Charles Stewart Parnell

Charles Stewart Parnell
Charles Stewart Parnell
Charles Stewart Parnell
Foto de Charles Parnell
Membro do Parlamento Irlandês
Período 21 de abril de 1875 – 5 de abril de 1880
Antecessor(a) John Martin
Sucessor(a) Alexander Martin Sullivan
Dados pessoais
Nascimento 27 de junho de 1846
 Irlanda, Avondale
Morte 6 de outubro de 1891 (45 anos)
 Reino Unido, Brighton
Cônjuge Katharine O'Shea
Partido Partido Parlamentar Irlandês
Religião Igreja da Irlanda

Charles Stewart Parnell (Avondale, 27 de junho de 1846 — Brighton, 6 de outubro de 1891) foi um político e nacionalista irlandês, membro do Partido Parlamentar Irlandês, foi representante de seu país no Parlamento em Londres. Suas posições causavam polêmica entre os irlandeses[1].

Parnell liderou o Partido Parlamentar Irlandês como membro do Parlamento (MP) durante o período do nacionalismo Parlamentar na Irlanda entre 1875 até sua morte em 1891[2].

Vida e obra

Ele era o terceiro filho homem e o sétimo filho de John Henry Parnell, um rico anglo-irlandês com grandes propriedades de terras, de uma família inglesa protestante estabelecida na Irlanda ao tempo de Carlos II. Pelo lado sua sua mãe, era neto do comandante norte-americano Charles Stewart (um enteado do guarda costas de George Washington). Havia ao todo de sua mãe com seu pai onze filhos ao todo: cinco meninos e seis meninas.

Uma bisavó distante de Parnell pertencia da Dinastia Tudor e por isso teve uma distante ligação com a família real britânica[3].

Seus pais se separaram quando tinha seis anos, e como um menino, foi enviado para diferentes escolas da Inglaterra, onde possou uma juventude infeliz. Seu pai morreu em 1859, e ele herdou suas propriedades.[4] Estudou na Universidade de Cambridge. Após uma viagem pelo Estados Unidos, foi nomeado Xerife do condado de Wicklow, em 1874.

Opondo-se à crescente repressão do movimento feniano, juntou-se a Isaac Butt, dirigente da Amnesty Association e a Home Rule Association, vindo a ser eleito para a câmara dos comuns em 1875, onde passados dois anos se tornou o chefe incontestado do partido irlandês. Líder carismático, dotado de excelentes qualidades oratórias, rapidamente organizou o respectivo partido no parlamento, bem como conseguiu obter apoios financeiros juntos do fenianos norte-americanos. Mobilizou ainda o clero católico e co-organiziou a Liga Agrária da qual foi nomeado o primeiro presidente. Foi novamente eleito em 1880, juntamente com 68 apoiantes da Home rule (governo autónomo para a Irlanda).

Defendeu junto dos agricultores e campesinato a adopção da tática do boicote contra os seus perseguidores, nomeadamente os grandes propriétarios. Tal tática provocou inúmeros actos de violência, mas obteve o mérito de tornar a causa irlandesa politicamente relevante na cena britânica. Foi acusado e absolvido de obstrução[1].

Foi um feroz opositor à Coertion bill, a qual criava um regime de excepção no que dizia respeito às liberdades cívicas, para toda a Irlanda, tendo sido preso e a liga Agrária dissolvida. Foi solto um ano depois, após negociações que levaram as autoridades britânicas a aceitarem estudar a questão agrária irlandesa em troca dos esforços de Parnell em diminuir a violência que se vinha alastrando[5].

Parnell foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Comuns, como membro da Liga Home Rule do Parlamento (MP) para County Meath em 21 de Abril de 1875 em uma eleição, apoiada por Fenian Patrick Egan[5][3].

Em 1885 criou a Irish National League e conseguiu eleger 85 defensores da instauração de um governo autónomo nas eleições de 1886. Deu apoio ao governo de William Ewartg Gladstone, que defendia o Home Rule.

Foi acusado de adultério em 1890, com a Srª O'Shea, esposa do seu melhor amigo, do qual divorciou e com quem Parnell acabou por casar[1]. Abandonado pelos seus amigos liberais ingleses e pela hierarquia católica irlandesa, viu igualmente a maioria dos deputados irlandeses afastar-se da sua liderança[6]. Nas tentativas e restaurar a unidade descurou os seus problemas de saúde, falecendo repentinamente.

Suas posições políticas eram um enigma. Era um comunicador eficaz, ele foi habilmente ambivalente em combinar com suas palavras. No entanto, ele tolerada radical republicano e ateu, Charles Bradlaugh e associada com a Igreja Católica Romana[7].

Referências

  1. a b c Bew in ODNB (2004–5)
  2. English (2007), p. 223
  3. a b Bew in ODNB (2004–5)
  4. Venn et al (1922-53)
  5. a b Jackson (2003) p. 42.
  6. Kehoe (2008): Ch.12 "Emissary to the Prime Minister"; Ch.13 "The Go-between"
  7. Kettle (1958) p. 69

Bibliografia

  • Berube, Claude, and John Rodgaard. A Call to the Sea: Captain Charles Stewart of the USS Constitution, Potomac Books Inc., 2005, ISBN 1-57488-518-9
  • Bew, Paul. Charles Stewart Parnell, 1981; reprinted in paperback by Gill & Macmillan, 1991, ISBN 978-0-7171-1886-1
  • Bew, Paul. "Parnell, Charles Stewart (1846–1891)", Oxford Dictionary of National Biography, H. C. G. Matthew & Brian Harrison (Editors), Oxford University Press, 2004-5, ISBN 978-0-19-861411-1
  • Bew, Paul. Enigma: A New Life of Charles Stewart Parnell, Gill & Macmillan, 2011, ISBN 978-0-7171-4744-1
  • Collins, M.E. Movements For Reform 1870-1914, 2008, ISBN 1-84536-223-3
    Text for Leaving Certificate History exams, covering Later Modern Irish History, "Topic 2 for Ordinary and Higher Level."
  • English, Richard. Irish Freedom: A History of Nationalism in Ireland, Macmillan, 2007, ISBN 978-1-4050-4189-8; paperback Macmillan, 2008, ISBN 978-0-330-42759-3
  • Gifford, Don. "Ulysses" Annotated: Notes for James Joyce's "Ulysses", University of California Press, 1989, ISBN 978-0-520-06745-5
  • Harrison, Henry. Parnell Vindicated: the lifting of the veil, London, Constable, 1931
    Harrison’s two books defending Parnell were published in 1931 and 1938. They have had a major impact on Irish historiography, leading to a more favourable view of Parnell’s role in the O'Shea affair. F. S. L. Lyons (below, p. 324) commented that Harrison "did more than anyone else to uncover what seems to have been the true facts" about the Parnell-O'Shea liaison.
  • Hickey, D. J., J. E. Doherty (Editors). A New Dictionary of Irish History from 1800, Gill & Macmillan, 2003, ISBN 978-0-7171-2520-3
  • Horgan, John J. Parnell to Pearse, Browne and Nolan, Dublin, 1948, ASIN B001A4900Q
  • Jackson, Alvin. Home Rule: An Irish History 1800-2000, Weidenfeld & Nicolson, 2003, ISBN 978-1-84212-724-7
  • Kee, Robert. The Green Flag, Penguin, 1972; reprinted: 2000, ISBN 0-14-029165-2
  • Kee, Robert. The Laurel and the Ivy, Penguin Books, 1994, ISBN 0-14-023962-6
  • Kehoe, Elisabeth. Ireland's Misfortune: The Turbulent Life of Kitty O'Shea, Atlantic Books, London, 2008, ISBN 978-1-84354-561-3
  • Kettle Andrew J. The material for victory: Being the memoirs of Andrew J. Kettle, C. J. Fallon, Dublin, 1958, ASIN B0007JAJ5U
  • Lyons, Francis Stewart Leland. Charles Stewart Parnell, Gill & Macmillan, 1973, ISBN ; reprinted in paperback by Gill & Macmillan, 2005, ISBN 978-0-7171-3939-2
  • Maume, Patrick. The Long Gestation - Irish Nationalist Life 1891–1918, p. 8, Gill & Macmillan, 1999, ISBN 978-0-7171-2744-3
  • McCarthy, Justin, A History of Our Own Times (Vols. I-IV 1879–1880; Vol. V 1897); reprinted in paperback i.a. by Nabu Press, 2010, ISBN 978-1-177-88693-2
    When Parnell was rejected by the majority of his parliamentary party, McCarthy assumed its chairmanship, a position which he held until 1896.
  • McWade, Robert Malaki. The Uncrowned King: The Life and Public Services of Hon. Charles Stewart Parnell; Comprising a Graphic Story of His Ancestry, Edgewood Publishing, 1891; reprinted in paperback by Kessinger Publishing, 2007, ISBN 978-0-548-59792-7
    McWade held a number of government posts in the U.S., the most prominent of which was in the U.S. diplomatic delegation to Peking during the Boxer Rebellion.
  • O'Brien, R. Barry. The Life of Charles Stewart Parnell 1846-1891, Vols. I&II, Harper And Brothers, New York, 1898 (Vol.I contains a watercolor portrait of Parnell; Vol.II contains a sketch of Avondale); reprinted in paperback i.a. by BiblioBazaar, 2009, ISBN 978-1-113-79910-4
  • O'Shea, Katharine. The Uncrowned King of Ireland: Charles Stewart Parnell – His Love Story and Political Life, Nonesuch Books, Dublin, 2005; first published: 1914, ISBN 1-84588-534-1, ISBN 978-1-84588-534-2
    O'Shea was Mrs Charles Stewart Parnell.
  • Parnell, John Howard. Charles Stewart Parnell: A Memoir, H. Holt, New York, 1914
    The author was Parnell's brother.
  • Roberts, Andrew. Salisbury: Victorian Titan, Weidenfeld & Nicolson, 1999, ISBN 978-0-297-81713-0
  • Sherlock, Thomas. The Life of Charles Stewart Parnell, With An Account Of His Ancestry, Murphy & McCarthy, Boston, 1881; reprinted in paperback by BiblioBazaar, 2010, ISBN 978-1-140-05599-0
  • Stephen, Sir Leslie & Sir Sidney Lee. "Parnell, Charles Stewart (1846-1891)" in Dictionary of National Biography, Volume 46, BiblioLife, 1922, ASIN: B004VXRRXK; paperback edition, Nabu Press, 2010, ISBN 978-1-147-07039-2
    Full text of entry in the online edition of the Dictionary of National Biography.
  • Tindall, William York. A reader's guide to Finnegans Wake, Syracuse University Press, 1996, ISBN 978-0-8156-0385-6
  • Venn, John & John Archibald Venn. Alumni Cantabrigienses: A Biographical List of All Known Students, Graduates and Holders of Office at the University of Cambridge, from the Earliest Times to 1900, Cambridge University Press, Volumes I-X, 1922 and 1953
    Lists over 130,000 individuals, with more extended biographical detail provided for post-1751 matriculants.
  • Williams, Leslie A. Daniel O'Connell, the British Press and the Irish Famine: Killing Remarks, Ashgate Publishing, 2003, ISBN 978-0-7546-0553-9

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Charles Stewart Parnell
Wikisource
Wikisource
A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Charles Stewart Parnell
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • v
  • d
  • e
  • Portal da Irlanda
  • Portal de biografias
  • Portal da política
  • Portal da história
Controle de autoridade