Marie-Joseph Lagrange

Marie-Joseph Lagrange
Marie-Joseph Lagrange
Marie-Joseph Lagrange em 1895.
Nascimento Albert Marie Henri Lagrange
7 de março de 1855
Bourg-en-Bresse
Morte 10 de março de 1938 (83 anos)
Marselha
Cidadania França
Alma mater
  • Saint-Sulpice Seminary
  • Universidade de Salamanca
  • Universidade de Viena
  • Faculdade de Direito de Paris
Ocupação padre, escritor, teólogo
Prêmios
  • Cavaleiro da Legião de Honra
Religião catolicismo
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Marie-Joseph Lagrange (Bourg-en-Bresse, 7 de março de 1855 — Marselha, 10 de março de 1938) foi um teólogo francês.

Infância

Albert Lagrange, em religião Marie-Joseph Lagrange, nasceu num meio intelectual e burguês. O seu pai era um católico liberal, ou seja, defensor da democracia numa época em que a Igreja Católica Romana não se tinha ainda «convertido» à republica e à democracia.

Aos 10 anos, em 1865,foi estudar no Seminário Menor. Nesse internato, ele aprecia a arqueologia e a geologia, então ciências emergentes; esta última é-lhe ainda estimulada e reforçada por um tio geólogo. O seu pai desejava que ele se tornasse notário. A sua mãe teria tido um sonho onde via o seu filho tornar-se padre. Aos 11 anos, o pequeno Alberto teve um primeiro apelo para o serviço divino.

Formação

Em 1872, quando faz o concurso à Escola militar de Saint-Cyr onde é admitido, tem um primeiro contacto com a Ordem Dominicana recentemente restaurada em França por Lacordaire, fundador da província de Toulouse. O seu pai insiste na direcção do direito, até à obtenção da licenciatura em 1878, aos 23 anos.

No que diz respeito ao catolicismo, os Lagrange sentiam-se mais próximos de Montalembert que de Veuillot, o jornalista agitador do ultramontismo e do anti-dreyfusismo. O catolicismo liberal era europeu, pelo menos francês-belga.

Em 1877, o jovem Lagrange em virtude de uma conversão pessoal, solicita a sua entrada na Ordem Dominicana, vocação que não foi contrariada pelo seu pai que pensava precisamente que a Igreja tinha mais necessidade de um jurista nos tempos que corriam do que de um padre, no que não deixava de ter uma certa razão.

Passou um ano em Issy-les-Moulineaux junto dos padres do Santo Sepulcro onde se apaixona por Tomás de Aquino. Naquela época, o tomismo está em plena renovação e Lagrange apoiará a criação da Revue Thomiste do seu amigo Sertillanges (em 1891) para limpar o tomismo das mãos do integralismo. Passou um ano em Salamanca onde aprendeu hebreu e posteriormente três anos num convento austríaco e na Universidade de Viena onde estudou as bases da filologia, árabe, egípcio e hiérogligrafia. O meio intelectual vienense transformou-o num verdadeiro aprendiz do hebreu, de outras línguas orientais e clássicas, exegese, alemão, exegese rabínica e Mishna. Obteve também a amizade do superior do convento, Fr. Andreas Früwirth, que será duradoura e preciosa quando este se tornar mais tarde Mestre Geral da Ordem.

Trabalhos

  • Lagrange, Marie-Joseph (1905). Historical Criticism and the Old Testament. London: [s.n.] 
  • ——— (1914). Saint Justin, philosophe, martyr. Paris: Libraire Victor Lecoffre 
  • ——— (1920). The Meaning of Christianity according to Luther and his followers in Germany. London, New York: Longham, Green and co. 
  • ——— (1921). Evangile selon Saint Luc. Paris: Libraire Victor Lecoffre 
Controle de autoridade
  • Wd: Q1243614
  • WorldCat
  • VIAF: 12344077
  • BNF: 121426190
  • CANTIC: 981058522428506706
  • EBID: ID
  • FAST: 155820
  • GND: 118984160
  • ICCU: CFIV065913
  • ISNI: ID
  • LCCN: n85068039
  • Léonore: 23243
  • NTA: 069411980
  • NUKAT: n99015457
  • OBP: ID
  • Persée: 143384
  • SNAC: w6m71skb
  • SUDOC: 029898005
  • Treccani: joseph-marie-lagrange
  • OL: OL674993A
  • NLI: 000080319
  • AAR: 12427164
  • Angelicum: 61303
  • Angelicum: 44887
  • BINER: 865
  • BSS: 6572
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  • GDC: 4013
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