Massacres de Tchoma Bangou e Zaroumadareye

Massacres de Tchoma Bangou e Zaroumadareye
Local Tchoma Bangou e Zaroumadareye (região de Tillabéri)
Data 2 de janeiro de 2021
Mortes ~ 100[1]
Feridos ~ 25[1]
Vítimas Civis
Suspeito(s) Estado Islâmico do Iraque e do Levante Estado Islâmico do Grande Saara
Motivo Extremismo islâmico


Massacres de Tchoma Bangou e Zaroumadareye são dois massacres cometidos em 2 de janeiro de 2021 no Níger, a cerca de 120 quilômetros ao norte de Niamey, no contexto da Guerra do Sahel. Cerca de 100 civis morreram e 25 ficaram feridos. Este massacre é atribuído aos jihadistas que se alastraram na região desde o início da década de 2010.

Contexto

Os massacres de Tchoma Bangou e Zaroumadareye foram os mais mortíferos contra civis no país desde o início da Guerra do Sahel.[2]

Esses ataques são realizados em um contexto eleitoral: as eleições municipais e regionais ocorreram em dezembro de 2020. O duplo ataque ocorreu no mesmo dia da divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições legislativas e da eleição presidencial, que concederam liderança, com 39%, ao candidato do partido governista, Mohamed Bazoum.[3]

No mesmo dia deste massacre, dois soldados franceses da Operação Barkhane foram mortos no Mali durante um ataque com dispositivo explosivo improvisado na região de Ménaka.[4]

Desenvolvimento

As duas aldeias alvejadas, próximas da fronteira do país com o Mali, na região de Tillabéri, estão a sete quilômetros uma da outra e a cerca de 120 quilômetros a norte de Niamey.[1]

As aldeias foram atacadas simultaneamente.[2] Almou Hassane, o prefeito de Tondikiwindi, evoca uma centena de jihadistas divididos em dois grupos.[5] Segundo ele, teriam atacado a aldeia em vingança pela morte de dois dos seus batedores, assassinados pelos grupos de autodefesa da aldeia.[5]

Responsabilidade

O ataque não é reivindicado.[1] As autoridades do Níger atribuem-no a “terroristas”.[5] O grupo jihadista ativo na região é o Estado Islâmico do Grande Saara.[5] De acordo com a RFI: “Embora esses ataques ainda não tenham sido reivindicados, o suposto líder do bando, Maii Touwo, é conhecido pelos serviços de inteligência militar: acredita-se que seja natural de uma aldeia vizinha, da mesma etnia daquela que ele massacrou”.[5]

Perdas humanas

De acordo com declarações à AFP de Almou Hassane, o prefeito de Tondikiwindi, o número de mortos é de pelo menos 100, incluindo 70 em Tchoma Bangou e 30 em Zaroumadareye, e 25 feridos.[1] A RFI indica que esta avaliação foi confirmada pelo governador da região.[5]

Ver também

  • Massacre de Toumour, de 12 de dezembro de 2020.
  • Massacre de Tillia, de 21 de março de 2021.

Referências

  1. a b c d e Au Niger, cent morts dans les attaques de deux villages de l’Ouest, Le Monde com AFP, 3 de janeiro de 2021.
  2. a b «Attaques de deux villages dans l'ouest du Niger : un nouveau bilan fait état de 100 personnes tuées». RTBF Info. Agência Belga. 3 de janeiro de 2021 .
  3. «Niger : 100 morts dans les attaques de deux villages dans l'ouest – Jeune Afrique». Jeune Afrique. AFP. 3 de janeiro de 2021 .
  4. «Sahel / Opération Barkhane : deux soldats français tués samedi au Mali». RTBF Info. AFP. 3 de janeiro de 2021 .
  5. a b c d e f Niger: le bilan s'alourdit après l'attaque de deux villages dans l'ouest du pays, RFI, 3 de janeiro de 2021.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Massacres de Tchoma Bangou et Zaroumadareye».
  • Portal da guerra
  • Portal do Níger