Urzela

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRoccella tinctoria
urzela

Classificação científica
Reino: Fungi
Divisão: Ascomycota
Classe: Arthoniomycetes
Ordem: Arthoniales
Família: Roccellaceae
Género: Roccella
Espécie: R. tinctoria
Nome binomial
Roccella tinctoria
DC.
Pedra de triturar urzela, Villa Maria, Angra do Heroísmo.

Roccella tinctoria DC., conhecido pelo nome comum de urzela, é uma espécie de fungo liquenizado do género Roccella da família Roccellaceae, sinónimo homotípico de Lecanora tinctoria (DC.) Czerwiak., 1849.

A urzela e os seus usos

Urzela é o nome comum dado ao líquen Roccella tinctoria Lam. & DC., comum sobre rochas costeiras nas ilhas da Macaronésia. Para além da espécie R. tinctoria, o nome urzela é também aplicado a outras espécies do mesmo género e ainda a outros líquenes tintureiros similares.

A urzela produz um corante de cor púrpura (ou azul violáceo) que antes da invenção das anilinas sintéticas atingia grande valor para tingir têxteis. O extracto da urzela, agora denominado orceína ou azul de tornesol, continua a ter ampla aplicação como contrastante em microscopia e como base para indicadores químicos e bioquímicos. Entre as utilizações do corante conta-se o papel indicador, que em inglês deu origem ao teste de "litmus" tão utilizado na linguagem corrente.

O principal composto com valor corante é o orcinol, um composto fenólico, que ocorre em múltiplas espécies de liquens[1] incluindo R. tinctoria.

As técnicas de confecção de corante a partir da urzela, baseadas na maceração do líquen seco em urina, foram durante muitas décadas um bem guardado segredo dos tintureiros flamengos, que importavam a matéria prima dos arquipélagos atlânticos (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde) e das zonas costeiras do Brasil, mantendo vivo um comércio que iniciado em princípios do século XV se manteve activo até à década de 1850.

O valor da urzela era tal que nos Açores a sua produção era monopólio real, havendo severas penalidades para quem a contrabandeasse. No período inicial da história dos Açores a urzela constituiu um dos mais importantes produtos de exportação das ilhas.

Em Cabo Verde, onde a urzela se desenvolve em altitude até ao limite dos contra-alíseos, a apanha da urzela constituiu até ao século XIX uma importante atividade, permitindo a subsistência em épocas de grave carestia causada pela seca. A sua apanha era porém muito penosa pois exigia o acesso a falésias e escarpas, causa de muitas mortes por queda.

O nome urzela deu origem a diversos topónimos nas ilhas atlânticas, entre os quais o da freguesia da Urzelina, ilha de São Jorge, Região Autónoma dos Açores.

Segundo o botânico Félix de Avelar Branco: «A urzela é uma planta criptogâmica imperfeita, a que os portugueses deram este nome, os espanhóis o de orselle ou orcilla, os franceses o de orseille, do italiano roccella, querendo indicar uma planta de cor roxa. (...)

A verdadeira urzela, em vez de raiz tem um apoio nodoso aplanado, orbicular, e raramente uns fios mínimos, com os quais e com a sua base se agarra às pedras. Do seu apoio ou base nodosa, sobressaem hastes em feixe, levantadas, roliças e pouco ramosas, de uma a três polegadas de altura, e tanto elas como os ramos são de cor cinzenta-alvadia, e terminam em pontas agudas.

Esta planta é inodora, tem um sabor um pouco salgado e por fim levemente acre.

Nasce naturalmente, sem cultura nem amanho, nos píncaros e rochedos à beira mar das nossas Berlengas, da Provence e Languedoc, ilhas da Córsega, Elba e Sicília; nas da Berbéria, nas ilhas de Cabo Verde e outras nossas de África, nos Açores, Canárias, etc.»

A urzela tem muita utilidade na tinturaria por produzir uma viva cor púrpura. Serve não só para a tinturaria, mas também para a pintura, para dar cor aos mármores, vinhos, licores, etc.

A urzela foi identificada em 1469 em Santiago (Cabo Verde) pelos sevilhanos João e Pero de Lugo, que vieram imediatamente a Portugal e obtiveram do Infante D. Fernando licença para poderem comerciar directamente nas ilhas. Esse conhecimento poderá ter-se perdido; assim, em 1730 um negociante de Tenerife, à vista de uma amostra desse musgo que lhe foi enviada da ilha Brava (Cabo Verde), mandou uma embarcação com alguns urzeleiros àquela ilha, onde carregaram 500 quintais, dando de luvas ao capitão-mor, pela licença, uma pataca por quintal.

Os jesuítas, sabendo disso, e conhecendo o valor comercial desta planta, requereram ao rei D. João V privilégio exclusivo para apanhar e exportar aquela ervinha seca, querendo inculcar por este humilde nome, que era planta de pouca valia.

Mas o rei já estava bem informado, e em vez de dar o privilégio aos padres, tomou-a para si, proibindo a apanha da urzela e dando-a por arrematação a um negociante holandês estabelecido em Lisboa. Em 1750 arrematou-a um português, José Gomes da Silva Candeias, que lhe deu grande incremento, até que passou para a administração da companhia do Grão-Pará e Maranhão, que fraudou grandemente o Estado, em virtude do que passou a ser administrada por conta do governo em 1750.

Prosperou muito por esse tempo, a ponto de em 1820 e 1840, o seu rendimento líquido para o tesouro ter subido de 80 para 100 contos de réis.

O decreto de 17 de Janeiro de 1837, que declarou livre a exportação da urzela das províncias de Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, ainda que não fosse tão boa como a de Cabo Verde, fez-lhe perniciosa concorrência, pelo que os arrematantes largaram o contrato.

A 5 de Junho de 1844, promulgou-se outro decreto, declarando o comércio das plantas conhecidas com o nome de urzela, ficava, em todas as províncias portuguesas de África, exclusivamente reservada ao governo, o qual o poderia dar por contrato, se fosse conveniente, gozando os contratantes de todos os privilégios concedidos aos arrematantes da fazenda pública.

Fonte: http://antikuices.blogspot.pt/2012/10/historia-urzela-imagem-de-1860.html

Taxonomia

A espécie Rocella tinctoria foi pela primeira vez descrita por Augustin Pyramus de Candolle em 1805. são conhecidas as seguintes variedades:

  • R. t. var. portentosa
  • R. t. var. subpodicellata
  • R. t. var. tinctoria

e formas:

  • R. t. f. complanata
  • R. t. f. tinctoria

Notas

  1. Robiquet: „Essai analytique des lichens de l’orseille“, Annales de chimie et de physique, 1829, 42, p. 236–257.

Ligações externas

Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Urzela
Identificadores taxonómicos
  • v
  • d
  • e
Taxonomia dos líquenes (géneros)
Ver só as famílias
Ascomycota
Arthoniomycetes
Arthoniales
Arthoniaceae
Allarthonia · Arthonia · Arthothelium · Coniarthonia · Cryptothecia · Sporostigma · Stirtonia
Chrysothricaceae
Chrysothrix
Melaspileaceae
Roccellaceae
Bactrospora · Chiodecton · Combea · Cresponea · Dendrographa · Dirina · Enterographa · Hubbsia · Lecanactis · Lecanographa · Mazosia · Opegrapha · Phoebus · Plectocarpon · Reinkella · Roccella · Roccellina · Schismatomma · Schizopelte · Sclerophyton · Sigridea · Syncesia
Incertae sedis
Arthophacopsis · Llimonaea · Perigrapha
Dothideomycetes
Capnodiales
Capnodiaceae
Echinothecium
Incertae sedis
Cystocoleus
Dothideales
Dacampiaceae
Clypeococcum · Dacampia · Eopyrenula · Polycoccum · Pyrenidium
Xanthopyreniaceae
Collemopsidium · Pyrenocollema · Zwackhiomyces
Pleosporales
Melanommataceae
Melanomma
Mytilinidiaceae
Taeniolella
Pleomassariaceae
Peridiothelia
Pleosporaceae
Epicoccum · Leptosphaerulina
Incertae sedis
Monoblastiopsis · Phoma
Incertae sedis
Epigloeaceae
Epigloea
Arthopyreniaceae
Arthopyrenia · Mycomicrothelia
Didymosphaeriaceae
Didymosphaeria
Lichenotheliaceae
Lichenostigma · Lichenothelia
Microthyriaceae
Lichenopeltella
Mycosphaerellaceae
Sphaerellothecium · Sphaerulina · Stigmidium
Naetrocymbaceae
Jarxia · Leptorhaphis · Tomasellia
Parmulariaceae
Parmularia
Pseudoperisporiaceae
Myxophora · Raciborskiomyces · Wentiomyces
Pyrenotrichaceae
Pyrenothrix
Protothelenellaceae
Protothelenella · Thrombium
Incertae sedis
Buelliella · Cercidospora · Hassea · Homostegia · Karschia · Monodictys · Mycoglaena · Mycoporellum · Rosellinula · Trematosphaeriopsis
Eurotiomycetes
Chaetothyriales
Herpotrichiellaceae
Capronia · Racodium
Pyrenulales
Monoblastiaceae
Acrocordia · Anisomeridium · Monoblastia
Pyrenulaceae
Anthracothecium · Distopyrenis · Granulopyrenis · Lithothelium · Polypyrenula · Pyrenula · Pyrgillus · Sulcopyrenula
Requienellaceae
Requienella
Trypetheliaceae
Astrothelium · Bathelium · Campylothelium · Laurera · Polymeridium · Pseudopyrenula · Trypethelium
Incertae sedis
Celothelium · Mycoporum
Verrucariales
Adelococcaceae
Adelococcus · Sagediopsis
Verrucariaceae
Agonimia · Bagliettoa · Bellemerella · Catapyrenium · Clavascidium · Dermatocarpon · Endocarpon · Endococcus · Henrica · Heterocarpon · Heteroplacidium · Involucropyrenium · Lauderlindsaya · Leucocarpia · Merismatium · Muellerella · Neocatapyrenium · Phaeospora · Placidiopsis · Placidium · Placopyrenium · Polyblastia · Psoroglaena · Staurothele · Thelidium · Trimmatothele · Verrucaria
Incertae sedis
Strigulaceae
Geisleria · Strigula
Mycocaliciales
Mycocaliciaceae
Chaenothecopsis · Mycocalicium · Phaeocalicium · Stenocybe
Sphinctrinaceae
Sphinctrina
Lecanoromycetes
Acarosporales
Acarosporaceae
Acarospora · Glypholecia · Myriospora · Pleopsidium · Polysporina · Sarcogyne
Lecanorales
Anziaceae
Anzia
Arthrorhaphidaceae
Arthrorhaphis · Gongylia
Biatorellaceae
Biatorella
Caliciaceae
Acroscyphus · Baculifera · Calicium · Chrismofulvea · Ciposia · Cyphelium · Endohyalina · Texosporium · Thelomma · Tholurna
Candelariaceae
Candelaria · Candelariella · Candelina · Placomaronea
Cetradoniaceae
Cetradonia
Cladoniaceae
Cladonia · Pilophorus · Pycnothelia
Crocyniaceae
Crocynia
Dactylosporaceae
Dactylospora
Gypsoplacaceae
Gypsoplaca
Haematommataceae
Haematomma
Lecanoraceae
Arctopeltis · Bryonora · Calvitimela · Carbonea · Cladidium · Clauzadeana · Edrudia · Frutidella · Glaucomaria · Lecanora · Lecidella · Miriquidica · Myrionora · Protoparmelia · Psorinia · Pycnora · Pyrrhospora · Ramboldia · Rhizoplaca · Scoliciosporum · Tylothallia · Vainionora
Lecideaceae
Cecidonia · Hypocenomyce · Lecidea · Myochroidea · Steinia
Loxosporaceae
Loxospora
Megalariaceae
Catillochroma · Megalaria
Megalosporaceae
Lopezaria · Megalospora
Mycoblastaceae
Mycoblastus
Ophioparmaceae
Ophioparma
Parmeliaceae
Ahtiana · Alectoria · Allantoparmelia · Allocetraria · Arctocetraria · Arctoparmelia · Asahinea · Brodoa · Bryocaulon · Bryopogon · Bryoria · Bulbothrix · Canoparmelia · Cavernularia · Cetraria · Cetrariastrum · Cetrariella · Cetrelia · Coelocaulon · Cornicularia · Dactylina · Esslingeriana · Evernia · Everniastrum · Flavocetraria · Flavoparmelia · Flavopunctelia · Gowardia · Hypogymnia · Hypotrachyna · Imshaugia · Kaernefeltia · Letharia · Masonhalea · Melanelia · Melanelixia · Melanohalea · Menegazzia · Myelochroa · Neofuscelia · Nesolechia · Nodobryoria · Omphalodium · Omphalora · Paraparmelia · Parmelia · Parmelina · Parmelinopsis · Parmeliopsis · Parmotrema · Parmotremopsis · Phacopsis · Platismatia · Pseudephebe · Pseudevernia · Pseudoparmelia · Punctelia · Relicina · Sulcaria · Tuckermanella · Tuckermannopsis · Usnea · Vulpicida · Xanthoparmelia
Physciaceae
Amandinea · Anaptychia · Buellia · Cratiria · Culbersonia · Dermatiscum · Dermiscellum · Dimelaena · Diploicia · Diplotomma · Dirinaria · Gassicurtia · Hafellia · Heterodermia · Hyperphyscia · Mobergia · Phaeophyscia · Phaeorrhiza · Physcia · Physciella · Physconia · Pyxine · Rinodina · Tetramelas · Tornabea
Pilocarpaceae
Byssoloma · Calopadia · Fellhanera · Fellhaneropsis · Lopadium · Micarea · Psilolechia · Sporopodium · Szczawinskia · Tapellaria
Porpidiaceae
Amygdalaria · Bellemerea · Clauzadea · Farnoldia · Immersaria · Koerberiella · Pachyphysis · Porpidia · Romjularia
Psoraceae
Lecidoma · Protoblastenia · Protomicarea · Psora · Psorula
Ramalinaceae
Adelolecia · Arthrosporum · Bacidia · Bacidina · Biatora · Catinaria · Cliostomum · Desmazieria · Fistulariella · Herteliana · Japewia · Lecania · Mycobilimbia · Myxobilimbia · Niebla · Phyllopsora · Ramalina · Schadonia · Scutula · Speerschneidera · Tephromela · Trichoramalina · Waynea
Rhizocarpaceae
Catolechia · Epilichen · Poeltinula · Rhizocarpon
Stereocaulaceae
Amphiloma · Hertelidea · Lepraria · Squamarina · Stereocaulon · Xyleborus
Sphaerophoraceae
Bunodophoron · Sphaerophorus
Peltigerales
Coccocarpiaceae
Coccocarpia · Spilonema · Spilonemella
Collemataceae
Collema · Leciophysma · Leptogium · Physma · Staurolemma
Pannariaceae
Degelia · Erioderma · Fuscopannaria · Leioderma · Moelleropsis · Pannaria · Parmeliella · Protopannaria · Psoroma · Santessoniella · Vahliella
Lobariaceae
Dendriscocaulon · Lobaria · Pseudocyphellaria · Sticta
Nephromataceae
Nephroma
Peltigeraceae
Peltigera · Solorina
Placynthiaceae
Koerberia · Leptochidium · Placynthium · Polychidium · Vestergrenopsis
Incertae sedis
Massalongia
Rhizocarpales
Catillariaceae
Catillaria · Halecania · Solenopsora · Sporastatia · Toninia · Xanthopsorella
Teloschistales
Letrouitiaceae
Letrouitia
Microcaliciaceae
Microcalicium
Teloschistaceae
Caloplaca · Cephalophysis · Fulgensia · Seirophora · Teloschistes · Xanthomendoza · Xanthoria
Agyriales
Agyriaceae
Agyrium · Anzina · Lignoscripta · Lithographa · Placopsis · Placynthiella · Ptychographa · Rimularia · Sarea · Trapelia · Trapeliopsis · Xylographa
Anamylopsoraceae
Anamylopsora
Schaereriaceae
Hafellnera · Schaereria
Gyalectales
Coenogoniaceae
Coenogonium
Gyalectaceae
Belonia · Bryophagus · Cryptolechia · Gyalecta · Pachyphiale · Ramonia
Ostropales
Gomphillaceae
Arthotheliopsis · Asterothyrium · Aulaxina · Bullatina · Calenia · Diploschistella · Echinoplaca · Gomphillus · Gyalectidium · Gyalideopsis · Jamesiella · Sagiolechia · Tricharia
Graphidaceae
Acanthothecis · Anomomorpha · Carbacanthographis · Diorygma · Dyplolabia · Fissurina · Glyphis · Graphina · Graphis · Gyrostomum · Helminthocarpon · Leiorreuma · Medusulina · Phaeographis · Platygramme · Platythecium · Sarcographa · Thalloloma · Thecaria
Odontotremataceae
Geltingia · Lethariicola · Odontotrema · Skyttea · Spirographa · Thamnogalla · Xerotrema
Solorinellaceae
Gyalidea · Solorinella
Stictidaceae
Absconditella · Conotrema · Nanostictis · Petractis · Robergea · Thelopsis · Topelia
Thelotremataceae
Chapsa · Diploschistes · Fibrillithecis · Ingvariella · Leptotrema · Leucodecton · Melanotrema · Myriotrema · Nadvornikia · Ocellularia · Phaeotrema · Platygrapha · Reimnitzia · Stegobolus · Thelotrema · Topeliopsis
Incertae sedis
Platygraphopsis
Pertusariales
Icmadophilaceae
Dibaeis · Icmadophila · Siphula · Thamnolia
Megasporaceae
Aspicilia · Lobothallia · Megaspora
Pertusariaceae
Loxosporopsis · Ochrolechia · Pertusaria · Segestria · Varicellaria
Trichotheliales
Porinaceae
Clathroporina · Porina · Pseudosagedia · Trichothelium
Incertae sedis
Arctomiaceae
Arctomia
Hymeneliaceae
Eiglera · Hymenelia · Ionaspis · Melanolecia · Pachyospora · Tremolecia
Incertae sedis
Aspilidea
Brigantiaeaceae
Brigantiaea
Coniocybaceae
Chaenotheca · Coniocybe · Sclerophora
Fuscideaceae
Fuscidea · Lettauia · Maronea · Orphniospora · Ropalospora
Phlyctidaceae
Phlyctella · Phlyctis
Umbilicariaceae
Lasallia · Umbilicaria
Vezdaeaceae
Vezdaea
Incertae sedis
Biatoridium · Botryolepraria · Corticifraga · Helocarpon · Leprocaulon · Malcomiella · Piccolia · Strangospora
Leotiomycetes
Helotiales
Helotiaceae
Bryoscyphus · Unguiculariopsis
Hyaloscyphaceae
Pezizella
Incertae sedis
Llimoniella · Phaeopyxis · Phragmonaevia · Rhymbocarpus · Skyttella
Incertae sedis
Myxotrichaceae
Myxotrichum
Lichinomycetes
Lichinales
Gloeoheppiaceae
Gloeoheppia
Heppiaceae
Heppia · Solorinaria
Lichinaceae
Anema · Collemopsis · Cryptothele · Digitothyrea · Ephebe · Euopsis · Harpidium · Lemmopsis · Lempholemma · Leprocollema · Lichina · Lichinella · Lichinodium · Metamelanea · Paulia · Peccania · Phloeopeccania · Phylliscum · Porocyphus · Psorotichia · Pterygiopsis · Pyrenopsis · Stromatella · Synalissa · Thelignya · Thermutis · Thyrea · Zahlbrucknerella
Peltulaceae
Peltula
Sordariomycetes
Coronophorales
Nitschkiaceae
Lasiosphaeriopsis · Rhagadostoma
Hypocreales
Bionectriaceae
Dendrodochium · Nectriella · Nectriopsis · Paranectria · Pronectria · Trichonectria
Nectriaceae
Niessliaceae
Niesslia
Incertae sedis
Illosporiopsis · Illosporium
Microascales
Microascaceae
Graphium
Phyllachorales
Phyllachoraceae
Lichenochora
Sordariales
Incertae sedis
Globosphaeria · Roselliniella · Roselliniopsis
Xylariales
Hyponectriaceae
Physalospora
Incertae sedis
Obryzaceae
Obryzum
Incertae sedis
Neolamya · Sarcopyrenia · Thelidiella
Incertae sedis
Lahmiales
Lahmiaceae
Lahmia
Incertae sedis
Aspidotheliaceae
Aspidothelium
Mastodiaceae
Kohlmeyera · Mastodia · Turgidosculum
Thelenellaceae
Julella · Thelenella
Baeomycetaceae
Baeomyces
Coccotremataceae
Coccotrema
Thelocarpaceae
Sarcosagium · Thelocarpon
Incertae sedis
Abrothallus · Acaroconium · Bispora · Cheiromycina · Coniambigua · Dictyocatenulata · Flakea · Hawksworthiana · Heterocyphelium · Hobsoniopsis · Intralichen · Kalchbrenneriella · Kirschsteiniothelia · Lichenopuccinia · Minutoexcipula · Normandina · Patriciomyces · Phaeosporobolus · Refractohilum · Sclerococcum · Talpapellis · Tylophoron · Vouauxiomyces
Basidiomycota
Basidiomycetes
Agaricales
Hygrophoraceae
Acantholichen · Cyphellostereum · Dictyonema · Lichenomphalia
Tricholomataceae
Arrhenia · Fayodia · Omphalina
Incertae sedis
Semiomphalina
Atheliales
Atheliaceae
Athelia · Athelopsis
Lepidostromataceae
Lepidostroma
Boletales
Coniophoraceae
Leucogyrophana
Cantharellales
Clavulinaceae
Ceratobasidiales
Incertae sedis
Marchandiomyces
Tremellales
Syzygosporaceae
Syzygospora
Tremellaceae
Corticiales
Incertae sedis
Marchandiomphalina
Urediniomycetes
Atractiellales
Chionosphaeraceae
Chionosphaera
Incertae sedis
Hobsonia
Uredinales
Pucciniaceae
Chrysopsora
Incertae sedis
Platygloeaceae
Biatoropsis · Cystobasidium
Deuteromycota
Coelomycetes
Incertae sedis
Asterophoma · Bachmanniomyces · Cornutispora · Dinemasporium · Diplolaeviopsis · Epaphroconidia · Epicladonia · Everniicola · Karsteniomyces · Laeviomyces · Lichenoconium · Lichenodiplis · Lichenosticta · Nigropuncta · Pyrenotrichum · Rhabdospora · Vouauxiella · Xanthopsora
Referências
   
  • Anderson, Heidi L. and Stefan Ekman. 2005. Disintegration of the Micareaceae (lichenized Ascomycota): a molecular phylogeny based on mitochondrial rDNA sequences. Mycological Research 109(1): 21–30.
  • CABI Bioscience Databases. Available online at http://www.indexfungorum.org/.
  • Damien Ertz, James D. Lawrey, Masoumeh Sikaroodi, Patrick M. Gillevet, Eberhard Fischer, Dorothee Killmann, and Emmanuël Sérusiaux. 2008. A new lineage of lichenized basidiomycetes inferred from a two-gene phylogeny: The Lepidostromataceae with three species from the tropics. American Journal of Botany 95(12): 1548–1556.
  • Ekman, Stefan, Heidi L. Andersen, and Mats Wedin. 2008. The limitations of ancestral state reconstruction and the evolution of the ascus in the Lecanorales (lichenized Ascomycota). Systematic Biology 57(1): 141–156.
  • Ekman, Stefan. 2001. Molecular phylogeny of the Bacidiaceae (Lecanorales, lichenized Ascomycota). Mycological Research 105(7): 783-797.
  • Grube, Martin and Katarina Winka. 2002. Progress in understanding the evolution and classification of lichenized ascomycetes. Mycologist 16(2): 67-76.
  • Liu , Yajuan J. and Benjamin D. Hall. 2004. Body plan evolution of ascomycetes, as inferred from an RNA polymerase II phylogeny. Proceedings of the National Academy of Sciences 101(13): 4507-4512.
  • Schmitt I, Yamamoto Y, Lumbsch HT. 2006. Phylogeny of Pertusariales (Ascomycotina): Resurrection of Ochrolechiaceae and new circumscription of Megasporaceae. Journal of the Hattori Botanical Laboratory 100: 753-764.
  • Staiger, Bettina, Klaus Kalb, and Martin Grube. 2006. Phylogeny and phenotypic variation in the lichen family Graphidaceae (Ostropomycetidae, Ascomycota). Mycological Research 110: 765-772.