Georges Sorel

Georges Sorel
Georges Sorel
Nascimento 2 de novembro de 1847
Cherbourg
Morte 29 de agosto de 1922 (74 anos)
Boulogne-Billancourt
Sepultamento cemetery of Tenay
Cidadania França
Alma mater
  • Escola Politécnica
  • Collège-lycée Jacques-Decour
Ocupação filósofo, engenheiro, sociólogo, escritor, sindicalista
Prêmios
  • Cavaleiro da Legião de Honra
[edite no Wikidata]

Georges Eugène Sorel (2 de novembro de 1847 – 29 de agosto de 1922), engenheiro formado pela École Polytechnique, foi um teórico francês do sindicalismo revolucionário, muito popular em seu país, assim como na Itália e nos Estados Unidos.

Marxista heterodoxo, fortemente influenciado pela ética de Proudhon e também por Ernest Renan, Giambattista Vico, Nietzsche e, mais tarde, por Henri Bergson e William James, Sorel cumpriu uma trajetória política peculiar. Engenheiro, ele pediu demissão do emprego em 1892, aos 45 anos, para dedicar-se ao estudo da filosofia social. Ligado ao sindicalismo revolucionário, de extrema-esquerda, flertou por algum tempo com o movimento monarquista. Admirava o poeta monarquista Charles Maurras (1910) e Lênin (1918-1922).

Entre as peculiaridades de Sorel está a preocupacão com os aspectos jurídicos do socialismo e a violência, que exalta em seu livro Réflexions sur la violence (1908), mas ela é cuidadosamente distinguida da força bruta. Sorel odiava o jacobinismo, a dominação burguesa e o parlamentarismo. O outro ponto importante é o caráter de força motriz do mito político, conceito apresentado por Sorel. Ele é uma arma na luta política: seu sentido é mobilizar, empurrar para a ação. Esses mitos políticos, estabelece Sorel, são "conjuntos de imagens capazes de evocar em bloco e somente pela intuição, antes de qualquer análise refletida, a massa dos sentimentos" (Réflexions sur la violence).

Sorel é um autor controverso quanto à linha política a qual adere. Suas ideias foram aceitas tanto pelos fascistas (Benito Mussolini) quanto pelos comunistas italianos (Antonio Gramsci).[1] Também influenciou os anarcossindicalistas, bem como Walter Benjamin. Entre os pensadores latino-americanos sua influência é notável nos escritos do marxista peruano José Carlos Mariátegui.

Referências

  1. Sternhell, Zeev, Mario Sznajder, Maia Ashéri (1994). "Georges Sorel and the Antimaterialist Revision of Marxism." In The Birth of Fascist Ideology: From Cultural Rebellion to Political Revolution, Princeton University Press, ISBN 0-691-03289-0

Bibliografia

  • Luis Felipe Miguel, "Em torno do conceito de mito politico", Dados, XLI, 3, 1998.
  • Marino Diaz Guerra, El pensiamento social de Georges Sorel, Madrid, Instituto de Estudios Políticos, 1977.
  • Willy Gianinazzi, Naissance du mythe moderne. Georges Sorel et la crise de la pensée savante (1889-1914), Paris, Ed. de la Maison des sciences de l'Homme, 2006.

Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Georges Sorel
  • Georges Sorel e as massas revolucionárias. Por Joana El-Jaick Andrade. Métis: História & Cultura v. 4, nº 7 (2005) ISSN Online: 2236-2762 / ISSN Impresso: 1677-0706 Universidade de Caxias do Sul.
  • Veja Cahiers Georges Sorel/Mil neuf cent. Revue d'histoire intellectuelle
  • Textos de Sorel na Biblioteca de Clássicos das Ciências Sociais, incluindo o livro Reflexões sobre a violência
Ícone de esboço Este artigo sobre filosofia/um(a) filósofo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • Portal de biografias
  • Portal da filosofia
  • Portal da França
  • Portal da política
Controle de autoridade