Albano Portugal Durão

Albano Portugal Durão
Albano Portugal Durão
Nascimento 22 de março de 1871
Sertã
Morte 13 de novembro de 1925
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação militar, político
Prêmios
  • Comendador da Ordem Militar de Avis
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Albano Augusto de Portugal Durão ComA (Sertã, Sertã, 22 de Março de 1871 – Lisboa, 13 de Novembro de 1925). Foi um militar português que no final do século XIX e princípio do século XX se notabilizou nas campanhas africanas. Desempenhou, igualmente, cargos ministeriais de relevo.

Biografia

Albano Portugal Durão assentou praça na Marinha como aspirante, em 1887. Optou pela carreira de oficial vindo a ser sucessivamente aspirante-marinheiro (1889), guarda-marinha (1890), tenente (1891), primeiro-tenente (1897)[1] e, por último, capitão-tenente (1918). Portugal Durão foi administrador dos Transportes Marítimos do Estado e da Companhia da Zambézia, além de ter sido membro do Conselho Fiscal do Banco Industrial Português, director de Minas em Tete e inspector-geral da Zambeze Mining Company.[2]

Casou com Guilhermina de Carvalho Leitão.[3]

A 11 de Março de 1919, sendo capitão-tenente, Albano Durão foi feito Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis, por altos serviços militares.[4]

Foi membro do Partido Republicano Português. Entrou na cena política como ministro da Agricultura do governo de Bernardino Machado, entre 4 e 18 de Maio de 1921, tendo-se preocupado em impor um modelo intervencionista no que concerne às trocas comerciais externas. Foi eleito deputado por Lisboa em julho seguinte; em 1922, e manteve-se nessas funções até 1925, ano em que também assume a presidência da Câmara Municipal de Lisboa.

Regressou ao Governo como ministro das Finanças, entre 6 de Fevereiro e 26 de agosto de 1922, e de ministro dos Negócios Estrangeiros, entre 1 de Julho e 1 de Agosto de 1925, no governo de António Maria da Silva. À frente do Ministério das Finanças, apresentou um projecto de decreto-lei que procurava garantir maiores receitas através do aumento dos impostos directos, o que levou à oposição unânime dos sectores mais conservadores. Aumentou contribuição industrial de sete por cento para 10 por cento, o que levou a Associação Industrial Portuguesa a assumir uma posição frontal contra a política fiscal do seu ministério. Durante a sua tutela, também se publicou o decreto que obrigava os exportadores a entregar as cambiais às entidades bancárias, reservando-se o Estado metade das mesmas.

Foi nomeado alto-comissário em Angola, em 1924, mas não chegou a tomar posse do cargo, quedando-se, ao nível das funções de missão, por exercer o lugar de vogal da Comissão Executiva da Conferência da Paz.[5]

Tem uma Rua com o seu nome em Lisboa.

Notas e referências

  1. ALMEIDA, Fortunato de (1957), História de Portugal.
  2. Durão, Albano Augusto de Portugal (1898),'A lição do Extremo Oriente', Anais do Clube Militar Naval, 28, p. 35-40
  3. MARQUES, A. H. Oliveira (coordenação)(2000), Parlamentares e Ministros da 1ª República, Edições Afrontamento, Lisboa.
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Albano Augusto de Portugal Durão". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 3 de setembro de 2015 
  5. Cruz, Mário Pinho da (organização e coordenação) (2006). «Dos Secretários de Estado dos Negócios da Fazenda aos Ministros das Finanças». , Lisboa: Secretaria-Geral do Ministério das Finanças e da Administração Pública. Sgmf.pt. Arquivado do original em 19 de outubro de 2009 

Bibliografia

  • CRUZ, Mário Pinho da (2006), Dos Secretários de Estado dos Negócios da Fazenda aos Ministros das Finanças, 1788-2006, Uma Iconografia, Secretaria-Geral do Ministério das Finanças e da Administração Pública, Lisboa.
  • DURÃO, Albano Augusto de Portugal (1898), 'A lição do Extremo Oriente', Anais do Clube Militar Naval, N.º 28, p. 35-40
  • MARQUES, A. H. de Oliveira (2000), Parlamentares e Ministros da 1ª República, Edições Afrontamento, Lisboa.
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Basílio Teles (não empossado) José Relvas Duarte Leite Sidónio Pais António Vicente Ferreira Francisco Fernandes Costa (interino) António Vicente Ferreira (continuação) Afonso Costa Tomás Cabreira António dos Santos Lucas Álvaro de Castro Joaquim Pimenta de Castro (interino) Herculano Galhardo José Jerónimo Rodrigues Monteiro (inicialmente interino) José Maria Teixeira Guimarães (interino) Junta Constitucional Tomé de Barros Queirós Vitorino Guimarães Afonso Costa (2.ª vez) António José de Almeida (interino) Afonso Costa (2.ª vez; continuação) António José de Almeida (interino) Afonso Costa (2.ª vez; continuação) Artur de Almeida Ribeiro (interino) Afonso Costa (2.ª vez; cont.) Artur de Almeida Ribeiro (interino) Junta Revolucionária António dos Santos Viegas • Francisco Xavier Esteves Joaquim Mendes do Amaral (interino) João Tamagnini Barbosa Ventura Malheiro Reimão • António de Paiva Gomes Augusto Dias da Silva (interino) António de Paiva Gomes (continuação) Amílcar Ramada Curto Francisco Rego Chaves António Maria da Silva Francisco Fernandes Costa (não empossado) António Maria da Silva (reconduzido) António Joaquim Ferreira da Fonseca Francisco Pina Lopes • António Maria da Silva (2.ª vez) Inocêncio Camacho António Granjo (interino) Inocêncio Camacho (continuação) Francisco da Cunha Leal Liberato Pinto (interino) António Maria da Silva (3.ª vez) Tomé de Barros Queirós (2.ª vez) António Vicente Ferreira (2.ª vez) Francisco António Correia • Francisco Trancoso • Vitorino Guimarães (2.ª vez) Albano Portugal Durão • Eduardo Alberto Lima Basto Vitorino Guimarães (3.ª vez) Francisco Velhinho Correia António de Abranches Ferrão (interino) Francisco Velhinho Correia (continuação) João Vaz Guedes (interino) Francisco da Cunha Leal (2.ª vez) Álvaro de Castro (2.ª vez; inicialmente interino) Daniel Rodrigues • Manuel Pestana Júnior Vitorino Guimarães (4.ª vez) Eduardo Alberto Lima Basto (2.ª vez) António Alberto Torres Garcia Armando Marques Guedes

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Bernardino Machado João Chagas (interino) Augusto de Vasconcelos António Vicente Ferreira (interino) Augusto de Vasconcelos (continuação) António Macieira Afonso Costa (interino) António Macieira (continuação) Bernardino Machado (2.ª vez; interino) Alfredo Augusto Freire de Andrade Augusto Vieira Soares • Joaquim Pimenta de Castro (interino) José Jerónimo Rodrigues Monteiro Teófilo da Trindade José Xavier de Brito (interino) Teófilo da Trindade (continuação) Junta Constitucional Augusto Alves da Veiga (não empossado) Francisco Teixeira de Queirós Augusto Vieira Soares (2.ª vez) José Maria Norton de Matos (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) José Maria Norton de Matos (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) Alexandre Braga (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) Ernesto de Vilhena (interino) Junta Revolucionária Sidónio Pais Francisco Xavier Esteves (interino) Joaquim do Espírito Santo Lima • António Egas Moniz João do Canto e Castro (interino) António Egas Moniz (continuação) João Alberto de Azevedo Neves (interino) Francisco Couceiro da Costa (interino) José Relvas (interino) Francisco Couceiro da Costa (interino; continuação) Rodolfo Xavier da Silva Alfredo de Sá Cardoso (interino) João de Melo Barreto Francisco Fernandes Costa (não empossado; interino) João de Melo Barreto (reconduzido) Rodolfo Xavier da Silva (2.ª vez) Vasco Borges (interino) Rodolfo Xavier da Silva (2.ª vez cont.) Francisco António Correia • João de Melo Barreto (2.ª vez) Hélder Ribeiro (interino) João de Melo Barreto (2.ª vez; continuação) Domingos Pereira João de Melo Barreto (3.ª vez) António Ginestal Machado (interino) Alberto da Veiga Simões Júlio Dantas José Maria Barbosa de Magalhães Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Domingos Pereira (2.ª vez) Júlio Dantas (2.ª vez) Domingos Pereira (3.ª vez) Vitorino Henriques Godinho João de Barros • Joaquim Pedro Martins Albano Portugal Durão • António do Lago Cerqueira (interino) Vasco Borges (2.ª vez)

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Eduardo Fernandes de Oliveira Jorge de Vasconcelos Nunes César de Lima Alves João Luís Ricardo (não empossado) José Domingues dos Santos (interino) Afonso Pinto Veloso (interino; não empossado) João Luís Ricardo (reconduzido; não empossado) José Domingues dos Santos (reconduzido; interino) Álvaro de Lacerda Jorge de Vasconcelos Nunes (interino) Joaquim Ribeiro João Luís Ricardo João Gonçalves • António Granjo José Maria Álvares João Gonçalves (2.ª vez) Bernardino Machado (interino) Albano Portugal Durão • Bernardino Machado (2.ª vez; interino) Tomé de Barros Queirós (interino) Manuel de Sousa da Câmara Francisco Fernandes Costa (interino) António Aboim Inglês Antão de Carvalho Mariano Martins Ernesto Navarro António Maria da Silva (interino) Abel Fontoura da Costa João Vaz Guedes (interino) Abel Fontoura da Costa (continuação) Joaquim Ribeiro (2.ª vez) Alexandre de Vasconcelos e Sá António Joaquim Ferreira da Fonseca (interino) Mário de Azevedo Gomes Joaquim Ribeiro (3.ª vez) Alfredo Rodrigues Gaspar (interino) António Alberto Torres Garcia Ezequiel de Campos Francisco do Amaral Reis António Alberto Torres Garcia (2.ª vez) Manuel Gaspar de Lemos António Alberto Torres Garcia (3.ª vez)

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35.º governo republicano (1922)
Presidente do Ministério
António Maria da Silva, 85.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Interior
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Guerra
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