Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade no Chile

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção ao patrimônio cultural do mundo, através da Convenção sobre o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, cujo processo de implementação teve início em 1997 e foi oficializado em 2003.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Cultural Imaterial existente no Chile, especificamente classificada pela UNESCO visando catalogar e proteger manifestações da cultura humana no país. O Chile ratificou a convenção em 10 de dezembro de 2008, tornando suas manifestações culturais elegíveis para inclusão na lista.[2]

A manifestação cultural Práticas e conhecimentos tradicionais do tereré na cultura de pojhá ñaná foi a primeira manifestação do Chile incluída na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO por ocasião da 4.ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, realizada em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) em 2009.[3] Desde a mais recente adesão à lista, o Chile totaliza 2 manifestações culturais classificadas como Patrimônio Cultural Imaterial.

Bens imateriais

O Chile conta atualmente com as seguintes manifestações declaradas como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO:

Patrimônio cultural imaterial das comunidades aimarás na Bolívia, Chile e Peru
Bem imaterial inscrito em 2009.
Este bem é compartilhado com:  Bolívia e  Peru.
O projeto sub-regional proposto visa desenvolver medidas de salvaguarda para garantir a viabilidade das expressões orais, música e conhecimentos tradicionais (arte têxtil e tecnologias agrícolas) das comunidades aimarás da Bolívia (La Paz-Oruro-Potosí), Chile (Tarapacá- Arica-Parinacota-Antofagasta) e Peru (Tacna-Puno-Moquegua). As atividades, previstas para implementação ao longo de um projeto de cinco anos, são: (i) identificar e inventariar os saberes tradicionais e as tradições orais das comunidades aimarás nas áreas selecionadas, (ii) fortalecer a língua como veículo de transmissão do património cultural imaterial através da educação formal e não formal, (iii) promover e divulgar as expressões orais e musicais aimarás e (iv) reforçar os conhecimentos tradicionais relacionados com a produção de artes têxteis e técnicas agrícolas tradicionais. Essas quatro linhas de ação do projeto planejado foram estabelecidas como prioridades pelas comunidades aimarás nas diferentes fases de consulta e elaboração do projeto e serão implementadas com o pleno envolvimento das comunidades, orientadas pelos princípios da Convenção de 2003. O projeto pretende adotar como estratégia de trabalho a criação de uma rede sub-regional e internacional composta por indivíduos, comunidades, grupos, gestores culturais, especialistas, organizações indígenas, centros de pesquisa, ONGs e governos, para promover o intercâmbio de experiências, informações e treinamento em para fortalecer as capacidades na região. (UNESCO/BPI)[4]
Baile chino
Bem imaterial inscrito em 2014.
Bailes chinos são irmandades de músicos que expressam a sua fé através da música, da dança e do canto no contexto das festas comemorativas. A prática se estende principalmente da área conhecida como Norte Chico até a região central do Chile e compreende cinco estilos totalmente diferenciados, cada um com o nome do vale ou bacia onde é mais prevalente. Organizadas principalmente por homens da zona rural, as danças Baile Chino consistem em saltos e movimentos de flexão das pernas, executados ao ritmo de música instrumental isométrica tocada em tambores e flautas de origem pré-colombiana. O líder canta dísticos rimados memorizados ou improvisados ​​em estrofes que contam histórias sagradas e abordam assuntos religiosos. Ele é acompanhado por igual número de músicos e dançarinos organizados em duas colunas simétricas. Um baterista lidera a coreografia e controla o ritmo da música. Cada grupo também possui uma porta-bandeira e guardiões, que geralmente são mulheres. A música, as danças e os dísticos são aprendidos através da observação direta, imitação e transmissão na família. Bailes Chinos são uma ferramenta de participação social que prestigia os envolvidos. Funcionam como um modelo de integração e coesão social a que subscreve quase toda a comunidade local, por um sentido de identidade e solidariedade. (UNESCO/BPI)[5]

Ver também

Referências

  1. «Convenção para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade». UNESCO. 17 de outubro de 2003 
  2. «Chile». UNESCO 
  3. «Fourth session of the Intergovernmental Committee for the Safeguarding of the Intangible Cultural Heritage». UNESCO 
  4. «Patrimônio cultural imaterial das comunidades aimarás na Bolívia, Chile e Peru». UNESCO 
  5. «Baile chino». UNESCO 
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