Pante Macassar

Coordenadas: 9° 13' S 124° 22' O

Pante Macassar
Geografia
País
 Timor-Leste
Exclave
Oe-Cusse Ambeno
Capital de
Oe-Cusse Ambeno
Área
357,3 km2
Altitude
0 m
Coordenadas
9° 12′ S, 124° 23′ LVisualizar e editar dados no Wikidata
Demografia
População
8 793 hab. ()
Densidade
24,6 hab./km2 ()
Mapa

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Localização de Pante Macassar.
Posto administrativo de Pante Macassar.

Pante Macassar (em tétum Pante Makasar) é uma cidade da costa norte de Timor-Leste, 281 km a oeste de Díli, a capital do país. A cidade de Pante Macassar tem 10 mil habitantes e é capital do município de Oecusse, pequeno território de 815 km² encravado em pleno Timor Ocidental e isolado do resto do país.

Origem do nome

Pante Macassar, significa literalmente "praia dos macassares", numa alusão aos negociantes do porto de Macassar, nas Celebes (Sulawesi, em indonésio), que costumavam reunir-se neste ponto. Localmente Pante Macassar é também conhecida por Oecussi, que significa literalmente "cântaro de água", e que era o nome de um dos dois reinos originais que formam o actual enclave. O outro era Ambeno.

História

Pante Macassar — mais precisamente Lifau, nos arredores da cidade actual — foi o local onde os portugueses desembarcaram pela primeira vez na ilha de Timor e onde foi estabelecida a primeira capital do Timor Português. Esta situação prolongou-se até 1767, quando a capital da colónia foi transferida para Díli, mercê dos constantes ataques dos holandeses. No tempo dos portugueses, Pante Macassar foi também conhecida como Vila Taveiro.

A sua localização afastada do resto de Timor-Leste, fez com que Oecusse, e especificamente Pante Macassar, fosse a primeira parcela do território a ser ocupada pela Indonésia em 29 de Novembro de 1975.

Em 1999, nos tumultos que acompanharam a realização do referendo pela independência, Pante Macassar foi particularmente fustigada pela acção destruidora das milícias pró-integração, apoiadas pelo exército indonésio. Foram enforcados 65 civis apoiantes da independência e 90 porcento das construções incendiadas.

Na actualidade, a "cidade" não é muito mais do que uma meia dúzia de filas de casas junto a uma praia de águas cristalinas, delimitada por palmeiras. Não há televisão, nem bancos e a criminalidade é praticamente desconhecida. A única estação de rádio funciona apenas quando o velho emissor o permite, e o fornecimento de electricidade está limitado a cinco horas durante a noite. Duas vezes por semana, o isolamento é momentaneamente quebrado com a chegada do ferry-boat que faz a ligação com Díli, numa viagem que demora 12 horas.

Ligações externas

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