Vicente do Rego Monteiro

Vicente do Rego Monteiro
Vicente do Rego Monteiro
Nascimento 19 de dezembro de 1899
Recife
Morte 5 de junho de 1970 (70 anos)
Recife
Nacionalidade brasileiro

Vicente do Rego Monteiro (Recife, 19 de dezembro de 1899 — Recife, 5 de junho de 1970) foi um pintor, desenhista, escultor, professor e poeta brasileiro.

Artista plástico de renome internacional, Rego Monteiro articulou a primeira exposição de arte moderna europeia da América do Sul, ocorrida no Recife em 1930.[1]

Formação artística

Iniciou seus estudos artísticos na Escola Nacional de Belas Artes, (Rio de Janeiro), em 1908.

Complementou seus estudos na França, na Académie Colarossi, na Academia Julian e na Académie de la Grande Chaumière.

Vicente do Rego [2] era irmão mais novo de Joaquim do Rego Monteiro e Fédora do Rego Monteiro Fernandes, nasceu em Recife em 1899, filho de ldefonso do Rêgo Monteiro e Elisa Cândida Figueiredo Melo prima de Pedro Américo.

Foi um artista múltiplo: pintor, desenhista, muralista, escultor e poeta. Frequentou a Academia Julian em Paris, de 1911 a 1914, voltando ao Brasil para morar no Rio de Janeiro. Em 1920 expôs algumas obras em São Paulo, conhecendo o grupo de modernistas da cidade e abrindo caminho para a exposição de oito obras suas na Semana de Arte Moderna de 1922, enfatizando temas nacionais. Inspirado na cerâmica marajoara e na cultura indígena, ilustrou o livro de P. L. Duchartre – Légendes, Croyances et Talismãs dês Indiens de l’Amazonie.

Em 1923, faz desenhos de máscaras e figurinos para o balé Legendes Indiennes de Lamazonie.

Em 1930, depois de uma longa estada em Paris, veio ao Brasil trazendo a exposição da escola de Paris a Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Exposição que inclui, entre outros, quadros de Pablo Picasso, Georges Braque, Joan Miró, Gino Severini, Fernand Léger e suas próprias obras. Essa exposição é importante por ser a primeira mostra internacional de arte moderna realizada no Brasil, com artistas ligados às grandes inovações nas artes plásticas, como o cubismo e o surrealismo. Ao ser apresentada em São Paulo, a mostra foi acrescida de telas de Tarsila do Amaral,[3] que o artista conhecera em Paris na década anterior.

Dois anos depois, Vicente do Rego Monteiro fixaria residência no Recife, alternando períodos no Brasil e na França até 1950.

A pintura de Vicente do Rego Monteiro é marcada pela sinuosidade e sensualidade. Contido nas cores e contrastes, as obras do artista nos reportam a um clima místico e metafísico. A temática religiosa é frequente em sua pintura, chegando a pintar cenas do Novo Testamento, com figuras que, pela densidade e volume, se aproximam da escultura.

Além de Vicente ter sido um pintor requintado, escrevia poesias, tinha o gosto pela dança, venceu muitos concursos de dança de salão em Paris, foi professor no Instituto Central de Artes da UnB, adorava carros e em 1931 disputou o Grand Prix do Automóvel Clube da França, tinha gosto pela engenharia mecânica e construiu um planador e, em Pernambuco, fabricou aguardente.

Em 1946, funda a Editora La Presse à Bras, dedicada à publicação de poesias brasileiras e francesas. A partir 1941, publica seus primeiros versos, Poemas de Bolso, organiza e promove vários salões e congressos de poesia no Brasil e na França. Retorna ao Brasil, e dá aulas de pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE entre 1957 e 1966. Em 1960, recebe o Prêmio Guillaume Apollinaire pelos sonetos reunidos no livro Broussais - La Charité. Entre 1966 e 1968, dá aulas no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília - UnB.

Exposições

Exposição póstuma de Vicente do Rego Monteiro, realizada na Galeria Vernissage, em Copacabana, Rio de Janeiro, em 1974.

Individuais

Coletivas

  • Salón dês Indépendants, Paris, França (1913);
  • Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo (1922);
  • A Escola de Paris, exibida no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo (1930);
  • Exposition De L'école de Paris, no Teatro Santa Isabel, no Palace Hotel e no Palacete da Glória, Recife, Pernambuco. (1930)
  • 3º Salão de Arte Moderna do Recife (1949);
  • Exposição comemorativa da Semana de Arte Moderna no Museu de Arte Moderna, São Paulo (1952);
  • Precursors of Modernism in Latin América no Center of Inter-American Relations, Nova York, Estados Unidos (1967);
  • Galeria de Arte André, exposição 4 décadas, com curadoria Carlos von Schmidt, São Paulo. (2001)

Professor

Poemas

  • Poemas de bolso, 1941.
  • Broussais - La Charité

Prêmios

Ver também

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  • Lista de pintores do Brasil

Bibliografia

  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro; Artlivre, 200000015.

Ligações externas

  • http://www.fundaj.gov.br/docs/vicente/vicente.html
  • http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/vicente-do-rego-monteiro/vicente-do-rego-monteiro/
  • http://www.escritoriodearte.com/listarQuadros.asp?artista=85
  • http://www.pitoresco.com.br/brasil/viremon/viremon.htm
  • http://www.galeriandre.com.br/bio.php?kjhioihfufpasseio&art_id=9&wex_id=26&exh_id=1

Referências

  1. «Moderno antes do modernismo». Revista Continente. Consultado em 24 de maio de 2020 
  2. A importância de Vicente do Rego Monteiro
  3. Obras, biografia e acontecimentos na vida de Tarsila do Amaral
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