Rebelião de Kamwina Nsapu

Rebelião de Kamwina Nsapu

Províncias da República Democrática do Congo afetadas pela rebelião (vermelho escuro).
Data 8 de agosto de 2016–2019
Local República Democrática do Congo
Beligerantes
Milicia Kamwina Nsapu[1]
  • Vários sub-grupos[2]
 República Democrática do Congo

Milícias aliadas:

  • Bana Mura[3]
  • Grupos locais pró-governo[1]
Comandantes
Jean-Pierre Mpandi "Kamwina Nsapu" †[4]
  • Sem líder central desde agosto de 2016[4]
República Democrática do Congo Joseph Kabila
República Democrática do Congo Gen. Dieudonné Banze

A rebelião de Kamwina Nsapu ou Kamuina Nsapu foi uma rebelião instigada pela milícia Kamwina Nsapu contra as forças de segurança estatais[5] na República Democrática do Congo, nas províncias de Kasaï-Central, Kasaï, Kasai-Oriental, Lomami e Sankuru.[6] Os combates começaram depois que a milícia liderada por Kamwina Nsapu atacou as forças de segurança em agosto de 2016. Há uma natureza étnica no conflito, uma vez que a milícia é composta principalmente por lubas[5] que matam seletivamente indivíduos de etnias não lubas.

Cronologia

Agosto a Setembro de 2016

O primeiro confronto ocorreu em Tshimbulu em agosto de 2016, quando uma milícia do líder local chamado Kamwina Nsapu, que estava contestando o governo central, começou a pedir por uma insurreição e atacou a polícia local. Posteriormente, foi morto junto com outros oito milicianos e 11 policiais.[7]

O filho de Nsapu, mais tarde, pediu ao governo local para fazer a sua própria cerimônia oficial, mas o governo local se recusou a fazer. Em setembro de 2016, a milícia de Nsapu tomou conta de uma área de 180 km de Kananga, e posteriormente capturou o aeroporto de Kananga antes de ser retomado pelas forças armadas da República Democrática do Congo.[8] Em 26 de setembro de 2016, o governo anunciou que, no total, 49 pessoas foram mortas (27 milicianos, 16 policiais e 6 civis) e 185 milicianos foram capturados desde que os combates começaram.[9]

Fevereiro de 2017

Em 9 de fevereiro de 2017, os conflitos eclodiram em Tshimbulu entre 300 milicianos e as forças armadas em um ataque de represália pela milícia. Pelo menos seis pessoas foram mortas, incluindo um civil. No dia seguinte, de 60 a 75 foram mortos pelas forças armadas, enquanto pelo menos dois soldados foram feridos.[10] Em 14 de fevereiro o porta-voz dos direitos humanos das Nações Unidas Liz Throssell anunciou que pelo menos 101 pessoas foram mortas pelas forças do governo, entre 9 e 13 de fevereiro, com 39 mulheres.[11]

Referências

  1. a b de Freytas-Tamura, Kimiko (28 de Julho de 2017). «Who's in Congo's Mass Graves? And Why Are Soldiers Guarding Them?». The New York Times 
  2. Byaruhanga, Catherine (24 de Abril de 2017). «DR Congo's Kasai conflict: Voodoo rebels take on Kabila». BBC 
  3. «UN accuses Congo-backed militia of crimes against toddlers, others». The News Nigeria. 20 de Junho de 2017 
  4. a b Hoebeke, Hans (21 de Março de 2017). «Kamuina Nsapu Insurgency Adds to Dangers in DR Congo». International Crisis Group 
  5. a b «DRC's Kasai-Oriental province requires emergency assistance 600,000 says UN». International Business Times. 8 de Março de 2017 
  6. «Congo-Kinshasa: Kamuina Nsapu Insurgency Adds to Dangers in DR Congo». All Africa. 21 de Março de 2017 
  7. «RDC: affrontements meurtriers à Tshimbulu, dans le Kasaï-Central» (em francês). Radio France Internationale. 14 de agosto de 2016 
  8. «Analyse de l'attaque de l'aéroport de Kananga par la milice de Kamwin-Nsapu». Radio Okapi. 26 de setembro de 2016 
  9. «Kananga: 49 morts dans les accrochages entre forces de l'ordre et miliciens» (em francês). Radio Okapi. 26 de setembro de 2016 
  10. «En RDC, nouveau décompte macabre en cours dans le Kasaï central» (em francês). Radio France Internationale. 10 de fevereiro de 2017 
  11. «Congolese soldiers kill at least 101 in militia clashes - U.N.». Reuters. 14 de fevereiro de 2017 
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