Owl Fisher

Owl Fisher
Nascimento 6 de janeiro de 1991
Húnavatnshreppur
Cidadania Islândia
Alma mater
Ocupação ativista LGBTQIAPN+, escritor, cineasta
Prêmios
  • 100 Mulheres (2019)
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Ugla Stefanía Kristjönudóttir Jónsdóttir (Islândia, 6 de janeiro de 1991), ou Owl Fisher, é uma pessoa trans não-binária islandesa que atua como jornalista, cineasta e ativista.

Vida pregressa

Owl Fisher nasceu na Islândia, em 6 de janeiro de 1991. Owl anunciou ser uma pessoa trans em 2010, sendo uma das pessoas mais jovens a passar por uma transição médica em seu país.[1] O pai de Owl atualmente lidera o conselho de governo do município de Húnavatnshreppur, a área onde Owl nasceu e cresceu,[2] e escreveu publicamente em apoio à sua transição.[3]

Em 2016, Owl Fisher formou-se pela Universidade da Islândia, com mestrado em Estudos de Gênero.[4]

Ativismo e carreira

Ativismo LGBTQIA+

Owl Fisher foi uma das pessoas que, em 2011, fundou a Hinsegin Norðurland (HIN), uma organização para pessoas queer no norte da Islândia. Em seguida, Owl ingressou no conselho da Trans Islândia e presidiu a organização até março de 2022.[5] Também fez parte do conselho educacional da Samtökin '78, a organização nacional queer da Islândia, de 2012 a 2016.[6] Em nível internacional, Owl Fisher também fez parte do conselho da The International LGBTQI Queer and Student Organization de 2014 a 2016.[7]

Em 2016, Owl fez uma palestra no TEDx Reykjavík chamada "Moving Beyond the Binary of Sex and Gender" (Indo além do sexo e do gênero binários), onde falou sobre pessoas trans e intersexuais de sua própria perspectiva pessoal.[1]

Como presidente da organização Trans Islândia, Owl Fisher atuou na elaboração de legislação para expandir os direitos das pessoas trans e não-binárias na Islândia. De 2015 a 2019, em colaboração com Kitty Anderson da Intersex Islândia e com legisladores islandeses, ajudou a desenvolver a Lei de Autonomia de Gênero, que foi aprovada em junho de 2019. Owl criticou a versão final do projeto de lei por remover as disposições contra intervenções médicas intersexuais que originalmente faziam parte do projeto.

Owl Fisher mudou-se para o Reino Unido em 2016. Co-dirigiu um projeto cinematográfico em andamento chamado My Genderation, destacando experiências trans. Owl faz parte da All About Trans, uma organização do Reino Unido que trabalha para melhorar a representação trans na mídia. Owl contribuiu com artigos para vários jornais britânicos, incluindo The Guardian e The Independent, bem como para a revista lésbica DIVA. Owl foi uma das pessoas que escreveu o livro Trans Teen Survival Guide, com Fox Fisher, publicado pela Jessica Kingsley Publishers, em 2018.[8]

Em junho de 2020, Owl Fisher e três outros autores renunciaram em protesto à agência literária Blair Partnership, que também representava JK Rowling, quando a empresa se recusou a emitir uma declaração pública de apoio aos direitos dos transgêneros, dizendo que "a liberdade de expressão só pode ser mantida se as desigualdades estruturais que impedem a igualdade de oportunidades para grupos sub-representados são desafiadas e alteradas."[9]

Carreira política

Em 2016 e 2017, Owl Fisher concorreu ao Parlamento da Islândia em nome de Vinstri Græn, um partido político eco-socialista. Em 2017, saiu do partido depois de este ter formado um governo com o Sjálfstæðisflokkurinn, o partido conservador da Islândia.[10]

Reconhecimento

Em 2015, Owl Fisher recebeu o prêmio de Ciência e Educação da Siðmennt, a Associação Humanista da Islândia.[11]

Foi uma das pessoas nomeadas pela BBC como uma das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo em 2019.[12]

Publicações

  • Fisher, Owl e Fisher, Fox (2021) Livro de exercícios de sobrevivência trans. Londres: Jessica Kingsley Publishers.
  • Fisher, Owl e Fisher, Fox (2018) Guia de sobrevivência para adolescentes trans . Londres: Jessica Kingsley Publishers.ISBN 978-1-78592-341-8.

Notas e referências

Notas

Referências

  1. a b LeBlanc, Denique (24 de novembro de 2016). «Ugla: Resowing history – GayIceland» (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2020 
  2. Húnavatnshreppur. «Sveitarstjórn». Húnavatnshreppur (em islandês). Consultado em 14 de maio de 2020 
  3. Feykir. «Tíminn breytir draumum og ævintýrum í veruleika - Áskorandapenni Jón Gíslason Stóra-Búrfelli». Feykir.is (em islandês). Consultado em 14 de maio de 2020 
  4. Jónsdóttir 1991-, Ugla Stefanía Kristjönudóttir. "Í hvernig nærfötum ertu núna?" Upplifun trans fólks af transtengdri heilbrigðisþjónustu á Íslandi (Thesis) (em islandês) 
  5. «Um félagið». Trans Ísland (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2020 
  6. «Ársskýrslur». Samtökin '78 (em islandês). Consultado em 14 de maio de 2020 
  7. «Meet IGLYO's new board members». IGLYO (em inglês). 17 de novembro de 2014. Consultado em 14 de maio de 2020 
  8. Mathieson, Frankie. «This Trans Couple Wrote The Book They Wish They'd Had Growing Up». www.refinery29.com (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2020 
  9. Waterson, Jim (22 de junho de 2020). «Authors quit JK Rowling agency over transgender rights». The Guardian. Consultado em 24 de julho de 2020 
  10. «Varaþingmaður og þingframbjóðandi segja sig úr Vinstri grænum». Stundin. 30 de novembro de 2017. Consultado em 14 de maio de 2020 
  11. «Viðurkenningar Siðmenntar | Siðmennt» (em islandês). 27 de novembro de 2015. Consultado em 14 de maio de 2020. Arquivado do original em 3 de junho de 2020 
  12. «BBC 100 Women 2019: quem está na lista?». BBC News Brasil. Consultado em 10 de janeiro de 2024