Gaspar da Cruz

Gaspar da Cruz
Nascimento 1520
Évora
Morte 5 de fevereiro de 1570
Setúbal
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação escritor, missionário
Religião Igreja Católica
Causa da morte peste
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Gaspar da Cruz (Évora, 1520 – Setúbal, 5 de Fevereiro de 1570) foi um frade da Ordem dos Pregadores que escreveu Tratado das cousas da China.

Biografia

Nascido em Évora, em data desconhecida, foi admitido no convento de Azeitão da Ordem dos Pregadores.

Juntamente com 9 outros frades embarcou em 1548 para a Índia, sob as ordens de Fr. Diogo Bermudez com o propósito de fundarem um missão dominicana no Oriente.

Durante 6 anos Fr. Gaspar esteve no Industão, provavelmente em Goa, Chaul e Cochim uma vez que a sua Ordem ali teve as primeiras residências. Nesse período teve ainda oportunidade para visitar o Ceilão.

Em 1554 estava em Malaca onde fundou uma casa da sua Ordem, ali residindo até Setembro de 1555, altura em que embarcou com destino ao Cambodja. Perante o insucesso da sua missão, em finais de 1556 dirigiu-se para Lampacau, pequena ilha na baía de Cantão.

Em 1557 retorna a Malaca.

Em 1560 terá dirigido-se a Ormuz onde deu assistência religiosa aos soldados portugueses dessa fortaleza e terá voltado à India cerca de 3 anos depois.

Sendo provável que tenha regressado a Portugal em 1565, durante algum tempo não se tem rasto deste frade pregador, apenas se voltando ter notícia do mesmo em 1569, estando em Lisboa e auxiliando as vítimas da peste que por então assolou a capital portuguesa.

Debelada a praga, terá regressa do ao seu convento de Setúbal, onde acabou por contrair da doença falecendo a 5 de Fevereiro de 1570.

Duas semanas depois era publicado, por André de Burgos, de Évora, o seu «Tratado das cousas da China», onde expôs os processos pelos quais se obtinha, na China, a porcelana.[1]

Referências

  1. Revista Terra Portuguesa N.º 27-28, Out.-Dez. 1918, pág. 65.

Ligações externas

  • Obras de Gaspar da Cruz na Biblioteca Nacional Digital
  • Cruz, Gaspar da (1569), Tractado em que se cõtam muito por estẽso as cousas da China, cõ suas particularidades, e assi do reyno dormuz., em casa de Andre de Burgos 
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