Combate de Laguna Sirena

Combate de Laguna Sirena
Parte da Campanha de Humaitá na Guerra do Paraguai
Data 17 de abril de 1866
Local Laguna Sirena, Passo da Pátria, Paraguai
Desfecho Vitória brasileira
Beligerantes
Império do Brasil Paraguai Paraguai
Comandantes
General Manuel Luís Osório
Comandante Jacinto Machado
Paraguai Coronel Basílio Benitez
Forças
Desconhecido 4 000 soldados
Baixas
337 mortos e feridos 500 mortos e feridos
2 canhões
1 bandeira
Guerra do Paraguai
Campanha do Mato Grosso
Campanha de Corrientes
Campanha de Humaitá
Campanha do Piquissiri
Campanha da Cordilheira

O combate de Laguna Sirena (também combate de Atajo[1]) se deu na Guerra do Paraguai, no dia 17 de abril de 1866, próximo do Passo da Pátria, entre brasileiros e paraguaios.

Contexto

O general brasileiro Manuel Luís Osório, acompanhado de onze soldados, desejava ser o primeiro aliado a pisar em território paraguaio. Após ele, tropas do 2.º VP, 11.º da Linha e da divisão do comandante Alexandre Gomes de Argolo Ferrão Filho também adentraram à região. A laguna localizava-se próximo do Passo da Pátria, entre as confluências do rio Paraná e Paraguai. Na noite anterior ao combate principal, cerca de 2 mil soldados paraguaios se apresentaram, e as forças brasileiras, que estavam montando acampamento, conseguiram atacar e afastá-los. Após este confronto, os imperiais acreditaram que os paraguaios realizariam um contra-ataque.[2]

O combate

Na madrugada do dia 17 de abril, 3 200 ou 4 mil soldados paraguaios, sob comando do coronel Basílio Benitez, retornaram e atacaram as forças brasileiras. Osório já pressentia o ataque, e havia organizado a defesa com tropas da 1.ª Divisão. No início do combate, o general enviou o coronel Jacinto Machado e, com dois batalhões, flanqueou as colunas paraguaias que mudaram a posição do ataque. Aproveitando dessa mudança, Osório ordenou uma carga à baioneta sobre o inimigo, que recuou e sofreu a perda de 500 homens, entre mortos e feridos, duas peças de artilharia e uma bandeira. Os brasileiros tiveram 337 baixas. Em seu diário, o coronel uruguaio Pallejo elogiou a ação do general brasileiro: "Até agora o bravo Osório sustentou, sozinho, o combate com seus brasileiros, que se cobriram de glória, tanto ontem quanto hoje: justiça ao mérito".[2][3]

Consequências

A primeira vitória brasileira em território inimigo elevou o moral das tropas, além de ter garantido um desembarque seguro das forças aliadas.[4]

Referências

  1. Donato 1996, p. 343.
  2. a b Donato 1996, p. 342.
  3. Rio Branco 2012, p. 264.
  4. Donato 1996, pp. 342-343.

Bibliografia

  • Donato, Hernâni (1996). Dicionário das Batalhas Brasileiras 2ª ed. São Paulo: Instituição Brasileira de Difusão Cultural. ISBN 8534800340. OCLC 36768251 
  • Rio Branco, Barão do (2012). Obras do Barão do Rio Branco: Efemérides Brasileiras. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão. ISBN 978-85-7631-357-1. OCLC 842885255 
  • v
  • d
  • e
Campanhas: Mato Grosso • Corrientes • Humaitá • Piquissiri • Codilheira
Participantes
Aliados
Paraguai
República do Paraguai • República do Peru Apoio simbólico (1866-1868)
Linha do tempo
Pré-conflitos
Guerra da Cisplatina (1825–1828) • Guerra entre o Equador e a Nova Granada (1832) • Guerra da Confederação (1836-1839) • Guerra entre Argentina e Confederação Peruano-Boliviana (1837-1839) • Guerra Grande (1839-1851) • Guerra do Prata (1851–1852) • Guerra do Uruguai (1864-1865)
Prelúdio
1864
1865
1866
1867
1868
1869
1870
Outros conflitos
Aspectos
Tentativas de paz
Tentativas de paz na Guerra do Paraguai • Encontro de Yatayti-Corá
Acordos /
Tratados
Consequências
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