Háfnio

Háfnio
LutécioHáfnio → Tântalo
Zr
 
 
72
Hf
 
               
               
                                   
                                   
                                                               
                                                               
Hf
Rf
Tabela completaTabela estendida
Aparência
cinza prateado

Informações gerais
Nome, símbolo, número Háfnio, Hf, 72
Série química Lantanídios
Grupo, período, bloco 4, 6, d
Densidade, dureza 13310 kg/m3, n/a
Número CAS 7440-58-6
Número EINECS
Propriedade atómicas
Massa atómica 178,49(2) u
Raio atómico (calculado) 155 pm
Raio covalente 175 pm
Raio de Van der Waals pm
Configuração electrónica [Xe] 4f14 5d2 6s2
Elétrons (por nível de energia) 2, 8, 18, 32, 10, 2 (ver imagem)
Estado(s) de oxidação 4 (anfótero)
Óxido
Estrutura cristalina hexagonal
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido
Ponto de fusão 2506 K
Ponto de ebulição 4876 K
Entalpia de fusão 24,06 kJ/mol
Entalpia de vaporização 575 kJ/mol
Temperatura crítica  K
Pressão crítica  Pa
Volume molar m3/mol
Pressão de vapor 100 Pa a 3277 K
Velocidade do som 3010 m/s a 20 °C
Classe magnética
Susceptibilidade magnética
Permeabilidade magnética
Temperatura de Curie  K
Diversos
Eletronegatividade (Pauling) 1,3
Calor específico 140 J/(kg·K)
Condutividade elétrica 3,2 × 106 S/m
Condutividade térmica 23 W/(m·K)
1.º Potencial de ionização 658,5 kJ/mol
2.º Potencial de ionização 1440 kJ/mol
3.º Potencial de ionização kJ/mol
4.º Potencial de ionização kJ/mol
5.º Potencial de ionização kJ/mol
6.º Potencial de ionização kJ/mol
7.º Potencial de ionização kJ/mol
8.º Potencial de ionização kJ/mol
9.º Potencial de ionização kJ/mol
10.º Potencial de ionização kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
172Hfsintético1,87 aε0,35172Lu
174Hf0,162%2 x 1015 aα2,495170Y
176Hf5,206%estável com 104 neutrões
177Hf18,606%estável com 105 neutrões
178Hf27,297%estável com 106 neutrões
178m2Hfsintético31 aTI2,446178Hf
179Hf13,629%estável com 107 neutrões
180Hf35,1%estável com 108 neutrões
182Hfsintético9 x 106 aβ0,373182Ta
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.
  • v
  • d
  • e

O háfnio (em homenagem à cidade de Hafnia, Copenhague em latim) é um elemento químico de símbolo Hf, de número atômico 72 (72 prótons e 72 elétrons) e de massa atómica igual a 178,5 u.[1] À temperatura ambiente, o háfnio encontra-se no estado sólido.[1]

É um metal de transição situado no grupo 4 (anteriormente denominado IV B) da classificação periódica dos elementos.[1] Forma ligas com o tungstênio usadas em filamentos de lâmpadas e em eletrodos. Também se usa como material de barras de controle de reatores nucleares devido a sua alta capacidade de absorção de nêutrons.

Foi descoberto em 1923 por George de Hevesy e Dirk Coster.[2]

Características principais

É um metal dúctil, brilhante, prateado e resistente a corrosão, quimicamente muito similar ao zircônio. Estes dois elementos apresentam o mesmo número de elétrons na camada de valência e seus raios iônicos são muito similares devido a contração dos lantanídeos. Por isso é muito difícil separá-los, sendo encontrados na natureza juntos. As únicas aplicações para os quais é necessário separá-los são aquelas nas quais se utilizam as suas propriedades de absorção de nêutrons; em reatores nucleares.

O carboneto de háfnio (HfC) é o composto binário mais refratário conhecido, e o nitreto de háfnio (HfN) é o mais refratário de todos os nitretos metálicos conhecidos, com um ponto de fusão de 3310 °C. Este metal é resistente as bases concentradas, porém os halogênios podem reagir com ele para formar tetra-haletos de háfnio (HfX4). A temperaturas altas pode reagir com oxigênio, nitrogênio, boro, enxofre e silício.

Aplicações

O háfnio é utilizado para fabricar barras de controle empregadas em reatores nucleares. Esta aplicação deve-se ao facto de que a secção de captura de nêutrons do háfnio é aproximadamente 600 vezes maior que a do zircônio, com o qual tem uma alta capacidade de absorção de nêutrons, além do mais, tem propriedades mecânicas muito boas, assim como uma alta resistência a corrosão.

Em meados de 2006 a Intel anunciou uma nova tecnologia que utiliza o háfnio como componente básico para a construção das paredes dielétricas dos transistores em sua nova geração de microprocessadores de 45 nanômetros (apelidado de Penryn).

Outras aplicações:

  • Em lâmpadas de gás incandescente.
  • Em Processadores Intel com tecnologia 45 nm
  • Para eliminar oxigênio e nitrogênio em tubos de vácuo.
  • Em ligas de ferro, titânio, nióbio, tântalo (elemento químico) e em outra ligas metálicas.
  • Em eletrodos para corte a plasma

História

Chamou-se este elemento de háfnio em homenagem a cidade de Copenhague (Hafnia em latim), na Dinamarca, onde foi descoberto por Dirk Coster e Georg von Hevesy em 1923.[2] Pouco depois foi previsto, utilizando a teoria de Bohr, que estaria associado com o zircônio.[2] Finalmente foi encontrado no zircão mediante análises com espectroscopia de raios X, na Noruega.

Foi separado mediante recristalizações sucessivas por Jantzen e von Hevesey. O háfnio metálico foi preparado pela primeira vez por Anton Eduard van Arkel e Jan Hendrik de Boer passando tetraiodeto de háfnio (HfI4) por um filamento aquecido de tungstênio (volfrâmio).[2]

Obtenção

É encontrado sempre junto ao zircônio em seus mesmos compostos, porém não é encontrado como elemento livre na natureza. Está presente, como mistura, nos minerais de zircônio, como no zircão (ZrSiO4) e em outras variedades deste (como na alvita), em concentrações de 1 a 5% de háfnio.

Devido à semelhança química entre o zircônio e o háfnio, é muito difícil separá-los. Aproximadamente a metade de todo o háfnio metálico produzido é obtido como subproduto da purificação do zircônio. Isto faz-se reduzindo o tetracloreto de háfnio (HfCl4) com magnésio ou sódio pelo processo de Kroll.

Precauções

Há a necessidade de cuidados especiais ao trabalhar com o háfnio pois quando se divide em partículas é pirofórico e pode arder espontaneamente em contato com o ar. Os compostos que contém este metal raramente estão em contato com a maioria das pessoas e o metal puro não é tóxico. Porém, todos os seus compostos deveriam ser manuseados como se fossem tóxicos, ainda que as primeiras evidências parecem não indicar um risco muito alto.

Referências

  1. a b c Emsley 2003, p. 174
  2. a b c d Emsley 2003, pp. 172-173

Bibliografia

  • Emsley, John (2003). Nature's Building Blocks: An A-Z Guide to the Elements. Oxford: Oxford University Press. ISBN 9780198503408 

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Háfnio
  • «WebElements.com - Hafnium» (em inglês) 
  • «EnvironmentalChemistry.com - Hafnium» (em inglês) 
  • «Háfnio - vídeos e imagens» 
  • «Intel mostra nova geração revolucionária de transistores». - artigo do site Inovação Tecnológica 
  • v
  • d
  • e
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