Sancho Ordonhes

 Nota: Não confundir com o homónimo, Sancho Ordonhes (conde)
Sancho Ordonhes
Rei de Galiza
Reinado 926-929
Consorte Goto Moniz de Coimbra
Antecessor(a) Afonso Froilaz
Sucessor(a) Afonso IV de Leão
Nascimento c. 895
Morte 929
Sepultado em Castrelo de Miño
Pai Ordonho II da Galiza e Leão
Mãe Elvira Mendes de Coimbra

Sancho Ordonhes (em castelhano: Sancho Ordóñez; 895–929[1]), filho de Ordonho II e de Elvira Mendes,[2] foi rei da Galiza, subordinado ao rei de Leão[3] desde 926 até à sua morte em 929.

Biografia

Quando seu tio Fruela II morreu em 924, o filho deste, Afonso Froilaz, faz-se coroar rei de Leão. Contudo, os filhos de Ordono II — Sancho Ordonhes, Afonso IV e Ramiro II — que haviam sido injustamente desapossados do trono leonês que era seu, de jure, conseguiram-no expulsar, em 926, com a ajuda do rei Sancho Garcês I, o sogro de Afonso IV, tendo Afonso Froilaz fugido para a Galiza e depois para Astúrias de Santillana.[4] Sancho Ordonhes, que como filho primogênito correspondia o trono de Leão, enfrentou-se com seu irmão Afonso, que com a ajuda do rei Sancho Garcés I, foi reconhecido como o rei de Leão.[2] No entanto, Sancho expulsou seu irmão Afonso, que fugiu para Astorga e com a ajuda de seu primo Afonso Froilaz, conseguiu finalmente expulsar seu irmão Sancho e começou a reinar em Leão a 12 de fevereiro de 926.[4]

Sancho conservou para si a coroa do reino de Galiza, que naquela época se estendia desde a costa cantábrica até o rio Minho,[5] e foi coroado em 926. A última vez que Sancho Ordóñez aparece na documentação, como Gallecie princeps, foi a 10 de junho de 929, no Mosteiro de Celanova. Morreu, sem filhos, entre essa data e 8 de agosto quando Afonso IV aparece confirmando privilégios à Catedral de Santiago de Compostela. À sua morte em 929, o reino da Galiza foi reintegrado, pacificamente, no reino de Leão pelo seu irmão Afonso IV.[1]

Casou com Goto Moniz,[1] filha do conde Munio Guterres e Elvira Árias, filha de Árias Mendes de Coimbra e, portanto, bisneta do conde Hermenegildo Guterres, embora não teve descendência.

Precedido por
Afonso Froilaz
Rei da Galiza
926-929
Sucedido por
Afonso IV de Leão
(a Galiza é reintegrada
no reino de Leão)

Referências

  1. a b c Martínez Díez 2005, p. 274.
  2. a b Martínez Díez 2005, p. 268.
  3. Suárez Fernández 1976, p. 269.
  4. a b Martínez Díez 2005, p. 268-269.
  5. Martínez Díez 2005, p. 269.

Bibliografia

  • Duro Peña, Emilio (1997). El Monasterio de San Esteban de Ribas de Sil (em espanhol). Ourense: Instituto de Estudios Orensanos Padre Feijoo de la Diputación Provincial. ISBN 84-600102-4-4  A referência emprega parâmetros obsoletos |lingua3= (ajuda)
  • Isla Frez, Amancio (2006). Memoria, culto y Monarquía Hispánica entre los siglos X y XII (em espanhol) 1ª ed. Jaén: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Jaén. ISBN 978-84-8439-329-0  A referência emprega parâmetros obsoletos |lingua3= (ajuda)
  • Martínez Díez, Gonzalo (2005). El Condado de Castilla (711-1038): la historia frente a la leyenda (em espanhol). 2 tomos. Valladolid: [s.n.] ISBN 84-9718-275-8  A referência emprega parâmetros obsoletos |lingua3= (ajuda)
  • Rodríguez Fernández, Justiniano (1997). Reyes de León (I). García I, Ordoño II, Fruela II y Alfonso IV (em espanhol). Burgos: La Olmeda. ISBN 84-920046-8-1  A referência emprega parâmetros obsoletos |lingua3= (ajuda)
  • Suárez Fernández, Luis (1976). Historia de España antigua y Media (em espanhol). Madrid: Rialp. ISBN 84-321186-6-4  A referência emprega parâmetros obsoletos |lingua3= (ajuda)
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