Igreja Católica em Bangladesh

IgrejaCatólica

Bangladesh
Igreja Católica em Bangladesh
Catedral de Nossa Senhora do Santo Rosário, em Chittagong, Bangladesh.
Ano 2021[1]
População total 165.838.765[2]
Cristãos 497.516 (0,3%)[3]
Católicos 400.000 (0,24%)[4]
Paróquias 128[1]
Presbíteros 398[1]
Seminaristas 174[1]
Religiosos 133[1]
Religiosas 1.037[1]
Presidente da Conferência Episcopal Bejoy Nicephorus D'Cruze[5]
Núncio apostólico Kevin Stuart Randall[6]
Códice BD

A Igreja Católica em Bangladesh é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé.[7] De grande maioria muçulmana, o país é oficialmente secular, mas, segundo a Fundação ACN, "uma forte corrente do Islã militante continua a gerar uma hostilidade significativa contra as minorias religiosas". Nos últimos anos houve um aumento drástico da violência contra as minorias religiosas, e as perspectivas para a liberdade religiosa são negativas.[7] Os cristãos que têm origem em outras fés tradicionais, como do islã, hinduísmo ou budismo, enfrentam graves restrições, discriminações e ataques. A identidade de uma comunidade é normalmente ligada às suas crenças religiosas, e deixar de segui-las é interpretado como traição. A lista de perseguição religiosa de 2023 da Fundação Portas Abertas classificou Bangladesh como o 26.º país que mais persegue os cristãos.[8]

História

Colonização

Originalmente habitada por povos budistas e hindus, Bengala Oriental esteve sob domínio muçulmano no século XIII. Os primeiros missionários chegaram à área em 1517, estabelecendo sua sede em Hooghly, em Bengala Ocidental, hoje o território da Índia. Entretanto, uma grande comunidade de comerciantes portugueses também se estabeleceu em Bengala Oriental, na cidade portuária de Chittagong. Em 1599, quatro missionários jesuítas chegaram a Chittagong para ministrar a esta comunidade, um dos quais foi para Chandecan, perto da atual cidade de Sathkhira. Lá a primeira igreja foi dedicada em 1º de janeiro de 1600, como a Igreja de Jesus. A segunda igreja, fundada em Chittagong em 1601, foi dedicada a São João Batista. Em 1612, missionários agostinianos portugueses introduziram pela primeira vez o cristianismo em Dhaka e, em 1628, construíram a primeira igreja, a Igreja da Assunção.[9]

A primeira paróquia católica em Bengala Oriental, a Igreja do Santo Rosário, foi fundada em 1677. Em 1695, uma segunda paróquia foi criada, desta vez em Nagari, e dedicada a São Nicolau de Tolentino. A terceira igreja, de Barisal, foi dedicada a Nossa Senhora da Guia, foi construída em 1764 na atual Arquidiocese de Chittagong. Outras paróquias foram sendo criadas nos séculos XIX e XX em resposta ao aumento gradual da população cristã e à migração de famílias de uma região do país para outra.[9]

Em 1606, quando Mylapore, na Índia, se tornou uma diocese, todos os centros missionários de Bengala foram colocados sob sua jurisdição. Em 1834, Roma criou o Vicariato Apostólico de Bengala, sob a jurisdição da Congregação para a Propagação da Fé e, em 1850, foi feita a divisão os vicariatos apostólicos de Bengala Ocidental e Bengala Oriental. Dois anos depois, o Vicariato de Bengala Oriental, com sede em Dhaka, foi confiado à recém-fundada Congregação de Santa Cruz. Os primeiros missionários da Santa Cruz da Província Canadense chegaram em maio de 1853 e administraram o vicariato até 1876, quando foram chamados de volta à França. O vicariato passou administrado por monges beneditinos da província anglo-belga até o retorno dos missionários em 1889.[9]

Em 1º de setembro de 1886, o Papa Leão XIII concedeu a Dhaka o status de diocese, a primeira em Bengala Oriental. A nova diocese incluía os territórios da atual Arquidiocese de Chittagong, além de territórios que hoje pertencem à Índia e Mianmar. No entanto, foi só em 12 de novembro de 1890 que o secretário da Congregação para a Propagação da Fé anunciou a escolha de Augustine Joseph Louage, como o primeiro bispo de Dhaka; ele chegou em março seguinte. Em setembro de 1960, o Papa João XXIII nomeou Theotonius Amal Ganguly o primeiro bispo-auxiliar nativo de Dhaka, encantando os bengalis por ser de origem bengali. Ganguly foi arcebispo de Dhaka de 1967 até sua morte, em 1977.[9]

Em 25 de maio de 1927, as dioceses de Chittagong e de Dinajpur foram criadas para otimizar a administração. Mesmo depois de o Reino Unido ter renunciado ao seu poder colonial sobre o subcontinente indiano em 1947, Dhaka continuou a ser sufragânea da Arquidiocese de Calcutá. Em julho de 1950, uma nova província eclesiástica foi criada quando Dhaka foi elevada a arquidiocese e as dioceses de Chittagong e Dinajpur tornaram-se sufragâneas. Em 3 de janeiro de 1952, a Diocese de Khulna (até 1956 chamada Diocese de Jessore) tornou-se a quarta diocese no Paquistão Oriental. Devido às migrações massivas e à agitação social entre muçulmanos e hindus após a divisão do subcontinente indiano, foi eventualmente necessária uma grande reestruturação da Igreja.[9]

Independência

Em 16 de dezembro de 1971, após uma guerra de independência de nove meses, a província do Paquistão Oriental tornou-se o estado independente de Bangladesh. Em 1988, o Islão foi declarado religião oficial, embora a liberdade religiosa fosse garantida pela nova constituição. Dhaka tornou-se a capital do país e o local mais importante para os católicos bengalis.[9]

Em 15 de maio de 1987, um ano depois de visitar Bangladesh, o Papa João Paulo II criou a Diocese de Mymensingh e nomeou Francis Anthony Gomes como seu primeiro bispo. Em 21 de maio de 1990, foi erigida a Diocese de Rajshahi. Patrick D’Rozario, CSC, foi nomeado primeiro bispo da nova diocese.[9]

Em 1975, como consequência da independência, um seminário maior nacional foi formalmente estabelecido em Dhaka para formar candidatos ao sacerdócio, bem como para a formação de irmãs, irmãos e leigos nativos. O seminário de Dhaka resultou num aumento do número de padres locais, ultrapassando o número de padres estrangeiros no início da década de 1990.[9]

Atualmente

Em 2000, Bangladesh era citado como o país mais densamente povoado do mundo. As tensões causadas por esta superpopulação extrema, bem como pela fome e pelas contínuas diferenças religiosas e étnicas aumentaram em 1998, quando extremistas muçulmanos assumiram o crédito por vários ataques a igrejas e escolas católicas e protestantes em Dhaka. Num esforço para mitigar tais ações, os bispos do Bangladesh incentivaram programas ecuménicos e de extensão social em todas as paróquias do país. A maioria dos cristãos de Bangladesh eram tradicionalmente membros da tribo lushai. Destes cristãos, metade eram membros de uma das 76 paróquias católicas do país em 2000. A Igreja continuou a combater as elevadas taxas de analfabetismo de Bangladesh através do funcionamento de duas faculdades, mais de 40 escolas secundárias, 190 escolas primárias e centros de formação, e quatro escolas técnicas em todo o país. Além disso, a Igreja presta ajuda humanitária através de seus hospitais e dispensários, leprosários, orfanatos e lares para crianças abandonadas, deficientes e indigentes. Além disso, a Caritas Bangladesh, gerida pelos católicos, ganhou enfoque internacional pelo seu envolvimento em questões de desenvolvimento humano, e as organizações católicas continuaram a estar na linha da frente na resposta à luta contínua da região contra as catástrofes naturais, como as graves inundações que ocorreram em 1998.[9] Dados de 2021 apotam que o número de paróquias havia passado para 97, e eram 360 sacerdotes, dois diáconos, 105 seminaristas, 101 religiosos e 1100 religiosas.[10]

O partido político bengali que mais apoia o secularismo é a Liga Awami, que lidera esforços para diminuir a influência islâmica no governo. Em resposta a isso, militantes fundamentalistas iniciaram uma campanha de ataques violentos contra diversos grupos, dentre eles as minorias religiosas — em especial hindus e cristãos. Nos últimos dois anos, a campanha teve aumento de atos de crueldade e intensidade nos últimos dois anos.[7] Tentar converter muçulmanos pode implicar graves punições aos cristãos, e os que se convertem têm que se reunir às escondidas para evitar ataques. Aqueles de minorias étnicas que vivem no campo também correm o risco de perderem sua terra por serem seguidores de Jesus.[8]

Os professores sempre diziam coisas ruins sobre os cristãos e todos os estudantes muçulmanos riam e gostavam de zombar de nós. Eu não pude dizer nada. Eu não pude protestar. Eu não tinha para quem reclamar. Ninguém me ouviu.
 
Cristão bengali em entrevista à Fundação Portas Abertas[8].

As mulheres enfrentam mais pressão familiar quando se convertem ao cristianismo, e ficam sujeitas a assédio, abuso sexual, físico e emocional, casamento ou divórcio forçado, prisão domiciliar e sequestro. Enquanto isso, os homens estão mais propensos a serem expulsos de casa e sofrerem violência física.[8]

Em maio de 2018, a Liga Awami, aceitou um financiamento de um bilhão de dólares da Arábia Saudita para construir 560 mesquitas em território bengali, porém, o dinheiro do financiamento nunca chegaram, fazendo com que o governo arcasse com esse custo, gerando pedidos de líderes católicos por fundos iguais para todos os prédios e instituições religiosas.[8]

Em 2022, vários ataques incendiários foram registrados, além da morte de cerca de 22 membros de grupos étnicos. Também ocorreram muitas invasões a terras de agricultores cristãos.[7] No dia 6 de abril de 2023, Quinta-feira Santa, um acampamento de cristãos em uma área rural de foi atacado por uma multidão armada, causando pânico. Oito cristãos foram detidos e fuzilados.[11]

Organização territorial

O catolicismo está presente no país com oito circunscrições eclesiásticas, sendo duas arquidioceses e seis dioceses, todas de rito romano.[12]

Circunscrições eclesiásticas católicas de Bangladesh[12]
Circunscrição Ano de ereção Catedral Foto Ref.
Arquidiocese de Chittagong 1927 Catedral de Nossa Senhora do Santo Rosário [13]
Diocese de Barishal 2015 Catedral de São Pedro [14]
Diocese de Khulna 1952 Catedral de São José [15]
Arquidiocese de Dhaka 1850 Catedral de Santa Maria [16]
Diocese de Dinajpur 1927 Catedral de São Francisco Xavier [17]
Diocese de Mymensingh 1987 Catedral de São Patrício [18]
Diocese de Rajshahi 1990 Catedral do Bom Pastor [19]
Diocese de Sylhet 2011 Catedral de São José [20]

Conferência Episcopal

Ver artigo principal: Conferência dos Bispos Católicos de Bangladesh

A reunião dos bispos do país forma a Conferência dos Bispos Católicos de Bangladesh, e foi criada em 1971.[5]

Nunciatura Apostólica

Ver artigo principal: Nunciatura Apostólica de Bangladesh

A Nunciatura Apostólica de Bangladesh foi criada em 2 de fevereiro de 1973, e sua sede fica localizada em Dhaka, capital do país.[6]

Visitas papais

Ver artigos principais: Viagem apostólica de Paulo VI à Ásia e à Oceania em 1970, Viagem apostólica de João Paulo II à Ásia, à Oceania e à África em 1986 e Viagem apostólica de Francisco a Bangladesh e Mianmar em 2017

O país foi visitado por três vezes por papas, sendo a primeira vez por São Paulo VI, uma por São João Paulo II e uma pelo Papa Francisco. A primeira viagem foi feita entre no dia 27 de novembro de 1970, e também incluiu o Irã, as Filipinas, Samoa Ocidental, a Austrália, a Indonésia, Hong Kong e Ceilão.[21]

Venho até vós como chefe da religião católica, cujo Fundador fez do amor fraternal o sinal pelo qual os seus discípulos deveriam ser conhecidos. Gostaria de vos dizer com as minhas palavras fracas como o povo católico está cheio de profunda compaixão e tem o desejo de ser um convosco. Não venho com o prestígio da riqueza nem com o poder da assistência tecnológica. É claro que estimo e encorajo os governos e povos de todo o mundo que nobremente se levantaram para vos ajudar. A minha participação não vem menos do coração; pois acredito profundamente que somos filhos de uma única família humana. A tristeza que agora envolve o seu povo não deve transformar-se em desespero. Que o testemunho concreto da solidariedade das pessoas ao virem em vosso auxílio vos sirva de luz no período obscuro que atravessais; que seja um conforto e restaure sua coragem e esperança em um amanhã melhor.
 
Discurso de Paulo VI na cerimônia de boas-vindas, no aeroporto de Dhaka, no dia 27 de novembro de 1970[22].
Diretor do Colégio Notre Dame recebendo o Papa João Paulo II no Aeroporto de Dhaka

A segunda viagem ocorreu em 19 de novembro de 1986, incluindo em seu roteiro também Singapura, Fiji, Nova Zelândia, Austrália e Seicheles.[23]

Deveis tentar mostrar aos vossos irmãos muçulmanos e aos seguidores de outras tradições religiosas que a vossa fé cristã, longe de enfraquecer o vosso sentimento de orgulho pela vossa pátria e o vosso amor por ela, ajuda-vos a valorizar e respeitar a cultura e o patrimônio do Bangladesh. Inspira você a enfrentar os desafios dos dias atuais com amor e responsabilidade. [...]. A Igreja Católica está empenhada num caminho de diálogo e de colaboração com os homens e mulheres de boa vontade de todas as tradições religiosas.
 
Homilia do Papa João Paulo II em missa celebrada no Estádio de Ershad, em 19 de novembro de 1986[24].
Papa Francisco em Bangladesh em encontro com os jovens no Colégio Notre Dame.

Por fim, a terceira viagem ocorreu entre 30 de novembro e 2 de dezembro de 2017, incluindo em seu roteiro também Mianmar.[25] O principal motivo da viagem é a crise humanitária do êxodo do povo ruainga, discriminado pelo governo birmanês. Ainda assim, apurações da mídia mostraram que o líder católico é totalmente desconhecido da maioria da população ruainga. Apenas em 2017, mais de 700 mil fugiram da repressão do governo de Mianmar, o que fez as Nações Unidas considerarem que o governo birmanês tenta realizar uma limpeza étnica.[26]

A abertura do coração é também um caminho, que leva à busca de bondade, justiça e solidariedade. Induz a procurar o bem do nosso próximo. [...]. A solicitude religiosa pelo bem do nosso próximo, que brota dum coração aberto, flui como um grande rio, irrigando as terras áridas e desertas do ódio, da corrupção, da pobreza e da violência que lesa imenso as vidas humanas, divide as famílias e desfigura o dom da criação.
 
Discurso do Papa Francisco com líderes de diversas religiões de Bangladesh, em 1º de dezembro de 2017[27].

Ver também

Referências

  1. a b c d e f «Catholic Church in Bangladesh» (em inglês). GCatholic. Consultado em 5 de junho de 2024 
  2. «População de Bangladesh». Country Meters. Consultado em 5 de junho de 2024 
  3. «Christians in Bangladesh» (em inglês). Minority Rights. Julho de 2018. Consultado em 5 de junho de 2024 
  4. «Bangladesh» (em inglês). Departamento de Estado dos Estados Unidos. 2022. Consultado em 5 de junho de 2024 
  5. a b «Catholic Bishops' Conference of Bangladesh» (em inglês). GCatholic. Consultado em 5 de junho de 2024 
  6. a b «Apostolic Nunciature - Bangladesh» (em inglês). GCatholic. Consultado em 5 de junho de 2024 
  7. a b c d «Bangladesh». Fundação ACN. Consultado em 5 de junho de 2024 
  8. a b c d e «Bangladesh». Portas Abertas. Consultado em 5 de junho de 2024 
  9. a b c d e f g h i «Bangladesh, The Catholic Church In» (em inglês). Encyclopedia.com. Consultado em 9 de junho de 2024 
  10. «A IGREJA CATÓLICA EM BANGLADESH». Consolata América. 16 de maio de 2022. Consultado em 10 de junho de 2024 
  11. «Cristãos se escondem para sobreviver em Bangladesh». Portas Abertas. 13 de junho de 2023. Consultado em 10 de junho de 2024 
  12. a b «Catholic Dioceses in Bangladesh» (em inglês). GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  13. «Archdiocese of Chittagong». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  14. «Diocese of Barishal». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  15. «Diocese of Khulna». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  16. «Archdiocese of Dhaka». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  17. «Diocese of Dinajpur». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  18. «Diocese of Mymensingh». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  19. «Diocese of Rajshahi». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  20. «Diocese of Sylhet». GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  21. «Special Celebrations in a.d. 1970» (em inglês). GCatholic. Consultado em 2 de junho de 2024 
  22. São Paulo VI (27 de novembro de 1970). «ADDRESS OF THE HOLY FATHER PAUL VI» (em inglês). Vatican.va. Consultado em 10 de junho de 2024 
  23. «Special Celebrations in a.d. 1986» (em inglês). GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  24. São João Paulo II (19 de novembro de 1986). «HOMILY OF JOHN PAUL II». Vatican.va. Consultado em 10 de junho de 2024 
  25. «Special Celebrations in a.d. 2017» (em inglês). GCatholic. Consultado em 10 de junho de 2024 
  26. «'Quem é o Papa?', perguntam os rohingyas refugiados em Bangladesh». O Globo. 29 de novembro de 2017. Consultado em 10 de junho de 2024 
  27. Papa Francisco (1 de dezembro de 2017). «DISCURSO DO SANTO PADRE». Vatican.va. Consultado em 10 de junho de 2024 
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