Rio Uruguai

Coordenadas: 28° 8' 59" S, 40° W

Rio Uruguai

O rio Uruguai na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Localização
Continente
País
Brasil
Uruguai
Argentina
Localização
Altitude
200 m
Coordenadas
27° 36′ 30″ S, 51° 27′ 21″ OVisualizar e editar dados no Wikidata
Dimensões
Comprimento
1770 km
Hidrografia
Tipo
rio
Bacia hidrográfica
Área da bacia
365 000 km2
Países da
bacia hidrográfica
Brasil
Uruguai
Argentina
Nascente
Serra Geral (sul do Brasil)
Afluente
principal
Caudal médio
5 m3/s
Foz
Altitude da foz
0 m
Mapa

editar - editar código-fonte - editar WikidataDocumentação da predefinição

Ponte sobre o Rio Uruguai
Ponte sobre o Rio Uruguai, na Divisa entre SC e RS

O rio Uruguai é um curso de água sul-americano que nasce na serra Geral e que forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas,[1] em altitude de 440 m, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A nascente do rio é o rio Pelotas, que nasce cerca de 65 quilômetros a oeste da costa do oceano Atlântico. A foz do rio Uruguai é no rio da Prata. É um dos rios mais importantes na hidrografia do sul do Brasil, servindo de fronteira entre esse país e a Argentina e entre a Argentina e o Uruguai. Uruguaiana é a principal cidade gaúcha banhada por suas águas.

Somente após receber as águas do rio Canoas, passa a se chamar rio Uruguai, indo na direção geral leste-oeste até receber, pela margem direita, as águas do rio Peperi-Guaçu. Então, começa a infletir para sudoeste, servindo de fronteira inicialmente entre Brasil e Argentina, até receber o rio Quaraí, afluente da margem esquerda que atua como fronteira entre o Brasil e o Uruguai.

Depois de receber as águas do rio Quaraí, o rio Uruguai continua para o sul até a localidade de Nueva Palmira, onde deságua no rio da Prata. Sua extensão total é de 1 770 quilômetros. Note que, desde a junção de seus formadores até a foz do rio Quaraí, são um total de 1 262 quilômetros, ficando os restantes 508 quilômetros do rio Uruguai correndo inteiramente entre terras uruguaias e argentinas. Se for considerada a extensão do rio Pelotas, sua extensão chega aos 2 150 quilômetros. Seu desnível total é de 24 centímetros por quilômetro.

Significado do nome

Segundo Eduardo Navarro, "Uruguai" é um termo proveniente do guarani antigo: significa "rio dos uruguás", pela junção de uruguá (uruguá, um tipo de caracol de água doce) e 'y (rio).[2]

Principais afluentes

Margem Direita - Rio do Peixe, rio Chapecó, rio Peperi-Guaçu.

Margem Esquerda - Rio camaquã, rio Forquilha, rio Apuaê, rio Passo Fundo, rio da Várzea, rio Ijuí, rio Ibicuí, rio Quaraí, rio Negro

Características físicas

Imagem de satélite onde é possível observar parte do percurso médio do rio Uruguai e o percurso inferior, onde o mesmo desagua no rio da Prata, ao sul

Segundo estudiosos da hidrografia, o rio Uruguai pode ser considerado, fisicamente, de três formas, superior, médio e inferior.

  • # Superior- No trecho entre a junção dos rios Pelotas e Canoas, até a foz do rio Piratini, aí neste percurso com uma extensão total de 816 km e um desnível de 43 cm/km.
  • # Médio - No trecho entre a foz do Piratini até a cidade de Salto, já no Uruguai, aí neste percurso com uma extensão de 606 km e um desnível de 9 cm/km.
  • # Inferior- No trecho entre a cidade de Salto até a cidade de Nueva Palmira, agora um percurso ainda menor, num total de 348 km com desnível de 3 cm/km.

Após receber o rio Peperi-Guaçu e mudar a direção para o sul, o rio Uruguai apresenta o salto do Yucumã, o maior salto longitudinal do mundo, com extensão aproximada de 1,8 Km com altura máxima de 20 metros.

A navegação do rio Uruguai só é amplamente utilizada em seu trecho inferior, na bacia do rio da Prata, da foz a Concepción del Uruguay, na Argentina. Aí neste trecho podem ser vistos diversos navios de cabotagem. À medida que se sobe o rio, a navegação torna-se cada vez mais difícil, até se tornar completamente inviável.

Até a cidade de Salto, no Uruguai, a navegação pode ser feita por pequenas embarcações. Acima de Salto, a navegação é dificultada pela existência de rápidos e corredeiras, agravando-se a situação em direção a montante. Um pouco mais acima, nos 210 quilômetros entre São Borja e Uruguaiana, também efetua-se navegação, porém com embarcações de pequeno porte.

Existe uma discussão sobre a verdadeira nascente do rio Uruguai, uma vez que, através de fontes históricas, o rio nasceria com a junção entre o rio Pelotas e o rio do Peixe. Tal teoria estaria embasada em documentações de propriedades de terras emanadas pelo governo, que apontariam, como nascedouro, a junção entre o rio do Peixe e o rio Pelotas (entre os municípios de Marcelino Ramos (Rio Grande do Sul) e Alto Bela Vista (Santa Catarina).

Aspectos econômicos

Pôr-do-sol no rio Uruguai

Tem-se efetuado a navegação por embarcações de pequeno porte nos 210 quilômetros entre São Borja, Itaqui e Uruguaiana. Durante décadas seguidas, substanciais incentivos governamentais foram destinados à atividade agrícola, dando importante impulso à economia.

Usinas

Degradação

Embora drenando águas puras de importante região agroindustrial, permanece um tanto ignorada pela ciência, e pelo sistema de fiscalização ambiental, apresentando avançado estado de degradação.[carece de fontes?]

Houve a quase extinção das reservas naturais de matas, resultando na exposição dos recursos hídricos à ação dos fenômenos climáticos. As enxurradas subsequentes geraram erosão, e a consequente turbidez, o envenenamento e o assoreamento dos leitos.[carece de fontes?]

Ver também

Commons
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Referências

  1. MARCUZZO, Francisco F.N., Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai: Altimetria e Áreas. XXII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. Florianópolis. 2017.
  2. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 606.

Ligações externas

  • Mapa do rio Uruguai, de Yapeyu até a Fazenda de São Gregório a partir de 1784
  • Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai: Altimetria e Áreas, Francisco F. N. Marcuzzo, XXII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, Florianópolis, Brasil, 2017
  • v
  • d
  • e
Formações
Bacias
Intervenções
e gestão
Geral
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