José Estêvão de Morais Sarmento

José Estêvão de Morais Sarmento
José Estêvão de Morais Sarmento
José Estêvão de Morais Sarmento.
Nascimento 12 de outubro de 1843
Lisboa
Morte 14 de fevereiro de 1930
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação chefe militar, político
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo
  • Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada
  • Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
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José Estêvão de Morais Sarmento GCTEGCCGCSE (Lisboa, Santo André, 12 de Outubro de 1843 – Lisboa, 14 de Fevereiro de 1930), nascido Estevam de Moraes,[1] foi um militar, Ministro da Guerra e escritor militar português.

Biografia

Foi batizado na Paróquia de Santo André - igreja da Graça -, em Lisboa, sendo filho de Jerónimo de Morais Sarmento, capitão de caçadores 4, e de D. Maria Emília de Almeida Morais, ambos naturais de Aveiro. Teve por padrinho de batismo José Estêvão, de quem recebeu o nome.[2]

Nasceu no seio duma família nobre de Portugal: os Morais Sarmento, embora não detivesse a titularidade de títulos nobiliárquicos. Frequentou o Colégio Militar entre 1854 e 1861.[3]

Casou em Lisboa, na igreja de Santa Isabel, a 24 de maio de 1869, com D. Adelaide Elvira da Ponte Tavares, natural de Lisboa, filha de Cláudio da Ponte Tavares e de D. Vicência Maria da Ponte Tavares. Tiveram António Rodrigues Sampaio por padrinho de casamento.[4]

Na carreira militar, seguiu a arma de Infantaria e, em 1901 é nomeado general de brigada, reformando-se em 1919 já como general de divisão. Foi comandante da Escola do Exército pelo Governo Provisório do regime republicano. Foi professor da Escola de Guerra e da Escola Militar.

Como político, fez parte do Partido Regenerador, chegando a Ministro da Guerra em Abril de 1896. Neste cargo, alterou diversos regulamentos e o Código de Justiça Militar.

Foi um dos fundadores do jornal "Diário Popular" e director da "Revista Militar".

Entre 1898 e 1904 foi Director do Colégio Militar e, posteriormente, o primeiro presidente da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar.[5]

Desempenhou as as funções de presidente da Comissão Central do 1º de Dezembro de 1640 entre 1 de Agosto de 1907 a 4 de Abril de 1911.

Morreu a 14 de fevereiro de 1930, em Lisboa.[2]

A 17 de Maio de 1919 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e a 5 de Outubro de 1922 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 28 de Fevereiro de 1930, foi agraciado a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.[6]

Tem uma avenida com o seu nome em Sintra.[7]

Referências

  1. Matos, Alberto da Costa; prefácio: José Alberto Loureiro dos Santos (2013). O Colégio Militar: berço de grandes portugueses. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. ISBN 978-989-96104-0-8 
  2. a b «Livro de registo de batismos da Paróquia de Santo André, Lisboa (1826-1853)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. fls. 119v e 120, assento 699 
  3. Meninos da Luz – Quem é Quem II. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. 2008. ISBN 989-8024-00-3 
  4. «Livro de registo de casamentos da Paróquia de Santa Isabel, Lisboa (1863-1869)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. fls. 287, assento 28 
  5. Matos, Alberto da Costa; coord. Jorge Alberto Gabriel Teixeira, Mário Margarido e Silva Falcão; fot. José Luís Braga; et al. (2003). História do Colégio Militar. 4. Lisboa: Estado Maior do Exército. ISBN 972-97408-4-4. ISBN 972-97408-6-0. ISBN 972-97408-5-2. ISBN 972-97408-7-9. Verifique |isbn= (ajuda) 
  6. http://www.ordens.presidencia.pt/
  7. Matos, Alberto da Costa; prefácio: António dos Santos Ramalho Eanes (2009). O Colégio Militar na Toponímia Portuguesa. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. ISBN 978-989-96104-0-8 
  • Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, Volume XIX, Ed. QN-Edição e Conteúdos,S.A., 2004

Ligações externas

  • Biografia na página da Sociedade Histórica da Independência de Portugal
  • Biografia na página da Fundação Mário Soares[ligação inativa]

Precedido por
Tenente-Coronel Emílio Henrique Xavier Nogueira
Director do Colégio Militar
1898-1904
Sucedido por
Coronel José Nicolau Raposo Botelho
  • v
  • d
  • e

Luís Mouzinho de Albuquerque João Ferreira Sarmento Joaquim de Sousa Quevedo Pizarro Agostinho José Freire Duque da Terceira Conde de Vila Real (interino) Marquês de Saldanha José Jorge Loureiro Duque da Terceira (2.ª vez) Conde de Lumiares Barão de Leiria (não empossado) Visconde de Sá da Bandeira (interino) Visconde de Bóbeda (2.ª vez) Francisco Pedro Celestino Soares (interino) Barão do Bonfim (interino) Visconde de Sá da Bandeira (2.ª vez; interino) Conde do Bonfim (2.ª vez) Barão de Sabrosa Conde do Bonfim (3.ª vez) Conde de Vila Real (2.ª vez) Visconde de Sá da Bandeira (3.ª vez) Junta Provisória de Governo Duque da Terceira (3.ª vez) Marquês de Saldanha (não empossado) José Jorge Loureiro (2.ª vez; interino) Visconde de Sá da Bandeira (4.ª vez) Marquês de Saldanha (2.ª vez) Visconde de Algés (interino) Barão de Ovar (interino) Ildefonso Bayard (interino) Barão de Ponte da Barca Barão de Almofala • Marquês de Saldanha (3.ª vez; interino) Barão de Francos • Barão de Vila Nova de Ourém Adriano Ferreri • Flórido Rodrigues Pereira Ferraz (interino) Duque da Terceira (4.ª vez) Barão de Francos (2.ª vez; interino) Duque de Saldanha (4.ª vez) José Jorge Loureiro (3.ª vez) Visconde de Sá da Bandeira (5.ª vez; interino) António Rogério Gromicho Couceiro • Visconde de Sá da Bandeira (6.ª vez; interino) Duque da Terceira (5.ª vez) António Serpa (interino) Visconde da Luz (interino) Belchior José Garcez (interino) Visconde de Sá da Bandeira (7.ª vez) José Geraldo Ferreira de Passos • Marquês de Sá da Bandeira (8.ª vez) Conde de Torres Novas Visconde da Praia Grande de Macau (interino) Salvador de Oliveira Pinto da França Visconde da Praia Grande de Macau (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) José Maria de Magalhães • Marquês de Sá da Bandeira (9.ª vez) Joaquim Tomás Lobo de Ávila (interino) Luís da Silva Maldonado de Eça Joaquim Tomás Lobo de Ávila (2.ª vez; interino) Duque de Saldanha (5.ª vez) Marquês de Sá da Bandeira (10.ª vez) José Maria de Morais Rego (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (2.ª vez; interino) João de Andrade Corvo (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (2.ª vez; continuação; inicialmente interino) António Florêncio de Sousa Pinto António Maria de Fontes Pereira de Melo (3.ª vez) João Crisóstomo José Joaquim de Castro • Caetano Pereira Sanches de Castro • António Maria de Fontes Pereira de Melo (4.ª vez; interino) José Vicente Barbosa du Bocage (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (4.ª vez; continuação; inicialmente interino) Visconde de São Januário José Joaquim de Castro (2.ª vez) Marino João Franzini • Vasco Guedes de Carvalho e Meneses (não empossado) António Serpa (2.ª vez; interino) João Crisóstomo (2.ª vez) Jorge Pinheiro Furtado • Luís Pimentel Pinto (interino) José Estêvão de Morais Sarmento • Francisco Maria da Cunha José Luciano de Castro (interino) Francisco Maria da Cunha (continuação) José Luciano de Castro (interino) Francisco Maria da Cunha (continuação) Sebastião Teles Luís Pimentel Pinto (2.ª vez) Sebastião Teles (2.ª vez) José Matias Nunes Luís Pimentel Pinto (3.ª vez) António Carlos Vasconcelos Porto • Sebastião Teles (3.ª vez) José Manuel de Elvas Cardeira • José Matias Nunes (2.ª vez) José Nicolau Raposo Botelho

Bandeira de Portugal (1830–1910)
« Miguelismo
Primeira República »
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Guerra
Luís Augusto Pimentel Pinto (1893–1896) • José Estêvão de Morais Sarmento (1896–1897)
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