Pintura na Suécia

A primeira vez de Anders Zorn (1888)
Flores na janela de Carl Larsson (1894)

A pintura na Suécia combina tradições suecas com impulsos vindos do exterior. As influências vieram da Europa – sobretudo Alemanha, Holanda, França, Itália e Inglaterra - e nos tempos mais recentes, dos Estados Unidos.[1]

Pinturas rupestres da Pré-história

Têm sido encontrados vários exemplos de pinturas rupestres em superfícies rochosas ao ar livre em locais como Hästskotjärn (Jämtland), Fångsjön (Jämtland) e Ruvallen (Härjedalen). A maior parte dos achados estão localizados na região da Norlândia no norte do país, estando datados para ca. 4 000-2 000 a.C. Fora desta área também há registar Bärfendal na província histórica da Bohuslän, datada para 6 000 a.C. e Torslanda, na proximidade da cidade de Gotemburgo. Os autores destas pinturas usavam vermelho-ocre nas suas representações de animais selvagens e silhuetas humanas.[2]

  • Alce – pintura rupestre Fångsjön (Jämtland)
    Alce – pintura rupestre
    Fångsjön (Jämtland)
  • Alce, rena, urso e figuras humanas Ruvallen (Härjedalen)
    Alce, rena, urso e figuras humanas
    Ruvallen (Härjedalen)
  • Lago Åbodsjön com pedregulho contendo pintura rupestre (Ångermanland)
    Lago Åbodsjön com pedregulho contendo pintura rupestre
    (Ångermanland)

Pintura medieval

Em termos históricos, a Idade Média na Suécia vai do ano 1050 ao ano 1520, altura em que Gustavo Vasa sob ao trono do país. É uma época de intensa cristianização, refletida numa arte ligada às igrejas, onde a pintura tem uma certa importância. A maioria da população vivia no campo em casas de madeira não-pintadas. [3] [4]

Românico

Entre 1050 e 1250, domina o estilo românico entre os pintores suecos. Uma grande parte das obras de pintura desapareceu, embora tenham sobrevivido algumas peças murais, frequentemente ”al secco”. A Igreja de Santa Maria de Vä (Sankta Mariakyrkan i Vä) na Escânia contém pinturas murais com alguma influência bizantina. [5]

Gótico

De 1250 até 1520, o estilo gótico é dominante, com a sua graciosidade e elegância aplicadas a motivos naturalistas. Johannes Rosenrod, Albertus Pictor e o Mestre Amund, são alguns dos grandes expoentes deste período. [6]

Gustavo Vasa e o Renascimento

Com a chegada do Renascimento à Suécia, o rei e a nobreza começam a fazer decorar os seus palácios e casas. Mestres estrangeiros, sobretudo da Holanda e da Alemanha, foram chamados para executar pinturas e ensinar as suas técnicas e estilos. [7]

Barroco

O século XVII começou com muitas guerras. A Suécia ocupou a cena militar e política como uma grande potência no Norte da Europa. A arquitetura e a escultura foram objeto de interesse e recursos, mas não a pintura.
A meio do século o país entrou finalmente num período de paz. A rainha Cristina e os grandes senhores como Magnus Gabriel De la Gardie dedicaram-se então a embelezar os seus palácios. Artistas estrangeiros foram chamados para essa tarefa.
O estilo que veio a dominar a época foi o barroco, com os seus fortes tons teatrais e o seu apelo aos fortes sententimentos.
O pintor David Klöcker Ehrenstrahl, de origem alemã, trouxe a estética europeia continental para a Suécia. Durante 40 anos, foi pintor da corte, servindo a rainha Hedviga Eleonora e o seu filho o rei Carlos XI. [8]

Rococó e Neoclassicismo

O século XVIII começa com os tempos de guerra e da austeridade artística do reinado de Carlos XII. Com a sua morte, e a ascensão ao poder da rainha Ulrica Leonor, a Suécia volta à construção e decoração de palácios. Vários artistas franceses, com destaque para Guillaume Taraval, são chamados ao país, onde introduzem o estilo rococó, com as suas cores suaves e motivos graciosos.
Na década de 1760, novos ventos, também vindos de França, trazem o estilo neoclássico, com as suas formas harmoniosas e de lirismo da natureza.
Depois da viagem de Gustavo III a Itália, o neoclassicismo sueco assume a forma do estilo gustaviano – o expoente máximo da criação artística, na história da Suécia.
Ao mesmo tempo, começa a sentir-se na pintura uma aragem romântica vinda da Inglaterra. [9]

Romantismo, Realismo e Simbolismo

No século XIX entra em cena uma burguesia sustentada na forte industrialização do país. As encomendas de obras de artes deslizam da igreja e casa real para as novas famílias endinheiradas. Os artistas lutam pela sua sobrevivência e eventual sucesso.
Os motivos agora procurados abrangem não só os retratos de pessoas importantes mas também as paisagens e as cenas da vida popular.
A perspetiva romântica domina na primeira parte do século, transitando sucessivamente para uma abordagem realista.
Ao regressarem de França, muitos pintores suecos procuram o ar livre e descobrem a luminosidade nórdica. O realismo das suas obras desemboca cada vez mais num simbolismo e numa atmosfera de crepúsculo. [10]

  • Midsommardans i Rättvik (Dança de verão em Rättvik) (1852, Kilian Zoll)
    Midsommardans i Rättvik
    (Dança de verão em Rättvik)
    (1852, Kilian Zoll)
  • Reflexer (Reflexos) (1889, Anders Zorn)
    Reflexer
    (Reflexos)
    (1889, Anders Zorn)
  • Riddaren och Jungfrun (O cavaleiro e a virgem) (1898, Richard Bergh)
    Riddaren och Jungfrun
    (O cavaleiro e a virgem)
    (1898, Richard Bergh)

Romantismo Nacional, Modernismo e Expressionismo

O século XX é o século dos ismos. Estilos e correntes artísticas diversas coexistem, chegam e passam.
O romantismo nacional do século anterior marca o início deste século, sendo sucessivamente substituído pelo modernismo. A influência francesa é dominante, mas agora entram em cena fontes de inspiração vindas da Alemanha e da Holanda.
Na segunda metade do século, é a vez de Nova Iorque adquirir um protagonismo materializado no expressionismo abstrato.[11]

  • Svanen (O cisne) (1915, Hilma af Klint)
    Svanen
    (O cisne)
    (1915, Hilma af Klint)
  • Badande ynglingar (Jovens no banho) (1914, Georg Pauli)
    Badande ynglingar
    (Jovens no banho)
    (1914, Georg Pauli)
  • Den döende dandyn (O dandy moribundo) (1918, Nils Dardel)
    Den döende dandyn
    (O dandy moribundo)
    (1918, Nils Dardel)
  • Hoppet (A esperança) (1940, Bror Hjorth)
    Hoppet
    (A esperança)
    (1940, Bror Hjorth)
  • Dag och natt (Dia e noite) (Lennart Rodhe)
    Dag och natt
    (Dia e noite)
    (Lennart Rodhe)
  • Mulher com livro (Kvinna med bok) (Leander Engström)
    Mulher com livro
    (Kvinna med bok)
    (Leander Engström)

Alguns pintores famosos

Alguns museus destacados

FONTE: Museus de arte da Suécia (Konstmuseum i Sverige)

Referências

  1. Fridell Anter, Karin; Henrik Wannfors (1989). Så målade man. Svenskt byggnadsmåleri från senmedeltid till nutid (em sueco). Solna: Svensk byggtjänst. 336 páginas. ISBN 91-7332-464-7  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  2. Göran Burenhult. «Hällmålning» (em sueco). Nationalencyklopedin – Enciclopédia Nacional Sueca  A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda)
  3. Holkers, Märta (2001). «Medeltiden». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 8-27. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  4. Fridell Anter, Karin; Henrik Wannfors (1989). «1400-talet». Så målade man. Svenskt byggnadsmåleri från senmedeltid till nutid (em sueco). Solna: Svensk byggtjänst. p. 25-44. 336 páginas. ISBN 91-7332-464-7  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  5. Holkers, Märta (2001). «Medeltiden». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 8-15. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  6. Holkers, Märta (2001). «Medeltiden». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 16-27. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  7. Holkers, Märta (2001). «Renässansen gör sitt intåg – 1500-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 29-43. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  8. Holkers, Märta (2001). «Den dramatiska barocken – 1600-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 44-71. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  9. Holkers, Märta (2001). «Från senbarocken till romantik – 1700-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 72-125. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  10. Holkers, Märta (2001). «Ett nationellt måleri föds – 1800-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 126-213. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  11. Holkers, Märta (2001). «De många ismernas sekel – 1900-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 214-267. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 

Ver também

Bibliografia

  • Holkers, Märta (2001). Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. 278 páginas. ISBN 91-0-056874-0 
  • Fridell Anter, Karin; Henrik Wannfors (1989). Så målade man. Svenskt byggnadsmåleri från senmedeltid till nutid (em sueco). Solna: Svensk byggtjänst. 336 páginas. ISBN 91-7332-464-7  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Pintura na Suécia
  • v
  • d
  • e
Arquitetura • Arte megalítica • Arte rupestre • Artesanato • BibliotecasCinemaCulinária • Dança • Design • DesportoEsculturaFeriados • Folclore • Fotografia • HistóriaLinguaLiteratura • Monumentos megalíticos • MuseusMúsica • Pintura • Poesia • TeatroTeatros • Televisão
Portal da Suécia
  • v
  • d
  • e
Idade
Antiga






Idade
Média
Idade
Moderna
Idade
Contemporânea
Escolas
Nacionais
Tipos e
Técnicas
Pintores
Famosos
Pinturas
Famosas
  • Página de categoria Categoria
  • Portal Portal da História
  • Portal Portal da Arte
  • Portal Portal da Pintura
  • Commons Commons
  • Portal da história
  • Portal da arte
  • Portal da pintura
  • Portal da Suécia