Klévisson Viana

Klévisson Viana
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Nascimento 3 de novembro de 1972
Quixeramobim
Cidadania Brasil
Irmão(ã)(s) Arievaldo Viana
Ocupação poeta, escritor, cordelista, editor, argumentista de banda desenhada
Página oficial
https://tupynanquimeditora.blogspot.com/
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Antônio Klévisson Viana Lima, mais conhecido como Klévisson Viana (Quixeramobim, 3 de novembro de 1972) é um poeta de literatura de cordel e autor de histórias em quadrinhos brasileiro.[1] É autor de muitos sucessos da literatura de cordel, entre os quais o Romance da Quenga que Matou o Delegado, adaptado para o programa Brava gente, da Rede Globo. Fundo em 1995, a editora Tupynanquim.[2]


É irmão do também cordelista Arievaldo Viana.[2][3] É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel - ABLC (Rio de Janeiro-RJ), onde ocupa a cadeira de nº 11.


Biografia

Bisneto do cordelista Fitico e filho do agricultor Evaldo, iniciou a carreira como ilustrador em 1988, ao 15 anos no jornal "A Voz do Povo"[1] de Canindé, além de ilustrar folhetos de vários cordelistas.[2] Durante um ano, publicou o fanzine Arapuca, uma publicação de humor e quadrinhos, logo em seguida, ao lado de Jackson Portela, editou o fanzine Arlequim e com seu irmão Arievaldo Viana, editou o fanzine Tramela.[3] Após sair do jornal "A Voz do Povo", passou a trabalhar no "O Povo" de Fortaleza.[1]


Em 1995, após ser demitido do jornal "O Povo", fundou a editora Tupynanquim,[2][1] em 1998, após uma visita à Joseph Luyten (1941-2006), famoso pela pesquisa acadêmica sobre a literatura de cordel,[4] a Tupynanquim começa a publicar cordéis de Klévisson, de seu irmão Arievaldo e de um colega,[1] no mesmo ano, publicou a história em quadrinhos "Lampião... Era o cavalo do tempo atrás da besta da vida" pela editora Hedra, o álbum contém três textos introdutórios, um assinado por Álvaro de Moya e depois assinados pelo próprio autor,[5] a publicação lhe rendeu o Troféu HQ Mix na categoria graphic novel.[6] Seu primeiro cordel foi A botija encantada ou o preguiçoso afortunado, escrito em parceria com seu irmão Arievaldo Viana, em menos de dois anos, ambos publicaram por volta de 30 folhetos em parceria.[7]

Em 2000, a editora Tupynanquim publicou Mirabilia, com histórias desenhadas por ele, Júlio Shimamoto e Flavio Colin e escritas por Wellington Srbek,[1][8] no ano seguinte, a publicação ganhou o HQ Mix na categoria revista de terror e ficção.[9]


Em 2003, adaptou para quadrinhos, o cordel A moça que namorou com o bode de seu irmão Arievaldo,[1] álbum publicado por três editoras: Tupynanquim, Coqueiro e CLUQ, que contou com um prefácio do Sônia e Joseph Luyten, assim como Joseph, Sônia é conhecida pela pesquisa acadêmica, a diferença é que seu objeto de estudo são as histórias em quadrinhos.[10] a publicação ganhou o Troféu HQ Mix de 2004 como "melhor edição especial nacional".[11][12] Em 2005, publicou As Aventuras de Dom Quixote - em versos de cordel, publicação da Tupynanquim em conjunto com as editoras Edições Livro Técnico e Coqueiro.[13]


Em 2010, a editora Luzeiro em parceria com a Tupynanquim, resgatou uma versão em quadrinhos de O Romance do Pavão Misterioso de José Camelo de Melo Rezende, redescoberta pelo cordelista e pesquisador Marco Haurélio,[14] a adaptação foi ilustrada por Sérgio Lima e publicada na década de 1960, quando a editora se chamava Prelúdio, Klévisson refez a paginação e adicionou balões de diálogo.[15]

Em 2011, em parceria com o arte-finalista Eduardo Azevedo, quadrinizou o romance, A batalha de Oliveiros com Ferrabrás do cordelista Leandro Gomes de Barros (1865-1918), o álbum foi patrocinado pela Secretaria de Cultura do Ceará e teve prefácio do escritor baiano Marco Haurélio, edição de texto do jornalista Max Krichanã e produção cultural de Bruno Monteiro, sendo contemplado com o Prêmio Luiz Sá de Quadrinhos da mesma Secretaria de Cultura do Ceará.[16] no mesmo ano, participou do álbum MSP Novos 50, onde fez história com elementos de cordel protagonizada por Chico Bento, personagem interiorano de Maurício de Sousa.[17] Em 2014, publicou O Guarani em cordel pela editora Amarylis, que no ano seguinte, ficou em terceiro lugar na categoria adaptação do Prêmio Jabuti.[18]

Obras

Outros trabalhos

  • Capa e Ilustrações do livro Conexões Nordestinas - Editado pelo Programa Cultura da Gente do Banco do Nordeste.


Referências

  1. a b c d e f g Magalhães, Henrique (março de 2007). «Klévisson Viana - Contador de histórias» (PDF). Marca de Fantasia. Top! Top! (22) 
  2. a b c d Klévisson Viana e o renovar das tradições
  3. a b 50 anos do poeta Arievaldo Viana
  4. Comunicação brasileira perde Joseph Luyten (1941-2006)
  5. Matheus, Moura (fevereiro de 2012). «Rei do cangaço e os 'achismos'». Sociedade Amigos da Biblioteca Nacional. Revista de História da Biblioteca Nacional (77): 74-77 
  6. Resenha - Lampião
  7. Haurélio, Marco. Breve História da Literatura de Cordel. [S.l.: s.n.] 
  8. Wellington Srbek
  9. «Equipe do Universo HQ ganha dois troféus HQ Mix». Universo HQ. 13 de setembro de 2001 
  10. «A moça namorou um bode... e surgiu um belo álbum de quadrinhos». Universo HQ. 22 de dezembro de 2003 
  11. «A moça que namorou com o bode». Tribuna do Paraná. 3 de janeiro de 2004 
  12. «Veja a lista dos vencedores do 16º Troféu HQ Mix». Folha de S. Paulo. 6 de julho de 2004 
  13. Lançamento de Dom Quixote em cordel, de Antônio Klévisson Viana, em SP
  14. Álbum O pavão misterioso traz cordel em quadrinhos
  15. O Pavão Misterioso - Cordel em quadrinhos
  16. A batalha de Oliveiros com Ferrabrás: cordel clássico em quadrinhos
  17. Mauricio de Sousa, o dono da rua
  18. Prêmio Jabuti divulga a lista dos vencedores de 2015
Bibliografia
  • VIANA, Klévisson: Os miseráveis em cordel. São Paulo, Ed. Nova Alexandria, 2008
  • MELO, Lilian; MENDES, Luana: Não deixem que morra o Cordel: Tradição e Modernidade na Literatura Popular em Verso, São Paulo, 2002

Ligações externas

  • Blog oficial da editora Tupynanquim
  • Klévisson Viana no Facebook
  • Klévisson Viana. no IMDb.
  • v
  • d
  • e
2004 – 2009

2004: A Moça que Namorou com o Bode (Klévisson Viana) • 2005: 10 Pãezinhos: Crítica (Fábio Moon e Gabriel Bá) • 2006: Santô e os Pais da Aviação (Spacca) • 2007: 10 Pãezinhos: Mesa para Dois (Fábio Moon e Gabriel Bá) • 2008: Laertevisão: Coisas que Não Esqueci (Laerte) • 2009: Mesmo Delivery (Rafael Grampá)

2010 – 2019

2010: MSP 50: Mauricio de Sousa por 50 Artistas (vários autores) • 2011: Bando de Dois (Danilo Beyruth) • 2012: Morro da Favela (André Diniz) • 2013: Astronauta: Magnetar (Danilo Beyruth) • 2014: Turma da Mônica: Laços (Vitor Cafaggi e Lu Cafaggi) • 2015: A Vida de Jonas (Magno Costa) • 2016: La Dansarina (Lillo Parra e Jefferson Costa) • 2017: Yeshuah: Absoluto (Laudo Ferreira) • 2018: Angola Janga (Marcelo D'Salete) • 2019: Jeremias: Pele (Rafael Calça e Jefferson Costa)

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