PostBQP

Em teoria da complexidade computacional, PostBQP é uma classe de complexidade que consiste de todos os problemas computacionais solúveis em tempo polinomial em uma Máquina de Turing quântica com pós-seleção e erro limitado (no sentido de que o algoritmo é correto ao menos em 2/3 das vezes para todas as entradas).

Pós-seleção não é considerada uma funcionalidade que um computador realístico (mesmo um quântico) iria conter, mas ainda assim, máquinas pós-seletivas são interessantes sob uma perspectiva teórica.

Remover qualquer uma dessas duas funcionalidades (quanticidade e pós-seleção) de PostBQP resulta em uma das duas seguintes classes, sendo as duas subclasses de PostBQP:

  • BQP é a mesma que PostBQP apenas sem pós-seleção
  • BPPpath é a mesma que PostBPP exceto que ao invés de quântico, o algoritmo é randômico clássico (com pós-seleção)[1]

Adicionar pós-seleção parece fazer com que Máquinas de Turing Quântica fiquem muito mais poderosas: Scott Aaronson provou[2][3] que PostBQP é equivalente a PP, uma classe que se acredita ser relativamente poderosa, enquanto que BQP não se sabe se até mesmo contém a classe aparentemente menor NP. Utilizando técnicas similares, Aaronson também provou que pequenas mudanças nas leis da computação quântica teriam efeitos significativos. Como exemplos específicos, sob quaisquer das duas seguintes mudanças, a "nova" versão de BQP se tornaria equivalente a PP:

  • se nós ampliarmos a definição de 'porta quântica' para incluir não apenas operações unárias mas também operações lineares, ou
  • se a probabilidade de medição de um estado base | x {\displaystyle |x\rangle } for proporcional a | α x | p {\displaystyle |\alpha _{x}|^{p}} no lugar de | α x | 2 {\displaystyle |\alpha _{x}|^{2}} para qualquer inteiro ímpar p > 2.

Propriedades Básicas

Para descrever algumas das propriedades de PostBQP fixamos uma maneira de descrever pós-seleção quântica. Defina um algoritmo quântico como sendo uma família de circuitos quânticos (especificamente, uma família uniforme de circuitos). Designamos um qubit como o qubit de pós-seleção P e outro como qubit de saída Q. Então PostBQP é definida pela pós-seleção sobre o evento em que o qubit de pós-seleção é |1>. Explicitamente, uma linguagem L está em PostBQP se existe um algoritmo quântico A tal que após rodar A sobre a entrada x e avaliando os dois qubits P e Q,

  • P = 1 com probabilidade diferente de zero
  • se a entrada x esta em L então Pr[Q = 1|P = 1] ≥ 2/3
  • se a entrada x não esta em L então Pr[Q = 0|P = 1] ≥ 2/3.

Pode se provar que permitir um único passo pós-seletivo no final do algoritmo (como descrito acima) ou permitir intermediar passos pós-seletivos durante o algoritmo são equivalentes.[2][4]

Aqui estão as três propriedades básicas de PostBQP (que também são garantidas para BQP através de provas similares):

1. PostBQP é fechada sobre complemento. Dada uma linguagem L é PostBQP e uma família de circuito decisora correspondente, criar uma nova família de circuito por troca do saída qubit após medição, então, a nova família de circuito prova que o complemento de L esta em PostBQP.

2. Você pode realizar a amplificação de probabilidade em PostBQP. A definição de PostBQP não é modificada se nós substituirmos o valor 2/3 em sua definição por alguma outra constante estritamente 1/2 e 1. Como exemplo, dado um algoritmo PostBQP A com probabilidade de sucesso 2/3, nós podemos construir outro algoritmo que executa três independente cópias de A, resultando um bit pós-seletivo equivalente à conjunção lógica dos três "mais internos" , e resultando em um bit resultado equivalente a maioria dos três "mais internos"; o novo algoritmo será corrigido com probabilidade condicional ( 2 / 3 ) 3 + 3 ( 1 / 3 ) ( 2 / 3 ) 2 = 20 / 27 {\displaystyle (2/3)^{3}+3(1/3)(2/3)^{2}=20/27} , maior que a original 2/3.

3. PostBQP é fechada sobre interseção. Suponha que tenhamos famílias de circuitos PostBQP para duas linguagens L1 e L2, com seus respectivos 'pós-seletivos qubits' e 'saída qubit' P1, P2, Q1, Q2. Nós podemos assumir por probabilística amplificação de que ambas famílias de circuito tem uma probabilidade de sucesso de nó mínimo 5/6. Então, criamos um algoritmo composto onde os circuitos para L1 e L2 são executados independentemente, e nós configuramos P para a conjunção de P1 e P2, e Q para a conjunção de Q1 e Q2. Não é dificilmente reconhecível um limíte de união que esse algoritmo composto corretamente decide pertinência em L 1 L 2 {\displaystyle L1\cap L2} com probabilidade (condicional) de no mínimo 2/3.

Mais genericamente, combinações dessas ideias mostram que PostBQP é fechado sobre união e reduções à tabelas-verdade BQP.

PostBQP = PP

Scott Aaronson mostrou[5] que classes de complexidade PostBQP (limite de erro quântico pós-selecionado em tempo polinomial) e PP (tempo probabilístico polinomial) são equivalentes. O resultado foi significativo pois essa reformulação quântica de PP deu novas ideias e provas simplificadas das propriedades de PP.

A definição comum de uma família de circuitos PostBQP é uma com dois outbit qubits P (pós-seleção) e Q (resultado) com uma única medição de P e Q no final tal que a probabilidade de medição de P = 1 tem uma probabilidade diferente de zero, a probabilidade condicional Pr[Q = 1|P = 1] ≥ 2/3 se a entrada x esta na linguagem, e Pr[Q = 0|P = 1] ≥ 2/3 se a entrada x não esta na linguagem. Por razões técnicas nós puxamos a definição de PostBQP como o seguinte: requer-se que Pr[P = 1] ≥ 2nc para alguma constante c dependendo da família de circuitos. Perceba que essa mudança não afeta as propriedades básicas de PostBQP, e também, é possível mostrar demonstrar qualquer computação consistente de barreiras típicas (ex. Hadamard, Toffoli) tem essa propriedade sempre que Pr[P = 1] > 0.

Provando PostBQP ⊆ PP

Suponhamos que a família de circuitos PostBQP para decidir uma linguagem L. Assume-se que sem perdas de generalidade (ex. ver o propriedades inessenciais dos computadores quânticos) que todas as barreiras tem matrizes de transição que são representadas com números reais, ao custo de adicionar um qubit a mais.

Faça Ψ {\displaystyle \Psi } denotar o estado quântico final do circuito antes da medida pós-seleção ser feita. O objetivo geral da prova é construir um algoritmo PP para decidir L. Mais especificamente é suficiente ter L comparando corretamente a amplitude quadrádica de Ψ {\displaystyle \Psi } nos estados com Q = 1, P = 1 para a amplitude quadrádica de Ψ {\displaystyle \Psi } nos estados com Q = 0, P = 1 para determinar qual maior. A ideia chave é a de que a comparação dessas amplitudes podem ser transformadas em comparar a probabilidade de aceitação de uma máquina PP com 1/2.

Visualização Matricial de Algoritmos PostBQP

Sejam n denotando o tamanho da entrada, B = B(n) denotando o número total de qubits no circuito (entradas, auxiliares, saídas e qubits de pós-seleção), e G = G(n) denotando o número total de portas. Representando a i-ésima porta por sua matriz de transição Ai (uma matriz unária real 2 B × 2 B {\displaystyle 2^{B}\times 2^{B}} ) e fazendo o estado inicial ser |x> (cercado de zeros). Então Ψ = A G A G 1 A 2 A 1 | x {\displaystyle \Psi =A^{G}A^{G-1}\dotsb A^{2}A^{1}|x\rangle } . Definindo S1 (resp. S0) como sendo o conjunto dos estados base correspondendo a P = 1, Q = 1 (resp. P = 1, Q = 0) e definindo as probabilidades

π 1 := Pr [ P = 1 , Q = 1 ] = ω S 1 Ψ ω 2 {\displaystyle \pi _{1}:={\text{Pr}}[P=1,Q=1]=\sum _{\omega \in S_{1}}\Psi _{\omega }^{2}}
π 0 := Pr [ P = 1 , Q = 0 ] = ω S 0 Ψ ω 2 . {\displaystyle \pi _{0}:={\text{Pr}}[P=1,Q=0]=\sum _{\omega \in S_{0}}\Psi _{\omega }^{2}.}

A definição de PostBQP garante que tanto π 1 2 π 0 {\displaystyle \pi _{1}\geq 2\pi _{0}} ou π 0 2 π 1 {\displaystyle \pi _{0}\geq 2\pi _{1}} quer x esteja em L ou não.

Nossa máquina PP irá comparar π 1 {\displaystyle \pi _{1}} e π 0 {\displaystyle \pi _{0}} . Para que isso seja feito, expandimos a definição da matriz de multiplicação:

Ψ ω = α 1 , , α G A ω , α G G A α G , α G 1 G 1 A α 3 , α 2 2 A α 2 , α 1 1 x α 1 {\displaystyle \Psi _{\omega }=\sum _{\alpha _{1},\ldots ,\alpha _{G}}A_{\omega ,\alpha _{G}}^{G}A_{\alpha _{G},\alpha _{G-1}}^{G-1}\dotsb A_{\alpha _{3},\alpha _{2}}^{2}A_{\alpha _{2},\alpha _{1}}^{1}x_{\alpha _{1}}}

onde a soma é tomada sobre todas as listas de vetores α i {\displaystyle \alpha _{i}} com base G. Agora π 1 {\displaystyle \pi _{1}} e π 0 {\displaystyle \pi _{0}} podem ser expressas como a soma dos produtos das paridades desses termos. Intuitivamente, nós queremos desenvolver uma máquina cuja probabilidade de aceitação é algo como 1 2 ( 1 + π 1 π 0 ) {\displaystyle {\frac {1}{2}}(1+\pi _{1}-\pi _{0})} , desde que x L {\displaystyle x\in L} implicaria que a probabilidade de aceitação é 1 2 ( 1 + π 1 π 0 ) > 1 / 2 {\displaystyle {\frac {1}{2}}(1+\pi _{1}-\pi _{0})>1/2} , enquanto x L {\displaystyle x\not \in L} implicaria que a probabilidade de aceitação é 1 2 ( 1 + π 1 π 0 ) < 1 / 2 {\displaystyle {\frac {1}{2}}(1+\pi _{1}-\pi _{0})<1/2} .

Tecnicalidade: podemos assumir entradas das matrizes de transição Ai são racionais com denominador 2 f ( n ) {\displaystyle 2^{f(n)}} para algum polinômio f(n).

A definição de PostBQP nos diz que π 1 2 3 ( π 0 + π 1 ) {\displaystyle \pi _{1}\geq {\frac {2}{3}}(\pi _{0}+\pi _{1})} se x esta em L, e de outra forma π 0 2 3 ( π 0 + π 1 ) {\displaystyle \pi _{0}\geq {\frac {2}{3}}(\pi _{0}+\pi _{1})} . Substituindo todas as entradas de A pela fração mais próxima com denominador 2 f ( n ) {\displaystyle 2^{f(n)}} por um grande polinômio f(n) que nós descrevemos atualmente. O que será utilizado posteriormente é o novo valor π {\displaystyle \pi } satisfazendo π 1 > 1 2 ( π 0 + π 1 ) {\displaystyle \pi _{1}>{\frac {1}{2}}(\pi _{0}+\pi _{1})} se x esta em L, e π 0 > 1 2 ( π 0 + π 1 ) {\displaystyle \pi _{0}>{\frac {1}{2}}(\pi _{0}+\pi _{1})} se x não esta em L. Usando o assumido anteriormente tecnicamente e analizando como a 1-norma do estado computacional muda, isso parece ser satisfeito se ( 1 + 2 f ( n ) 2 B ) G 1 < 1 6 2 n c , {\displaystyle (1+2^{-f(n)}2^{B})^{G}-1<{\frac {1}{6}}2^{-n^{c}},} assim claramente existe um f grande suficiente que é polinomial em in n.

Construindo a Máquina PP

Agora, detalhamos a implementação da nossa máquina PP. Seja α {\displaystyle \alpha } denotando a sequência { α i } i = 1 G {\displaystyle \{\alpha _{i}\}_{i=1}^{G}} e defina a notação prática

Π ( A , ω , α , x ) := A ω , α G G A α G , α G 1 G 1 A α 3 , α 2 2 A α 2 , α 1 1 x α 1 {\displaystyle \Pi (A,\omega ,\alpha ,x):=A_{\omega ,\alpha _{G}}^{G}A_{\alpha _{G},\alpha _{G-1}}^{G-1}\dotsb A_{\alpha _{3},\alpha _{2}}^{2}A_{\alpha _{2},\alpha _{1}}^{1}x_{\alpha _{1}}} ,

então

π 1 π 0 = ω S 1 α , α Π ( A , ω , α , x ) Π ( A , ω , α , x ) ω S 0 α , α Π ( A , ω , α , x ) Π ( A , ω , α , x ) . {\displaystyle \pi _{1}-\pi _{0}=\sum _{\omega \in S_{1}}\sum _{\alpha ,\alpha '}\Pi (A,\omega ,\alpha ,x)\Pi (A,\omega ,\alpha ',x)-\sum _{\omega \in S_{0}}\sum _{\alpha ,\alpha '}\Pi (A,\omega ,\alpha ,x)\Pi (A,\omega ,\alpha ',x).}

Nós definimos nossa máquina PP para

  • tomar um estado base ω {\displaystyle \omega } uniformemente ao aleatório
  • se ω S 0 S 1 {\displaystyle \omega \not \in S_{0}\cup S_{1}} então PARE e aceite com probabilidade 1/2, rejeito com probabilidade 1/2
  • tome duas sequências α , α {\displaystyle \alpha ,\alpha '} do estado base G uniformemente ao aleatório
  • computar X = Π ( A , ω , α , x ) Π ( A , ω , α , x ) {\displaystyle X=\Pi (A,\omega ,\alpha ,x)\Pi (A,\omega ,\alpha ',x)} (que é uma fração com denominador 2 2 f ( n ) G ( n ) {\displaystyle 2^{2f(n)G(n)}} tal que 1 X 1 {\displaystyle -1\leq X\leq 1} )
  • se ω S 1 {\displaystyle \omega \in S_{1}} então aceite com probabilidade 1 + X 2 {\displaystyle {\frac {1+X}{2}}} e rejeite com probabilidade 1 X 2 {\displaystyle {\frac {1-X}{2}}} (que toma no máximo 2f(n)G(n)+1 jogadas de moeda)
  • caso contrário (então ω S 0 {\displaystyle \omega \in S_{0}} ) aceite com probabilidade 1 X 2 {\displaystyle {\frac {1-X}{2}}} e rejeite com probabilidade 1 + X 2 {\displaystyle {\frac {1+X}{2}}} (que novamente toma no máximo 2f(n)G(n)+1 jogadas de moeda)

Então é diretamente para computador que essa máquina aceita com probabilidade 1 2 + ( π 1 π 0 ) / ( 2 1 + B ( n ) + 2 B ( n ) G ( n ) ) , {\displaystyle {\frac {1}{2}}+(\pi _{1}-\pi _{0})/(2^{1+B(n)+2B(n)G(n)}),} então essa é uma máquina PP para a linguagem L, como desejado.

Provando PP ⊆ PostBQP

Supõe-se que tenhamos uma máquina PP com complexidade de tempo T:=T(n) sobre a entrada x de tamanho n := |x|. Assim, a máquina joga uma moeda no máximo T vezes durante a computação. Pode-se então ver a máquina como uma função determinística f (implementada, ex. por um circuito clássico) que toma duas entradas (x, r) onde r, uma cadeia de caracteres binária de tamanho T, representa o resultado das randômicas jogadas de moeda que são realizadas pelo computador, e o resultado de f é 1 (aceite) ou 0 (rejeite). A definição de PP nos diz que

x L # { r { 0 , 1 } T f ( x , r ) = 1 } 2 T 1 {\displaystyle x\in L\Leftrightarrow \#\{r\in \{0,1\}^{T}\mid f(x,r)=1\}\geq 2^{T-1}}

Assim, queremos um algoritmo PostBQP que pode determinar se a expressão acima é verdadeira.

Definindo s como sendo o número de cadeias de caracteres randômicas que levam a aceitação,

s := # { r { 0 , 1 } T f ( x , r ) = 1 } {\displaystyle s:=\#\{r\in \{0,1\}^{T}\mid f(x,r)=1\}}

e então 2 T s {\displaystyle 2^{T}-s} é o número de cadeias rejeitadas. É diretamente argumentar que sem perda de generalidade, s { 0 , 2 T / 2 , 2 T } {\displaystyle s\not \in \{0,2^{T}/2,2^{T}\}} ; para detalhamentos, ver um assunção similar sem perda de similaridade na prova de que PP é fechada sobre complemento.

Algoritmo de Aaronson

O algoritmo de Aaronson para resolver esse problema é a seguir descrito. For simplicidade, vamos descrever todos os estados quânticos como não-normalizados. Primeiro, prepara-se o estado x { 0 , 1 } T | x | f ( x ) {\displaystyle \sum _{x\in \{0,1\}^{T}}|x\rangle |f(x)\rangle } . Segundo, aplica-se porta de Hadamard ao primeiro registrador (cada um dos primeiros qubits T), mede-se o primeiro registrador e pós-seleção nele sendo toda string composta unicamente por zeros. É facilmente verificável que isso deixa o último registrador (o último qubit) no estado residual

| ψ := ( 2 T s ) | 0 + s | 1 . {\displaystyle |\psi \rangle :=(2^{T}-s)|0\rangle +s|1\rangle .}

Onde H denota a porta de Hadamard, nós computamos o estado

H | ψ = ( 2 T | 0 + ( 2 T 2 s ) | 1 ) / 2 {\displaystyle H|\psi \rangle =(2^{T}|0\rangle +(2^{T}-2s)|1\rangle )/{\sqrt {2}}} .

Onde α , β {\displaystyle \alpha ,\beta } são números reais positivos a serem escolhidos depois com α 2 + β 2 = 1 {\displaystyle \alpha ^{2}+\beta ^{2}=1} , computa-se o estado α | 0 | ψ + β | 1 | H ψ {\displaystyle \alpha |0\rangle |\psi \rangle +\beta |1\rangle |H\psi \rangle } e mede-se o segundo qubit, pos-selecionando em seu valor sendo igual a 1, o que deixa o primeiro qubit em um estado residual dependendo de β / α {\displaystyle \beta /\alpha } onde denota-se

| ϕ β / α := α s | 0 + β 2 ( 2 T 2 s ) | 1 {\displaystyle |\phi _{\beta /\alpha }\rangle :=\alpha s|0\rangle +{\frac {\beta }{\sqrt {2}}}(2^{T}-2s)|1\rangle } .

Visualizando os estados possíveis de um qubit como um círculo, vê-se que se s > 2 T 1 {\displaystyle s>2^{T-1}} , (isto é se x L {\displaystyle x\in L} ) então ϕ β / α {\displaystyle \phi _{\beta /\alpha }} fica no quadrante aberto Q a c c := ( | 1 , | 0 ) {\displaystyle Q_{acc}:=(-|1\rangle ,|0\rangle )} enquanto se s < 2 T 1 {\displaystyle s<2^{T-1}} , (isto é se x L {\displaystyle x\not \in L} ) então ϕ β / α {\displaystyle \phi _{\beta /\alpha }} fica no quadrante aberto Q r e j := ( | 0 , | 1 ) {\displaystyle Q_{rej}:=(|0\rangle ,|1\rangle )} . De fato, para qualquer x fixado (e seu correspondente s), conforme varia-se a proporção β / α {\displaystyle \beta /\alpha } em ( 0 , ) {\displaystyle (0,\infty )} , percebe-se que a imagem de | ϕ β / α {\displaystyle |\phi _{\beta /\alpha }\rangle } é precisamente o quadrante aberto correspondente. No restante da prova, faz-se precisa a idéia de que nós podemos distinguir entre esses dois quadrantes.

Análise

Seja | + = ( | 1 + | 0 ) / 2 {\displaystyle |+\rangle =(|1\rangle +|0\rangle )/{\sqrt {2}}} , que é o centro de Q r e j {\displaystyle Q_{rej}} , e seja | {\displaystyle |-\rangle } ortogonal à | + {\displaystyle |+\rangle } . Qualquer qubit em Q a c c {\displaystyle Q_{acc}} , quando medido nas bases { | + , | } {\displaystyle \{|+\rangle ,|-\rangle \}} , dado o valor | + {\displaystyle |+\rangle } menor que 1/2 do tempo. Por outro lado, se x L {\displaystyle x\not \in L} e nós tivermos tomado β / α = r := 2 s / ( 2 T 2 s ) {\displaystyle \beta /\alpha =r^{*}:={\sqrt {2}}s/(2^{T}-2s)} então medindo | ϕ β / α {\displaystyle |\phi _{\beta /\alpha }\rangle } na base { | + , | } {\displaystyle \{|+\rangle ,|-\rangle \}} daria o valor | + {\displaystyle |+\rangle } todo o tempo. Desde que não seja sabido s também não seja sabido o valor preciso r*, mas pode-se tentar vários (polinomialmente muito) valores diferentes para β / α {\displaystyle \beta /\alpha } buscando conseguir um que seja "próximo" de r*.

Especificamente, perceba 2 T < r < 2 T {\displaystyle 2^{-T}<r*<2^{T}} e deixe sucetivamente configurar β / α {\displaystyle \beta /\alpha } para qualquer valor da forma 2 i {\displaystyle 2^{i}} para T i T {\displaystyle -T\leq i\leq T} . Então os cálculos elementares mostram que para um desses valores de i, a probabilidade de medição de | ϕ 2 i {\displaystyle |\phi _{2^{i}}\rangle } sobre a base de { | + , | } {\displaystyle \{|+\rangle ,|-\rangle \}} mede | + {\displaystyle |+\rangle } é ao menos ( 3 + 2 2 ) / 6 0.971. {\displaystyle (3+2{\sqrt {2}})/6\approx 0.971.}

Geralmente, o algoritmo PostBQP é descrito como se segue. Seja k ser uma constante estritamente entre 1/2 e ( 3 + 2 2 ) / 6 {\displaystyle (3+2{\sqrt {2}})/6} . Faz-se o seguinte experimento para cada T i T {\displaystyle -T\leq i\leq T} : constói-se e mede-se | ϕ 2 i {\displaystyle |\phi _{2^{i}}\rangle } sobre as bases de { | + , | } {\displaystyle \{|+\rangle ,|-\rangle \}} um total de C log T {\displaystyle C\log T} vezes onde C é uma constante. Se a proporção de | + {\displaystyle |+\rangle } medições é maior que k, então rejeite. Se não rejeitar para qualquer i, aceite. Limite de Chernoff então mostra ue para uma constante C universal suficientemente grande, nós classificamos corretamente x com probabilidade de no mínimo 2/3.

Observa-se que esse algoritmo satisfaz a assunção técnica de que a probabilidade de pós-seleção não é muito pequena: cada medição individual de | ϕ 2 i {\displaystyle |\phi _{2^{i}}\rangle } tem uma probabilidade de pós-seleção 1 / 2 O ( T ) {\displaystyle 1/2^{O(T)}} e então a probabilidade total é 1 / 2 O ( T 2 log T ) {\displaystyle 1/2^{O(T^{2}\log T)}} .

Implicações

  • Ver Reformulação de PP em computação quântica

Referências

  1. Y. Han and Hemaspaandra, L. and Thierauf, T. (1997). «Threshold computation and cryptographic security». SIAM Journal on Computing. 26: 59–78. doi:10.1137/S0097539792240467  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  2. a b Aaronson, Scott (2005). «Quantum computing, postselection, and probabilistic polynomial-time». Proceedings of the Royal Society A. 461 (2063): 3473–3482. doi:10.1098/rspa.2005.1546 . Preprint available at [1]
  3. Aaronson, Scott (11 de janeiro de 2004). «Complexity Class of the Week: PP». Computational Complexity Weblog. Consultado em 2 de maio de 2008 
  4. Ethan Bernstein & Umesh Vazirani (1997). «Quantum Complexity Theory». SIAM Journal on Computing. 26: 11–20. doi:10.1137/s0097539796300921 
  5. Aaronson, Scott (2005). «Quantum computing, postselection, and probabilistic polynomial-time». Proceedings of the Royal Society A. 461 (2063): 3473–3482. arXiv:quant-ph/0412187Acessível livremente. doi:10.1098/rspa.2005.1546