Motins em Pernambuco

Motins em Pernambuco foram as revoltas populares ocorridas no estado brasileiro de Pernambuco, nos meses de setembro e novembro de 1831, e duraram até 1834, durante o período regencial.[1] Alguns deste motins receberam denominações conforme os meses em que eclodiram: Abrilada, Setembrada ou Novembrada.[2]

Causas

Vivia a então província pernambucana uma crise econômica por conta do declínio da exploração açucareira. Desde os primórdios do século XIX estas dificuldades resultaram na eclosão de conflitos como a Revolução de 1817, a Confederação do Equador e revoltas que se seguiram à Abdicação de D. Pedro I.[1] Com a abdicação de D. Pedro I instalou-se o sentimento de pronta e definitiva emancipação das províncias em relação aos portugueses, que ainda ocupavam importantes postos de governo, militares e no comércio.[2]

Os motins

Nos meses de setembro[3] e novembro soldados promoveram o saque de propriedades de portugueses em Pernambuco, que reagiram aliados a representantes da corrente dos Restauradores, que mobilizaram os camponeses a seu favor.[1]

Ao cabo de três anos os combates foram intermitentes, até se extinguirem sobretudo pela falta de uma proposta por parte dos rebelados.[1]

Datas

No ano de 1831 ocorreram levantes em Recife nos dias 15 de setembro (Setembrada) e em 15 e 19 de novembro (Novembrada); no ano seguinte ocorreram nos dias 14 e 16 de abril (Abrilada).[2]

Consequências

Estes levantes ficaram, contudo, latentes entre os pernambucanos, e acabaram por eclodir na chamada Revolução Praieira, no ano de 1848.[1]

Referências

  1. a b c d e José Jobson Arruda (2001). «20: As rebeliões do período regencial». História Integrada: do fim do Antigo Regime à industrialização e ao capitalismo. São Paulo: Ática. p. 130. ISBN 8508054033 
  2. a b c Hernâni Donato (1996). Dicionário das batalhas brasileiras. Volume 17 de Biblioteca "Estudos brasileiros" 2 ed. [S.l.]: IBRASA. p. 112. ISBN 9788534800341. Consultado em 1 de março de 2011 
  3. Nota: estes movimentos foram parte de outros, esporádicos mas de igual motivação e efeitos semelhantes, como o Mata-Maroto, na Bahia, e a Rusga, em Mato Grosso.
  • v
  • d
  • e
Tópicos gerais
Brasão de armas constituídos por um escudo com um campo verde com uma esfera armilar de ouro sobrepor na cruz vermelha e branca da Ordem de Cristo, rodeado por uma faixa azul com 20 estrelas de prata; os portadores são dois braços de uma coroa de flores, com um ramo de café à esquerda e um ramo de tabaco floração à direita; e acima do escudo é uma coroa de ouro e joias em arco. Cruzados atrás do escudo estão um cetro com a serpe da Casa de Bragança e outro com a mão da justiça. Todo o conjunto é coberto por um manto erminho e verde, encimado pela coroa imperial.
História
Política
Economia
Legislação