Francisco Xavier de Mendonça Furtado

Francisco Xavier de Mendonça Furtado
Francisco Xavier de Mendonça Furtado
Nascimento 9 de outubro de 1701
Lisboa
Morte 15 de novembro de 1769
Vila Viçosa
Cidadania Reino de Portugal
Progenitores
Irmão(ã)(s) Sebastião José de Carvalho e Melo
Ocupação militar, administrador colonial, político
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Francisco Xavier de Mendonça Furtado (Mercês (Lisboa), 9 de Outubro de 1701 - Vila Viçosa (Évora), 15 de Novembro de 1769) foi capitão general do Exército e um administrador colonial português. Fundador das cidades de Soure e São Domingos do Capim, no Pará. Em 1758, Francisco conseguiu a permissão da corte portuguesa para transformar o povoado de Macapá em vila, além de ajudar com recursos na construção da Igreja de São José, e instalar os poderes Legislativo e Judiciário na capital amapaense.

Nascido em 9 de Outubro de 1701, na Rua Formosa (atualmente Rua de O Século), Francisco Xavier era filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de D. Teresa Luísa de Mendonça e Melo, irmão do ministro do Reino Marquês de Pombal e do cardeal e inquisidor-mor Paulo António de Carvalho e Mendonça, foi baptizado na Capela das Mercês em 12 de Outubro de 1701, tendo como padrinho Manuel de Azevedo.

Foi governador geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão de 1751 a 1759 e secretário de Estado da Marinha e do Ultramar entre 1760 e 1769.

Ajudou na conspiração que levou à condenação à morte do padre Gabriel Malagrida e para a expulsão dos Jesuítas de Portugal pois a questão com Companhia de Jesus com Pombal começara no Brasil, pois ela denunciava a exploração da mão-de-obra indígena,[1] o que incomodava a governação absoluta proposta nessa altura por si e perda de rendimento para o Estado.

Como governador geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão, recebeu duas importantes diretrizes para a sua ação de governo:

  1. promover a secularização da administração das aldeias e a declaração da “liberdade” dos índios, com a consequente supressão do poder temporal dos religiosos nesses locais; e
  2. a criação de uma companhia geral de comércio para o Grão-Pará.

Estas duas linhas de governo faziam emergir três questões indissociáveis: a “liberdade dos índios”, a abolição do governo temporal das aldeias controladas pelos missionários; e o incentivo à produção e ao comércio da capitania.

Segundo as cartas informativas que enviou para o Rei, os colonos não dispunham de recursos para importar escravos da África.[2]

Em 6 de Julho de 1752, foi informado de que fora designado como chefe plenipotenciário da missão demarcatória dos limites fronteiriços da bacia Amazônia, decorrentes do Tratado de Madrid.[3] Em 1759, regressa a Portugal.

Faleceu com 68 anos em Vila Viçosa, encontrando-se sepultado na Igreja Matriz da dita vila.[4]

Referências

  1. «Marquês de Pombal: Estrangeirado, Maçom e Jansenista, Ribeiro Martins, 2 de Abril de 2014». pedrojosemyblog.wordpress.com 
  2. «A expulsão dos Jesuítas do Grão-Pará e Maranhão». www.ihuonline.unisinos.br , acesso em 05 de outubro de 2016.
  3. "O caso do poder jesuítico na Amazônia", de Gustavo Ferreira Glielmo, disponível na internet em 05 de outubro de 2016.
  4. Vilaça dos Santos, Fabiano (2012). «O Testamento de Francisco Xavier de Mendonça Furtado e a Sucessão do Marquês de Pombal». Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 455 (Ano 173): 271-288. Consultado em 28 de julho de 2022 

Precedido por
Francisco Pedro de Mendonça Gorjão
Governador geral da capitania do Grão-Pará
17511759
Sucedido por
Manuel Bernardo de Melo e Castro
Precedido por
Tomé Joaquim da Costa Corte-Real

Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar do Reino de Portugal

1760-1769
Sucedido por
Martinho de Melo e Castro


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