Oldemiro Cardoso de Figueiredo

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Oldemiro Cardoso de Figueiredo
50.º Governador Civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo
Período maio de 1974
a 22 de agosto de 1975
Antecessor(a) Francisco Cabrita Matias
Sucessor(a) ‘’cargo extinto’’
Altino Pinto de Magalhães (Presidente da Junta Regional dos Açores)
Dados pessoais
Nome completo Oldemiro Cardoso de Figueiredo
Nascimento 5 de agosto de 1916
Angra do Heroísmo, Portugal
Morte 7 de maio de 1995 (78 anos)
Angra do Heroísmo, Portugal
Nacionalidade português
Profissão político, médico

Oldemiro Cardoso de Figueiredo (Angra do Heroísmo, 5 de Agosto de 1916 — Angra do Heroísmo, 7 de Maio de 1995) foi um médico e político, militante do MDP/CDE, que exerceu as funções de Governador Civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo nos anos de 1974 e 1975. Médico na Praia da Vitória, foi nomeado governador civil após a Revolução do 25 de Abril e permaneceu em funções até Junho de 1975, demitindo-se após o levantamento de 6 de Junho de 1975, ocorrido em Ponta Delgada, em solidariedade com António Borges Coutinho. Foi o último governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, já que o cargo foi sucedido pela Junta Regional dos Açores.

Biografia

Oldemiro Figueiredo foi filho de Adriano Figueiredo, membro da Maçonaria e militante do republicanismo democrático, era proprietário da mais conhecida livraria de Angra do Heroísmo, cidade onde acolhia, conforme as condições permitiam, os opositores à Ditadura Nacional, e depois ao regime do Estado Novo, que eram exilados para os Açores.

Concluiu o curso liceal no Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, partindo depois para Lisboa, onde se matriculou no curso de Medicina da Universidade de Lisboa. Em Lisboa esteve hospedado em casa de João Lopes Soares, conhecido da família desde os tempos de exílio em Angra do Heroísmo.

Envolvido nos meios da oposição democrática, o seu percurso académico foi atribulado, forçando-o a transferir-se para a Universidade do Porto e depois para a Universidade de Coimbra, escola onde finalmente concluiu o curso. Estagiou em Lisboa, cidade onde trabalhou em vários hospitais. As suas ligações e actividades aos meios oposicionistas valeram-lhe 18 anos de residência fixa.

Regressou à ilha Terceira no ano de 1946, fixando-se na Praia da Vitória, onde exercia clínica privada e trabalhava como médico do Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória. Homem generoso, era considerado o médico dos pobres. Mais tarde trabalhou na Caixa de Previdência de Angra do Heroísmo, onde chegaria a director clínico.

Na Terceira manteve-se ligado aos meios da oposição democrática, estando em consequência sujeito a apertada vigilância pelos serviços locais da PIDE/DGS. Foi autorizado a sair do país por duas vezes, tendo visitado a União Soviética. Não se conhece a sua filiação no Partido Comunista Português, mas eram claras as suas simpatias pela ideologia comunista. Esteve ligado ao Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE), militando activamente nas campanhas eleitorais consentidas pelo Estado Novo.

Após a Revolução do 25 de Abril foi nomeado governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, participando activamente nas comissões que discutiram o rumo a dar à autonomia dos Açores. Manteve-se em funções até Junho de 1975, demitindo-se após o levantamento de 6 de Junho de 1975, ocorrido em Ponta Delgada, em solidariedade com António Borges Coutinho. Foi o último governador civil do Distrito de Angra do Heroísmo, já que o cargo foi substituído pela Junta Regional dos Açores.

Após a sua demissão do Governo Civil de Angra, retirou-se da política activa, dedicando-se à medicina.

Referências bibliográficas

  • Carlos Enes, Oldemiro de Figueiredo - A Serenidade de Um Democrata, Angra do Heroísmo, Instituto Açoriano de Cultura / Praia da Vitória, Câmara Municipal da Praia da Vitória, 2010.

Ligações externas

  • «Nota biográfica de Oldemiro Figueiredo». na Enciclopédia Açoriana 


  • v
  • d
  • e
Monarquia
Constitucional
Luís Pinto de Mendonça Arrais • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara (1.ª vez) • António Pedro de Brito • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara (2.ª vez) • José Silvestre Ribeiro • Nicolau Anastácio de Bettencourt (1.ª vez) • Francisco de Meneses Lemos e Carvalho • Nicolau Anastácio de Bettencourt (2.ª vez) • António José Vieira Santa Rita • Nicolau Anastácio de Bettencourt (3.ª vez) • António de Oliveira Marreca • António Marcelino da Victória • Nicolau Anastácio de Bettencourt (4.ª vez) • António Maria Cordeiro • Cassiano Sepúlveda Teixeira  • José Maria da Silva Leal • José Inácio de Almeida Monjardino (3.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (1.ª vez) • Albino de Abranches Freire de Figueiredo • Joaquim Taibner de Morais (interino) • José Guilherme Pacheco • Joaquim Taibner de Morais (interino) • António de Gouveia Osório • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara • Miguel Vaz Guedes de Ataíde • Félix Borges de Medeiros • Francisco de Albuquerque Mesquita e Castro • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (1.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara • (2.ª vez)  • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (2.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (3.ª vez)  • Afonso de Castro • João António Pereira Neves • Augusto Maria da Fonseca Coutinho • Jacinto Cândido da Silva (interino) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (4.ª vez) • Cândido Pacheco de Melo Menezes Forjaz de Lacerda (1.ª vez) • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (3.ª vez) • Henrique de Sá Nogueira de Vasconcelos • Henrique de Castro (interino) • José Pimentel Homem de Noronha • Manuel Homem da Costa Noronha • Emídio Lino da Silva Júnior (1.ª vez) • Cândido Pacheco de Melo Menezes Forjaz de Lacerda (2.ª vez) • Emídio Lino da Silva Júnior (2.ª vez) • Raimundo Sieuve de Meneses • Teotónio Simão Paim de Ornelas Bruges (1.ª vez) • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara • José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa • Aristides Moreira da Mota • João Carlos da Silva Nogueira • Teotónio Simão Paim de Ornelas Bruges (2.ª vez) • Jacinto Carlos da Silva
Estandarte dos governadores civis
1.ª República
Henrique Ferreira de Oliveira Braz • António Afonso de Carvalho  • Francisco de Mendonça Pacheco de Melo • João de Mendonça Pacheco de Melo • João Baptista da Silva  • Adolfo da Trindade • António Silveira Lopes • Joaquim Teixeira da Silva (1.ª vez) • Francisco Vicente Ramos  • Constantino José Cardoso (1.ª vez) • Joaquim Teixeira da Silva (2.ª vez) • Álvaro de Castro Meneses (1.ª vez) • Constantino José Cardoso (2.ª vez) • António Veríssimo de Sousa  • Virgílio da Rocha Diniz  • Francisco de Paula Homem da Costa Noronha • António Amorim Pires Toste • António José Teixeira (1.ª vez) • Sebastião Ávila de Vasconcelos • Manuel de Mesquita (1.ª vez) • António José Teixeira (2.ª vez) • Álvaro de Castro Meneses (2.ª vez) • Alexandre Martins Pamplona Ramos • Francisco de Mendonça Pacheco de Melo
Ditadura Nacional
Estado Novo
3.ª República
Oldemiro Cardoso de Figueiredo


Controle de autoridade
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