Vasco Fernandes de Soverosa

 Nota: Para outras pessoas com o mesmo nome, veja Vasco Fernandes.
Vasco Fernandes de Soverosa
Mordomo-mo do Sancho I de Portugal Tenente em Basto, O Bierzo, Astorga,Zamora, Salamanca e outros lugares
Morte 1189
  Leão
Teresa Gonçalves de Sousa
Descendência Ver Descendência
Pai Fernão Peres Cativo

Vasco Fernandes de Soverosa (em castelhano: Vasco Fernández de Soverosa; morto depois de Maio de 1189) foi um rico-homem e genearca da linhagem dos Soverosa que teve origem na Galiza no Castelo de Sobroso. Foi o filho de Fernão Peres, o Cativo, proeminente membro da cúria régia do rei Afonso Henriques.[a]

Em Portugal

Umo dos mais fieis magnatas do primeiro monarca de Portugal, Vasco Fernandes aparece pela primeira vez na documentação regia em 1167 como o tenente de Basto, terra que estava vinculada à família de sua esposa.[1] Depois, no ano 1176 foi mordomo-mo do infante Sancho, futuro Sancho I e a partir de 1179 figura como maiordomus curie áte a morte do rei Afonso Henriques em 1185.[2][3]

Confirmou o primeiro documento do rei Sancho I como regie curie dapnifer. No mesmo mes, confirmou um diploma do rei Fernando II estando na corte de Leão. Nesse mesmo ano, o novo monarca portuguès nombrou como seu mordomo-mo ao cunhado de Vasco, Mendo de Sousa[3] e a partir dessa data, Vasco aparece constantemente na corte do rei de Leão.[4]

Em Leão

Castelo de Sobroso em Vilasobroso, Pontevedra

Governou, por mandato do rei Fernando II as tenências de Zamora, Astorga e O Bierzo a partir de 1186. O rei leőes, para recompensar-lhe por as perdas no reino de Portugal, dono-le em 1187 várias casas em Astorga e em Junho desse ano, muitos bens em San Esteban de Valdeorras pro bono seruicio quod mihi facietis, et in recompensationem hereditatis uestre de Portugalia, quam pro amore perdidistis.[5]

Vasco viveu na região d'O Bierzo é possivelmente foi padrono do Mosteiro de Santa Maria de Carracedo. Depois da morte do rei Fernando II, ficou em Leão e durante o reinado de Afonso IX continuou governando O Bierzo mais otras praças importantes como Salamanca em 1188 e depois em Sancto Stephano de Riba de Sil, a única tenéncia em terras galegas.[5]

Depois de Maio de 1189 não aparece mais na documentação portuguesa ou leõesa e provavelmente morreu pouco depois.[5]

Matrimónio e descendência

Casou com Teresa Gonçalves de Sousa, filha de Gonçalo Mendes de Sousa e Dórdia Viegas de Ribadouro, filha esta de D. Egas Moniz, o Aio, quem Henrique de Borgonha, conde de Portucale confiou a educação do filho, Afonso I de Portugal, tarefa essa que lhe deu o cognome pelo qual é conhecido.

Deste casamento nasceu:

Notas

[a] ^ Os genealogistas Sotto Mayor Pizarro e Salazar e Acha são da opinião de que Fernando Perez Furtado, filho ilegítimo da rainha Urraca I e do conde Pedro Gonçalves de Lara, é o mesmo personagem que Fernão Peres Cativo. José Mattoso, no entanto, afirma que o Cativo é filho bastardo de Pedro Froilaz de Trava e, possivelmente, a sua opinião é mais acertada, devido a que em Junho de 1140 ambos os personagens confirmam um documento no Convento de São João de Tarouca, um como Fernandus Petris Furtatus e o outro como Fernandus Captivus, o que indica que são dois personagens diferentes.[11][12][13][14]

Referências

Bibliografia

  • Alegria Marques, Maria (2008). Estudos sobre a Ordem de Cister em Portugal. Coímbra: Estudos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. ISBN 972-772-019-6 
  • Calderón Medina, Inés (2009). «La nobleza portuguesa al servicio del rey de León 1157-1187. Pero Pais de Maia y Vasco Fernandes de Soverosa». Actas IV Simposio Internacional de Jóvenes Medievalistas, Lorca 2008 (PDF). [S.l.]: Universidad de Murcia, Sociedad Española de Estudios Medievales, Ayuntamiento de Lorca, et al. pp. 39–50. ISBN 978-84-8371-801-8 
  • Carvalho Correia, Francisco (2008). O Mosteiro de Santo Tirso, de 978 a 1588: A silhueta de uma entidade projectada no chao de uma história milenária. Santiago de Compostela: Tese de doutoramento. Facultade de Xeografía e História. Universidade de Santiago de Compostela. ISBN 978-8498-8703-81  A referência emprega parâmetros obsoletos |año= (ajuda)
  • David, Henrique (1986). «Os portugueses nos livros de "repartimiento" da Andaluzía (Século XIII)» (PDF). Universidade do Porto. Revista da Faculdade de Letras: História (3): 51-75. ISSN 0871-164X 
  • Mattoso, José (1991). «A nobreza medieval Portuguesa no contexto peninsular» (PDF). Porto: Universidade do Porto. Revista da Faculdade de Letras: História. VIII (III): 1019-1044. ISSN 0871-164X 
  • Salazar y Acha, Jaime de (2006). «Urraca. Un nombre egregio en la onomástica altomedieval». En la España medieval (em espanhol) (1): 29-48. ISSN 0214-3038  A referência emprega parâmetros obsoletos |lingua3= (ajuda)
  • Sotto Mayor Pizarro, José Augusto de (2010). «De e para Portugal, a circulaçao de nobres na Hispânia Medieval (Séculos XII a XV)». Barcelona. Anuario de Estudios Medievales (40/2): 889-924. ISSN 0066-5061 
  • Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1987). Os Patronos do Mosteiro de Grijó. Porto: [s.n.] ISBN 978-0883-1886-37