Lidocaína

Estrutura química de Lidocaína
Lidocaína
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
2-(dietilamino)-N-(2,6dimetilfenil) acetamido
Identificadores
CAS 137-58-6
ATC N01BB02 C01BB01 D04AB01 S02DA01 C05AD01
PubChem 3676
DrugBank APRD00479
ChemSpider 3548
Informação química
Fórmula molecular C14H22N2O 
Massa molar 234.33
SMILES CCN(CC)CC(=O)Nc1c(C)cccc1C
Sinónimos 2-(Diethy​lamino)-N​-(2,6-dim​ethylphen​yl)acetam​id, 2-Diethyl​amino-2',​6'-acetox​ylidide, Lidothesin
Dados físicos
Densidade 1.026 g/cm3
Farmacocinética
Biodisponibilidade 35% (oral)
3% (topical)
Metabolismo Hepático
Meia-vida 1.5–2 horas
Excreção renal
Considerações terapêuticas
Administração Intravenosa, subcutânea e tópica
DL50 ?

A lidocaína, lignocaína ou xilocaína é um anestésico local e um antiarrítmico da classe I (subgrupo 1B) usado no tratamento da arritmia cardíaca e da dor local (como em pequenas operações cirúrgicas). É pouco tóxica. Lidocaína e benzocaína apresentam atividade anestésica e podem ser sintetizadas a partir da folha coca (cocaína), substância extraída de uma planta nativa da América do Sul. Também pode ser sintetizada na indústria a partir da 2,6-dimetilanilina[1]. A lidocaína, atualmente é o anestésico mais popular, foi sintetizada por Löfgren, 1943, e pode ser considerado como o protótipo de anestésico local.

Administração

Pode ser usado por vias[2]:

  • Intravenosa: 1 mg a 1,5/kg inicialmente, 25–50 mg por minuto, mais 0,5 mg/kg a cada 5 minutos. As seringas podem ter 1 a 2% de lidocaína.
  • Subcutânea: 200–300 mg aplicada no deltoide
  • Intraóssea: 1 mg/kg de lidocaína a uma velocidade de 25–50 mg/minuto
  • Endotraqueal: Spray com 2 a 3,75 mg/kg
  • Tópica (pomada): 2 a 5%, cerca de 15ml de solução, a cada 4h
  • Uretral (Gel): Instilar 15 ml (homens) ou 3-5 ml (mulheres) de 2% lidocaína em gel ou solução dentro da uretra
  • Adesivo: Até 3 por um período de 12h a cada 24h.
  • Oftálmica: 1,7 a 3 mg/kg a 4% para bloqueio retrobulbar (atrás do olho).

Adrenalina

Em alguns casos pode ser combinada com adrenalina (epinefrina) para prolongar o efeito (como vasoconstritor dos capilares próximos aos nervos), quando não há contraindicações (como taquicardia, shock cardiogênico ou compromisso vascular de extremidades). Não deve ser administrada por via intravenosa.[3]

Usos clínicos

Mecanismo de ação

Enquanto antiarrítmico e anestésico local, é um bloqueador rápido dos canais de sódio, activados ou inactivados, existentes nos miócitos especializados do sistema de condução (coração) ou nervos periféricos. Impede a condução de potencial de ação nos axônios sensitivos dos nervos periféricos, quando usada topicamente.

Usos clínicos

Encurta o potencial de ação e prolonga a diástole.

Diminui a taxa de contração cardíaca, reduzindo a frequência de batimentos ectópicos.

Inibe a nocicepção (percepção de dor) no local aplicado por alguns minutos.

Toxicidade sistêmica

São raros os efeitos tóxicos da lidocaína. Em geral só aparecem em decorrência de sobredose ou injeção intravascular inadvertida.

Dentre as manifestações, podemos citar:

  • Hipotensão arterial
  • Sensação de cabeça leve
  • Tinitus (zumbido no ouvido)
  • Parestesias - Sensação de formigamento na língua e lábios

Como manifestações mais graves podemos observar:

Referências

  1. Parvatker, Abhijeet (20 de janeiro de 2019). «Cradle-to-Gate Greenhouse Gas Emissions for Twenty Anesthetic Active Pharmaceutical Ingredients Based on Process Scale-Up and Process Design Calculations». ACS Sustainable Chemistry & Engineering: 6585. Consultado em 11 dez. 2022 
  2. http://www.iqb.es/cbasicas/farma/farma04/l021.htm LIDOCAINA
  3. http://www.facmed.unam.mx/bmnd/gi_2k8/prods/PRODS/Lidoca%C3%ADna-epinefrina.htm Lidocaína/epinefrina
  • Portal da farmácia
  • v
  • d
  • e
Ésteres
Ácido para-aminobenzóico
Ácido benzoico
  • Amylocaína
  • Cocaína
  • α-Eucaína
  • β-Eucaína
  • Hexilcaína
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