Música de Portugal

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Portugal é conhecido pela sua tradição musical, maioritariamente pelo fado[1] e seus derivados. Sendo este o género musical que, por pura convenção mais caracteriza o espírito português, associado à sua história e suas raízes culturais sobretudo por influência de Amália Rodrigues, tem-se observado – junto com as particularidades de Carlos Paredes a par da música de intervenção prefigurada por José Afonso, caracterizada também por insinuações poéticas e subtis mas de forte contestação política –, uma expansão em diversos estilos musicais, como o rock, o metal e o hip-hop, que assimilam algumas dessas marcas.

A história da música portuguesa do século XX revela-se como inovadora principalmente na segunda metade do século, no período que antecede a Revolução dos Cravos e nos anos imediatos.

Pré-Revolução dos Cravos

Durante o Estado Novo, a música portuguesa foi muito influenciada pelo concurso televisivo da RTP, o Festival RTP da Canção, com o chamado nacional-cançonetismo de temáticas típicas de ideais do Zé Povinho e da pequena burguesia. Simone de Oliveira foi um dos nomes paradigmáticos dessa época.

No lado político oposto desenvolveu-se a chamada música de intervenção, com o intuito de atacar o Estado Novo e de despertar o povo no sentido da liberdade de expressão: nomes como a Banda do Casaco, Luís Cília, os irmãos Vitorino e Janita Salomé, Sérgio Godinho, José Mário Branco, Tonicha, Zeca Afonso, António Macedo, que foram alguns dos cantores e músicos que pontuaram o esse período marcado pela revolta. Entre uns e outros, Linda de Suza tornar-se-ia na grande "embaixadora" da música portuguesa junto dos emigrantes portugueses em França.

No entanto, já desde o final da década de 1950 que se fazia rock em Portugal. Joaquim Costa, Os Babies (de José Cid), Os Conchas e Daniel Bacelar seriam alguns dos pioneiros do género.

Na década seguinte, anos de surf e yé-yé, os Gatos Negros,[2] os Titãs são alguns dos grupos que, juntamente com o João Paulo, Os Ekos,[3] o Quinteto Académico,[4] os Jets, os Sheiks e os Chinchilas marcaram essa década.

No iníco da década de 1970, à semelhança da música de intervenção, o rock fica mais politizado, com o Quarteto 1111, os Steamer's,[5] a Filarmónica Fraude, a Banda do Casaco e etc.

Pós-Revolução dos Cravos

Se Amália ainda é o nome mais conhecido na música portuguesa, na década de 1980 surgem bandas seminais para o enriquecimento da cultura musical portuguesa, como por exemplo os Heróis do Mar, os Sétima Legião, os GNR, os Madredeus. O fado evolui com cantores como o Camané ou a Mariza.

Surgem a partir de então variadíssimos grupos que cantam em inglês, descaracterizando-se, tal como em muitos outros países. Existem no entanto em Portugal artistas musicais contemporâneos que dão significativos contributos em todos os estilos e formas de música, no rock-canção, como os Ornatos Violeta e os Diabo Na Cruz, na canção pop com os Clã, no Black/Folk/Heavy Metal com os Moonspell, os Hip-Hop, os Xutos & Pontapés, cantando em português, como também o Sam the Kid ou o Valete. Da fusão Rock–Hip-Hop são bom exemplo os Da Weasel. No Soul destaca-se Aurea. No rock e blues, os Wraygunn são um exemplo perfeito e no rock gotico os Noctivagus. Na música de dança, emergem os Buraka Som Sistema. Na música Reggae e Ska destacam-se artistas como os Primitive Reason, Three and a Quater,[6] Chapa Dux,[7] Souls of Fire.[8] Mantém-se activa a música tradicional popular[9] modernizada, especialmente em Trás-os-Montes.

Na década de 1990 é cunhado o termo Música pimba, embora o género já existisse, a partir de uma canção do Emanuel: música ligeira com expressões de duplo sentido, sendo nisso Quim Barreiros uma das erguidas figuras de ponta.

O fado foi modernizado na Década de 2000 por Ana Moura mas novas caras além dessa surgiram como a também Fadista Raquel Tavares. A Década de 2010 trouxe muitos novos talentos, sendo a grande cara Aurea, a grande cara do Soul em Portugal. Também surgiram os talent-shows como o The Voice Portugal e os Ídolos que lançaram Diogo Piçarra, Carolina Deslandes, Murta (na altura Francisco Murta) e Fernando Daniel. Além disso também surgiu o filho do cantor Paulo de Carvalho, Agir e bandas como os Amor Electro.

Intérpretes de música de intervenção em Portugal

Música portuguesa erudita

Ver também

Referências

  1. História do fado no Museu do Fado
  2. Gatos Negros
  3. Os Ekos
  4. Quinteto Académico
  5. Steamer's
  6. Three and a Quater
  7. Chapa Dux
  8. Souls of Fire
  9. Música tradicional popular

Ligações externas

  • Municipal de Lisboa
  • Fonoteca Municipal do Porto
  • Rock em Portugal nos Anos 60
  • Memória Media | e-Museu do Património Cultural Imaterial
  • Mural Sonoro | Arquivo sonoro e escrito em acesso aberto
  • Música Portuguesa a Gostar dela Própria
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