Sukarno

Sukarno
Sukarno
Sukarno em 1949
Presidente da Indonésia
Período 18 de agosto de 1945 – 12 de março de 1967
Antecessor(a) Posição estabelecida
Sucessor(a) Suharto
Presidente dos Estados Unidos da Indonésia
Período 17 de dezembro de 1949 – 17 de agosto de 1950
Antecessor(a) Posição estabelecida
Sucessor(a) Posição abolida
11º Primeiro-ministro da Indonésia
Período 9 de julho de 1959 – 25 de julho de 1966
Presidente Ele mesmo
Antecessor(a) Djuanda Kartawidjaja
Sucessor(a) Posição abolida
Dados pessoais
Nascimento 6 de junho de 1901
Soerabaja, Índias Orientais Neerlandesas
Morte 21 de junho de 1970 (69 anos)
Jacarta, Indonésia
Nacionalidade indonésio
Progenitores Mãe: Ida Ayu Nyoman Rai
Pai: Soekemi Sosrodihardjo
Alma mater Instituto de Tecnologia de Bandungue
Cônjuge Oetari (c. 1921; div. 1922)
Inggit Garnasih (c. 1923; div. 1942)
Fatmawati (c. 1943)
Hartini (c. 1953)
Kartini Manoppo (c. 1959; div. 1968)
Naoko Nemoto (c. 1962)
Haryati (c. 1963; div. 1966)
Yurike Sanger (c. 1964; div. 1967)
Heldy Djafar (c. 1966; sep. 1967)
Filhos(as) 12 (dois adotados)
Partido Partido Nacional da Indonésia (1927–1931; 1945)
Religião Islã
Assinatura Assinatura de Sukarno

Sukarno ( /sˈkɑrn/;[1] nascido Kusno Sosrodihardjo, localmente [kʊsnɔ]; Surabaia, 6 de junho de 1901Jacarta, 21 de junho de 1970)[2] foi um político indonésio que serviu como Presidente da Indonésia, de 1945 a 1967.[3]

Sukarno fora um ativista desde muito jovem e rapidamente se tornou um dos líderes da luta da Indonésia por independência do Império holandês. Ele havia se tornado um líder proeminente do movimento nacionalista no período colonial e chegou a ser preso por quase uma década pelas autoridades holandesas até que o país foi invadido pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Sukarno e seus colegas nacionalistas colaboraram para angariar apoio para o esforço de guerra japonês da população, em troca da ajuda japonesa na divulgação de ideias nacionalistas. Após a rendição do Japão, Sukarno e Mohammad Hatta proclamaram a independência da Indonésia, em 17 de agosto de 1945, e Sukarno foi apontado como presidente. Ele liderou os indonésios na resistência contra as forças coloniais, por meios diplomáticos e militares, até que a independência do país foi reconhecida em 1949. O escritor Pramoedya Ananta Toer certa vez escreveu que "Sukarno foi o único líder asiático da era moderna capaz de unificar pessoas de origens étnicas, culturais e religiosas tão diferentes sem derramar uma gota de sangue."[4]

Após um período caótico sob uma democracia parlamentar, Sukarno estabeleceu um sistema autocrático chamado "Democracia Guiada" em 1959 que acabou com a instabilidade e rebeliões que ameaçavam a sobrevivência do diverso e turbulento país. No começo da década de 1960, Sukarno deu uma guinada na política nacional em direção a esquerda ao apoiar e proteger o Partido Comunista da Indonésia (PKI). Estes movimentos irritaram os militares e os islamitas. Ele também embarcou em uma série de políticas externas agressivas sob a rubrica de "anti-imperialismo", com ajuda da União Soviética e da China. O fracasso do Movimento de 30 de Setembro em 1965 levou a destruição do PKI com execuções em massa de membros e simpatizantes do partido comunista em diversas regiões, com o total de mortos indo de 500 000 a 1 000 000 de pessoas.[5][6][7][8] O descontentamento entre as forças armadas, fundamentalistas islâmicos e elementos conservadores na sociedade cresceu ao ponto que, em meados de 1967, um general chamado Suharto, removeu o presidente do poder. Sukarno foi posto em prisão domiciliar e lá permaneceu até sua morte, em 1970.[3]

Referências

  1. "Sukarno". Random House Webster's Unabridged Dictionary.
  2. Biografi Presiden Arquivado em 2013-09-21 no Wayback Machine
  3. a b Bob Hering, 2001, Soekarno, architect of a nation, 1901–1970, KIT Publishers Amsterdam, ISBN 90-6832-510-8, KITLV Leiden, ISBN 90-6718-178-1
  4. Ricklefs, M.C. (1991). A History of Modern Indonesia since c. 1300. [S.l.]: MacMillan. ISBN 0-333-57690-X 
  5. Robinson, Geoffrey B. (2018). The Killing Season: A History of the Indonesian Massacres, 1965–66. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-1-4008-8886-3 
  6. Melvin, Jess (2018). The Army and the Indonesian Genocide: Mechanics of Mass Murder. [S.l.]: Routledge. p. 1. ISBN 978-1-138-57469-4 
  7. Mark Aarons (2007). "Justice Betrayed: Post-1945 Responses to Genocide." In David A. Blumenthal and Timothy L. H. McCormack (eds). The Legacy of Nuremberg: Civilising Influence or Institutionalised Vengeance? (International Humanitarian Law). Martinus Nijhoff Publishers. ISBN 9004156917 p. 80.
  8. The Memory of Savage Anticommunist Killings Still Haunts Indonesia, 50 Years On, Time

Precedido por
Presidente da Indonésia
19451967
Sucedido por
Suharto
  • v
  • d
  • e
Década de 1950

1950: Frédéric Joliot-Curie - Soong Ching-ling - Hewlett Johnson - Eugénie Cotton - Arthur Moulton - Pak Chong Ae - Heriberto Jara Corona • 1951: Guo Moruo - Monica Felton - Oyama Ikuo - Pietro Nenni - Anna Seghers - Jorge Amado 1952: Johannes Becher - Elisa Branco - Ilya Ehrenburg - James Gareth Endicott - Yves Farge - Saifuddin Kitchlew - Paul Robeson 1953: Andrea Andreen - John Desmond Bernal - Isabelle Blume - Howard Fast - Andrew Gaggiero - Leon Kruczkowski - Pablo Neruda - Nina Vasilevna Popova - Sahib-singh Sokhey - Pierre Cot • 1954: Alain Le Léap - Baldomero Sanincano - Prijono - Bertolt Brecht - André Bonnard - Thakin Kodaw Hmaing - Felix Iversen - Nicolás Guillén - Denis Nowell Pritt • 1955: Lázaro Cárdenas - Mohammed Al-Ashmar - Joseph Wirth - Ton Duc Thang - Akiko Seki - Ragnar Forbeck • 1957: Louis Aragon - Emmanuel d'Astier - Heinrich Brandweiner - Danilo Dolci - Maria Rosa Oliver - Chandrasekhara Venkata Raman - Udakandawala Saranankara Thero - Nikolay Semenovich Tikhonov • 1958: Josef Lukl Hromádka - Artur Lundkvist - Louis Saillant - Kaoru Yasui - Arnold Zweig 1959: Otto Buchwitz - W. E. B. Du Bois - Nikita Khrushchov - Ivor Montagu - Kostas Varnalis

Medalha
Década de 1960

1960: Laurent Casanova - Cyrus Eaton - Sukarno • 1961: Fidel Castro - Ostap Dlussky - William Morrow - Rameshvari Neru - Mihail Sadoveanu - Antoine Tabet - Ahmed Sékou Touré 1962: István Dobi - Olga Poblete de Espinosa - Faiz Ahmed Faiz - Kwame Nkrumah - Pablo Picasso - Georgi Traikov - Manolis Glezos 1963: Oscar Niemeyer 1964: Dolores Ibárruri - Rafael Alberti - Aruna Asaf Ali - Kaoru Ota • 1965: Miguel Ángel Asturias - Mirjam Vire-Tuominen - Peter Ayodele Curtis Joseph - Giacomo Manzù - Jamtsarangiyn Sambuu • 1966: Herbert Warnke - Rockwell Kent - Ivan Málek - Martin Niemöller - David Siqueiros - Bram Fischer • 1967: Joris Ivens - Nguyen Thi Dinh - Jorge Zalamea - Romes Chandra - Endre Sík - Jean Effel • 1968-1969: Akira Iwai - Jarosław Iwaszkiewicz - Khaled Mohieddin - Linus Pauling - Shafie Ahmed el Sheikh - Bertil Svahnstrom - Ludvík Svoboda

Década de 1970

1970-1971: Eric Henry Stoneley Burhop - Ernst Busch - Tsola Dragoicheva - Renato Guttuso - Kamal Jumblatt - Alfredo Varela • 1972: James Aldridge - Salvador Allende - Leonid Brejnev - Enrique Pastorino • 1973-1974: Luis Corvalán - Raymond Goor - Jeanne Martin-Cissé • 1975-1976: Hortensia Bussi de Allende - János Kádár - Seán MacBride - Samora Machel - Agostinho Neto - Yannis Ritsos • 1977-1978: Kurt Bachmann - Freda Yetta Brown - Angela Davis - Vilma Espín Guillois - Kumara Padma Sivasankara Menon - Halina Skibniewska • 1979: Hervé Bazin - Lê Duẩn - Urho Kekkonen - Abd al-Rahman al-Sharqawi - Miguel Otero Silva

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