Carlo Ginzburg

Carlo Ginzburg
Carlo Ginzburg
Carlo Ginzburg, 2013.
Nascimento 15 de abril de 1939 (85 anos)
Turim, Itália
Nacionalidade italiano
Ocupação Historiador
Professor
Prêmios
Principais interesses

Carlo Ginzburg (Turim, 15 de abril de 1939) é um historiador italiano, conhecido por ser um dos pioneiros no estudo da micro-história.[1][2]

Biografia

Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista Natalia Ginzburg, estudou na Escola Normal Superior de Pisa, e em seguida no Instituto Warburg em Londres; ensinou história moderna na Universidade de Bolonha e, em seguida, nas universidades de Harvard, Yale e Princeton, além da Universidade da Califórnia em Los Angeles (nesta última, ocupou, durante duas décadas desde 1988, a cadeira de história do Renascimento italiano). Desde 2006, ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na Escola Normal Superior de Pisa.

Atento especialista das atitudes e crenças religiosas populares do início da época moderna, publicou em 1966 Os andarilhos do bem (I Benandanti), um estudo sobre a sociedade camponesa de Friul do século XVI, no qual ilumina, tendo como base um tipo de documentação relacionada a processos inquisitoriais, a relação dialética entre um complexo sistema de crenças amplamente disseminadas no mundo rural, resultado da evolução de um antigo culto agrário, e sua interpretação pelos inquisidores que tendiam a equipará-las a formas codificadas de bruxaria. Tornou-se mundialmente conhecido com a obra O queijo e os vermes (Il formaggio e i vermi, 1976), que abordava a vida de um camponês em Montereale Valcellina, Itália. Em História noturna (Storia notturna, 1989), ele traça um caminho complexo desde a caça às bruxas até uma grande variedade de práticas que evidenciam substratos de cultos xamânicos na Europa.

Prêmios

  • Prix Aby Warburg (1992);
  • Prix Lyssenko (1993);
  • Premio Letterario Viareggio-Rèpaci (1998);
  • Prêmio Antonio Feltrinelli (2005), para a ciência histórica;[3]
  • Prêmio Balzan (2010);

Obra

  • I benandanti. Stregoneria e culti agrari tra '500 e '600, 1966 (traduzido para o francês, inglês, alemão, japonês, holandês, português, sueco, coreano, espanhol, chinês);
  • Il nicodemismo. Simulazione e dissimulazione religiosa nell'Europa del '500, 1970;
  • Giochi di pazienza. Un seminario sul 'Beneficio di Cristo', 1975 (publicado em colaboração com Adriano Prosperi);
  • Il formaggio e i vermi. Il cosmo di un mugnaio del '500, 1976 (traduzido para o francês, alemão, inglês, japonês, holandês, português, espanhol, sueco, polonês, servo-croata, húngaro, grego, turco, romeno, albanês, estoniano, tcheco, russo, coreano, hebreu, catalão);
  • Indagini su Piero. Il Battesimo, il ciclo di Arezzo, la Flagellazione di Urbino, 1981 (traduzido para o francês, inglês, alemão, espanhol, português); Nuova edizione con l'aggiunta di quattro appendici, 1994 (traduzido para o japonês e inglês);
  • Miti emblemi spie, 1986 (traduzido para o francês, alemão, inglês, espanhol, português, holandês, japonês, sueco, finlandês, dinamarquês, russo, turco);
  • Storia notturna. Una decifrazione del sabba, 1989 (traduzido para o francês, alemão, inglês, espanhol, português, japonês, holandês, romeno, norueguês, húngaro, tcheco);
  • Il giudice e lo storico. Considerazioni in margine al processo Sofri, 1991 (traduzido para o alemão, japonês, holandês, espanhol, francês, inglês, grego);
  • Occhiacci di legno. Nove riflessioni sulla distanza, 1998 (traduzido para o alemão, espanhol, inglês, português, francês, japonês, grego);
  • History, Rhetoric, and Proof. The Menachem Stern Jerusalem Lectures, 1999 (traduzido para o japonês; versão ampliada em italiano: Rapporti di forza. Storia, retorica, prova, 2000; traduzido para o alemão, português, hebreu, francês, turco);
  • Das Schwert und die Glühbirne. Eine neue Lektüre von Picassos Guernica, 1999 (traduzido para o inglês e espanhol);
  • No Island is an Island. Four Glances at English Literature in a World Perspective, 2000 (traduzido para o espanhol, italiano, português, francês);
  • Tentativas, 2003;
  • Un dialogo, 2003 (publicado em colaboração com Vittorio Foa);
  • Rekishi o Sakanadeni Yomu, 2003;
  • Il filo e le tracce. Vero falso finto, 2006 (traduzido para o português);
  • Paura, reverenza, terrore. Rileggere Hobbes oggi, 2008;
  • Nondimanco. Machiavelli, Pascal, 2018.

Ver também

Referências

Bibliografia

  • JewAge.org (2018). «Carlo Ginzburg - Biography» (em inglês). Cópia arquivada em 27 de julho de 2018 
  • Unibo.it (2018). «Professori ordinari» (em italiano). Cópia arquivada em 9 de novembro de 2017 
  • Lincei.it (2018). «Premi <<Antonio Feltrinelli>> Finora Conferiti» (em italiano). Cópia arquivada em 13 de junho de 2018 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Carlo Ginzburg
  • Página de Ginzburg na UCLA
  • Página de Ginzburg na Scuola Normale Superiore de Pisa
  • Portal de biografias
  • Portal da história
  • Portal da teoria da história
  • Portal da Itália
  • v
  • d
  • e

1961: Fundação Nobel 1962: Andrei Kolmogorov, Karl von Frisch, Papa João XXIII, Paul Hindemith e Samuel Eliot Morison 1978: Madre Teresa de Calcutá 1979: Ernest Labrousse, Jean Piaget e Torbjörn Caspersson 1980: Enrico Bombieri, Hassan Fathy e Jorge Luis Borges 1981: Dan McKenzie, Frederick Vine, Josef Pieper e Paul Reuter 1982: Jean-Baptiste Duroselle, Kenneth Vivian Thimann e Massimo Pallottino • 1983: Edward Shils, Ernst Mayr e Francesco Gabrieli • 1984: Jan Hendrik Oort, Jean Starobinski e Sewall Wright 1985: Ernst Gombrich e Jean-Pierre Serre 1986: Hoher Flüchtlingskommissar der Vereinten Nationen, Jean Rivero, Otto Neugebauer e Roger Revelle 1987: Jerome Bruner, Phillip Tobias e Richard W. Southern • 1988: Michael Evenari, René Etiemble e Shmuel N. Eisenstadt • 1989: Emmanuel Levinas, Leo Pardi e Martin Rees 1990: James Freeman Gilbert, Pierre Lalive d'Epinay e Walter Burkert 1991: Abbé Pierre, György Ligeti, John Maynard Smith e Vitorino Magalhães Godinho 1992: Armand Borel, Ebrahim M. Samba e Giovanni Macchia • 1993: Jean Leclant, Lothar Gall e Wolfgang H. Berger • 1994: Fred Hoyle, Martin Schwarzschild, Norberto Bobbio e René Couteaux • 1995: Alan J. Heeger, Carlo Maria Cipolla e Yves Bonnefoy 1996: Arno Borst, Arnt Eliassen, Internationales Komitee vom Roten Kreuz e Stanley Hoffmann 1997: Charles Gillispie, Stanley Jeyaraja Tambiah e Thomas Wilson Meade • 1998: Andrzej Walicki, Harmon Craig e Robert May 1999: John Huxtable Elliott, Luigi Luca Cavalli-Sforza, Mikhael Gromov e Paul Ricœur 2000: Abdul Sattar Edhi, Ilkka Hanski, Martin Litchfield West, Michael Stolleis e Michel Mayor 2001: Claude Lorius, James Sloss Ackerman, Jean-Pierre Changeux e Marc Fumaroli 2002: Anthony Grafton, Dominique Schnapper, Walter Gehring e Xavier Le Pichon 2003: Eric Hobsbawm, Reinhard Genzel, Serge Moscovici e Wen-Hsiung Li • 2004: Colin Renfrew, Gemeinschaft Sant’Egidio, Michael Marmot, Nikki R. Keddie e Pierre Deligne 2005: Lothar Ledderose, Peter Hall, Peter R. Grant, Rosemary Grant, Russel J. Hemley e Ho-kwang Mao • 2006: Ludwig Finscher, Quentin Skinner, Paolo de Bernardis, Andrew E. Lange, Elliot Meyerowitz e Christopher R. Somerville • 2007: Rosalyn Higgins, Sumio Iijima, Michel Zink, Jules Hoffmann e Karlheinz Böhm 2008: Maurizio Calvesi, Thomas Nagel, Ian H. Frazer e Wallace S. Broecker 2009: Terence Cave, Michael Grätzel, Brenda Milner e Paolo Rossi Monti • 2010: Manfred Brauneck, Carlo Ginzburg, Jacob Palis e Shinya Yamanaka 2011: Peter Brown, Bronisław Baczko, Russell Lande e Joseph Silk 2012: Ronald Dworkin, Reinhard Strohm, Kurt Lambeck e David Baulcombe 2013: Alain Aspect, Manuel Castells, Pascale Cossart e André Vauchez • 2014: Mario Torelli, Ian Hacking, David Tilman, Dennis Sullivan e Vivre en Famille • 2015: Hans Belting, Joel Mokyr, Francis Halzen e David Karl • 2016: Piero Boitani, Reinhard Jahn e Federico Capasso

Controle de autoridade
  • Wd: Q355251
  • WorldCat
  • VIAF: 108148905
  • BAV: ADV10304678
  • BIBSYS: 90098024
  • BNE: XX1042177
  • BNF: 11904997h
  • CANTIC: 981058517775606706
  • CiNii: DA0011990X
  • DBNL: ginz001
  • FAST: 48758
  • GND: 12096967X
  • ICCU: CFIV011720
  • ISNI: ID
  • LCCN: n80005406
  • Munzinger: 00000031712
  • NDL: 00440975
  • NLG: 193449
  • NTA: 068363621
  • NUKAT: n97037443
  • Persée: 30076
  • RKD: 444897
  • SNAC: w63x9k3v
  • SUDOC: 026892251
  • Treccani: carlo-ginzburg
  • BNB: 000217523
  • PTBNP: 34751
  • OL: OL24946A
  • AAR: 12416028
  • Angelicum: 27656
  • Angelicum: 32126
  • BFS: 10192
  • BINER: 54659
  • CONOR.BG: 19101541
  • CoBiS: 95a5yja38danygu695b5yc1h64vk4c0
  • EBAF: 13536
  • Kallías: PE00080871
  • NLA: 1102895
  • NLP: a0000001105880
  • RRL: 42116
  • SAIA: 5a1d4d054ab9d081344d02e6
  • Catálogo SHARE: 142458
  • SEARCH: 65354
  • SIR: 42553
  • SVKKL: p0091818-Ginzburg-Carlo-1939
  • URBS: 84588
  • UPSA: 1193982
Ícone de esboço Este artigo sobre história ou um(a) historiador(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • v
  • d
  • e