhiça a iniciativa dos governos de Espanha e Moçambique, com um conselho ao que pertence Graça Machel, esposa de Mandela. Preside-a Pascoal Mucumbi, ex- Primeiro Ministro do país entre 1994 e 2004.

A Fundação Príncipe de Astúrias entregou em 2008 o prêmio de Cooperação Internacional a quatro centros africanos de investigação em malaria, entre os que se encontra o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), codirigido pelo Dr. Pedro L. Alonso e a Dra. Clara Menéndez. Com este galardão reconheceu-se a contribuição destes centros ao desenvolvimento dos países africanos, através de três eixos fundamentais:

  • A investigação biomédica de doenças como a malaria
  • A assistência técnica e sanitária
  • A formação.

Os outros centros premiados são o Ifakara Health Research and Development Centre (Tanzânia), o Malaria Research and Training Center (Mali), e o Kintampo Health Research Centre (Gana), com os quais o CISM mantém uma estreita colaboração.

Actualmente, o CISM que é uma entidade gerida pela Fundação Manhiça, conta com o Dr. Leonardo Simão, ex-ministro de Saúde e ex-ministro de Negócios Estrangeiros, mas também, conta com um conselho de administração chefiado pelo Dr. Mouzinho Saíde e a Direção Executiva está sob a responsabilidade de Francisco Saúte.

Referências

  • www.cismmanhica.org.
  • O Centro de Investigação em Saúde de Manhica Moçambique recebe o prêmio Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional.
  • https://www.isglobal.org/en_GB/-/el-cism-recibe-una-distincion-del-gobierno-de-mozambique
  • v
  • d
  • e
Laureados com o Prêmio Príncipe ou Princesa das Astúrias de Cooperação Internacional
Prêmio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional
Década de 1980
Década de 1990
Década de 2000
Década de 2010
Prêmio Princesa das Astúrias de Cooperação Internacional
Década de 2010
Década de 2020