Guerra química

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Guerra química é um tipo de guerra não convencional, baseada no uso de propriedades tóxicas de substâncias químicas para fins de destruição em massa — seja com finalidades táticas (limitadas ao campo de batalha), seja com fins estratégicos (incluindo a retaguarda e vias de suprimento do inimigo).

As armas químicas diferem de armas convencionais ou nucleares porque seus efeitos destrutivos não são principalmente decorrentes da força explosiva. A categoria de armas químicas pode incluir, além das armas químicas propriamente ditas, também aquelas que utilizam provavelmente venenos de origem biológica. Quanto a isto, há controvérsias. De todo modo, o uso ofensivo de organismos vivos (como o antrax) é em geral considerado como guerra biológica, para efeito dos acordos internacionais sobre armamento pesado.

Ação e uso moderno

Soldado canadense, na Primeira Guerra Mundial, vítima de ataque de gás mostarda.

Armas químicas são baseadas na toxicidade de substâncias químicas, capazes de matar ou causar danos a pessoas e ao meio ambiente - tais como o gás mostarda, o cloro (Cl2), o ácido cianídrico (HCN), o gás sarin, o agente laranja ou o Napalm. Têm sido utilizadas tanto para reprimir manifestações civis - como é o caso do gás lacrimogêneo - quanto em grandes conflitos.

A guerra química moderna surge na Primeira Guerra Mundial, para superar a luta nas trincheiras, derrotando o inimigo com gases venenosos. (ver: Gás venenoso na Primeira Guerra Mundial) No conflito, as armas químicas mataram ou feriram cerca de 800 mil pessoas. A substância mais conhecida era o gás mostarda (de cor amarelada), capaz de queimar a pele e produzir danos graves ao pulmão, quando aspirado.

Durante a Segunda Guerra Mundial, também foi utilizada. O professor Yoshiaki Yoshimi publicou uma série de estudos sobre o uso de armas químicas, pelo exército japonês, contra prisioneiros de guerra australianos. O exército imperial japonês mantinha uma unidade secreta que realizava experiências com armas químicas e biológicas, denominada Unidade 731.

As armas químicas mais temidas são os Agentes organofosforados, que agem sobre o sistema nervoso, bastando pequenas quantidades sobre a pele para provocar convulsões e morte. Se o conceito de arma química for ampliado, também pode ser incluído o herbicida Agente laranja, sem efeito imediato em seres humanos, que foi usado pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã. Na guerra entre Irã e Iraque (1980-1988), os iraquianos usaram armas químicas contra o inimigo e voltaram a usá-las posteriormente, em 1991, contra aldeias curdas do norte do país. Atualmente, grupos insurgentes como o Al-jayš as-suri al-ħurr) tem especialistas qualificados para manusearem armas químicas.[1]

Proibição

Participação na Convenção sobre Armas Químicas
  Assinou e ratificou
  Em avaliação
  Assinou, mas não ratificou
  Não signatário

A Convenção de Armas Químicas (CWC) é consequência do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de gases tóxicos e métodos biológicos para fins bélicos. Vários países assinaram o acordo, antes da II Guerra Mundial, quando foram interrompidas as negociações. A discussão do protocolo só foi retomada com o fim da Guerra Fria.

Finalmente, em 1993, a CWC foi concluída, sendo adotada a partir de abril de 1997. No mês seguinte foi criada a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Organization for the Prohibition of Chemical Weapons - OPCW), encarregada de supervisionar a destruição de arsenais químicos e assegurar a não proliferação (fabricação, armazenamento e uso) de armas químicas, com exceção do gás lacrimogêneo para conter revoltas e tumultos, medida considerada pacificadora. Apesar dos acordos entre países, grupos paralelos fabricam armas químicas para uso próprio.[2]

Há, entretanto, outros produtos químicos usados para fins militares e que não estão listados na Convenção, tais como:

Até 20 de março de 2020, apenas os seguintes países não tinham ratificado a Convenção:[3]

Ver também

Referências

  1. Sources: U.S. helping underwrite Syrian rebel training on securing chemical weapons CNN
  2. «Russia claims Syria rebels used sarin at Khan al-Assal». 9 de julho de 2013 – via www.bbc.co.uk 
  3. [OPCW. Technical Secretariat.Office of the Legal Adviser S/721/2008.5 December 2008. NOTE BY THE TECHNICAL SECRETARIAT. STATUS OF PARTICIPATION IN THE CHEMICAL WEAPONS CONVENTION AS AT 20 NOVEMBER 2008]

Ligações externas

  • «Site da OPCW. Convenção sobre Armas Químicas: texto integral» (em inglês) 
  • «Site da OPCW. Países que ratificaram a Convenção sobre Armas Químicas» 
  • «The Chemical Weapons Convention at a Glance» 
  • «Chemical Warfare Chemicals and Precursors» 
  • «Warning of uranium contamination risks to NGO staff, coalition forces, foreign contract personnel and civilians in Iraq. UMRC Information Bulletin - February 6, 2004.» 
  • «Armas químicas e biológicas são antiga estratégia» 
  • «Agent Orange Vietnam : Obama, un espoir mesuré» 
  • «"Direito Internacional Humanitário: pilares teóricos", in FERNANDES, Jean Marcel. A promoção da paz pelo Direito Internacional Humanitário. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2006.» (PDF) 
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