Jikji


Jikji (em coreano 직지, AFI: [tɕik̚.t͈ɕi]) ou Jikjisimcheyojeol (em coreano 직지심체요절, AFI: [tɕik̚.t͈ɕi.ɕim.tɕʰe.jo.dʑʌl]), é o título abreviado de um documento budista coreano escrito pelo monge Baegun que morreu três anos antes de esta edição ter sido impressa.

A tradução de seu título completo, Baegun hwasang chorok buljo jikji simche yojeol (em coreano 백운화상초록불조직지심체요절, AFI: [pɛ.gun.ɦwa.saŋ.tɕʰo.ɾok̚.p͈ul.t͈ɕo.dʑik̚.t͈ɕi.ɕim.tɕʰe.jo.dʑʌl]) para português é "A antologia dos grandes sacerdotes budistas sobre a identificação do espírito de Buda pela prática de Seon".

O livro foi publicado no templo de Heungdeok em 1377. A coisa especial é que o livro foi impresso com uma prensa de tipos móveis, quase oito décadas antes de Johannes Gutenberg imprimir a Bíblia de 42 linhas nos anos 1452-1455. Em Setembro de 2001, a UNESCO confirmou que Jikji é o livro mais antigo impresso com tipos móveis metálicos no mundo, e incluiu-o no Programa Memória do Mundo[1].

O primeiro volume e a capa do segundo volume de Jikji estão perdidos, sobrevivendo hoje apenas 38 folhas do segundo volume.

Segundo o registro da UNESCO, Jikji foi incluído na coleção de Victor Emile Marie Joseph Collin de Plancy, um encarregado de negócios da França em Seul, em 1887. O livro, em seguida, foi entregue a Henri Véver, um colecionador de clássicos, num leilão do Hôtel Drouot, em 1911. E quando ele morreu em 1950, o livro foi doado à Biblioteca Nacional da França. O segundo volume de Jikji até agora é mantido na Divisão de Manuscritos Orientais da biblioteca, apesar de numerosas organizações coreanas estão tentando mudar esta situação.

O direito de propriedade de Jikji está em disputa. A Biblioteca Nacional da França insiste que Jikji deve permanecer na França, enquanto a Coreia argumenta que Jikji deve retornar à Coreia. A Biblioteca Nacional da França argumenta que Jikji é um importante artefato histórico de toda a humanidade e não pertence a nenhum país específico. Além disso, eles afirmam que o livro seria melhor preservado na França. Por outro lado, a Coreia afirma que Jikji tem um significado histórico para o povo coreano, devendo ser devolvido ao seu país de origem.


Ver também

Referências

  1. Baegun hwasang chorok buljo jikji simche yojeol (vol.II), the second volume of "Anthology of Great Buddhist Priests' Zen Teachings", unesco.org, accessed June 2011
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