Regimento de Guarnição N.º 3

O Regimento de Guarnição N.º 3 (RG3) MHM é um órgão de base da Componente Fixa do Sistema de Forças do Exército Português. O regimento encontra-se sediado no Funchal, mantendo um destacamento em Porto Santo.

Atualmente, o RG3 é a única unidade militar da Zona Militar da Madeira (ZMM), sendo um regimento misto de infantaria e de artilharia. Compete-lhe dar formação geral e de condução auto aos praças do Exército originários da Região Autónoma da Madeira e aprontar unidades operacionais para as Forças da ZMM. Como encargo específico, para com a Componente Operacional do Sistema de Forças, compete ao RG3 aprontar o batalhão de infantaria e a bateria de artilharia antiaérea das Forças da ZMM.

Organização

O Regimento de Guarnição N.º 3 é comandado por um coronel subordinado ao Comando da Zona Militar da Madeira e inclui:

  • Comando
    • Estado-maior
    • Companhia de comando e serviços
    • Companhia de formação
    • Batalhão de infantaria
    • Bateria de artilharia antiaérea

História

O Regimento de Guarnição N.º 3 é uma unidade bastante recente, tendo sido criada apenas em 1993, resultando da fusão do Regimento de Infantaria do Funchal (RIFc) com o Grupo de Artilharia de Guarnição N.º 2 (GAG2). No entanto, o RG3 é herdeiro das tradições das unidades militares instaladas na Madeira, desde a chegada ao arquipélago de João Gonçalves Zarco em 1418.

O RIFc teve origem no Batalhão de Caçadores N.º 12 (BC12) chegado ao Funchal em 1864, a bordo da corveta Estefânia da Marinha Portuguesa. Em 1884, o BC12 é transformado em Regimento de Caçadores N.º 12 (RC12). Em 1899, o RC12 deu origem ao Regimento de Infantaria N.º 27 (RI27). Em 1927, o RI27 foi transformado no Batalhão Independente de Infantaria N.º 19 (BII19). Entre 1954 e 1975, o BII19 mobiliza seis batalhões e 55 companhias de caçadores enviadas para a Índia Portuguesa e para África, onde são empenhadas nos diversos teatros de operações da Guerra do Ultramar, sofrendo 93 mortos em combate. Em 1975, o BII19 é transformado no Regimento de Infantaria do Funchal.

O GAG2 teve origem nas unidades de artilharia estacionadas na Madeira. Em 1661, é criado na Madeira, um corpo de 100 artilheiros para guarnição das fortalezas da ilha. Mais tarde, o Rei D. Pedro II ordena a criação de uma companhia de artilharia. Em 1815, existia na Madeira um batalhão de artilharia de 1ª linha. Posteriormente, a ilha seria guarnecida por várias unidades e destacamentos de artilharia de costa e de campanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, são criados na Madeira o Grupo de Artilharia Contra Aeronaves n.º 5 (GACA5) de artilharia antiaérea e a Bataria Independente de Defesa de Costa N.º 2 de (BIDC2) de artilharia de costa. Depois da Segunda Guerra Mundial, o GACA5 é reduzido e transformado na Bataria Independente de Artilharia Antiaérea da Madeira (BIAAM). Em 1960, a BIDC2 é transformada em Bataria de Artilharia de Guarnição N.º 2 (BAG2), a qual passa também a assumir as missões da BIAAM então extinta. Em 1970, a BAG2 é transformada no Grupo de Artilharia de Guarnição N.º 2.

A 31 de agosto de 2016, foi feito Membro-Honorário da Ordem do Mérito.[1]

Referências

  • Regimento de Guarnição N.º 3
  • SILVA, Fernando Augusto da, MENESES, Carlos Azevedo de, Guarnição Militar in Elucidário Madeirense, Funchal: Tipografia Esperança, 1921

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Regimento de Guarnição N.º 3". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de fevereiro de 2018 
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