Ruy Espinheira Filho

Ruy Espinheira Filho
Nome completo Ruy Alberto d'Assis Espinheira Filho
Nascimento 12 de dezembro de 1942 (81 anos)
Salvador, Bahia, Brasil
Residência Salvador
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Poeta e escritor
Principais trabalhos Estação infinita e outras estações
Prémios Prêmio Nacional de Poesia Cruz e Sousa (1981)
Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2006)

Ruy Alberto d'Assis Espinheira Filho, conhecido como Ruy Espinheira Filho (Salvador, 12 de dezembro de 1942), é um poeta e escritor brasileiro.[1] Desde 15 de setembro de 2000, ocupa a Cadeira nº 17 da Academia de Letras da Bahia.[2]

Biografia

Filho de Ruy Alberto de Assis Espinheira, advogado, e de Iracema D’Andréa Espinheira, de ascendência italiana, passou a infância na cidade de Poções e a adolescência na cidade de Jequié, no Sudoeste baiano. De volta a Salvador, em 1961, estudou no Colégio Central da Bahia e, levado pelo poeta Affonso Manta, que conhecia desde Poções, ingressou no grupo boêmio capitaneado por Carlos Anísio Melhor. Ainda na década de 1960 começou a publicar na revista Serial, criada por Antonio Brasileiro, e se iniciou no jornalismo — como cronista da Tribuna da Bahia (1969-1981), onde também trabalhou como copy desk e editor (1974-1980). Colaborou ainda com O Pasquim, como correspondente na Bahia (1976--1981), e foi contratado como cronista diário do Jornal da Bahia (1983-1993).

Atualmente assina artigos quinzenas em A Tarde. Graduado em Jornalismo (1973), mestre em Ciências Sociais (1978) e doutor em Letras (1999) pela Universidade Federal da Bahia, UFBA, e doutor honoris causa pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB (1999), é professor associado do Departamento de Letras Vernáculas do Instituto de Letras da UFBA, membro da Academia de Letras de Jequié e da Academia de Letras da Bahia.

Publicou 11 livros de poemas: Heléboro (1974), Julgado do Vento (1979), As Sombras Luminosas (1981 — Prêmio Nacional de Poesia Cruz e Sousa), Morte Secreta e Poesia Anterior (1984), A Guerra do Gato (infantil — 1987), A Canção de Beatriz e outros poemas (1990), Antologia Breve (1995), Antologia Poética (1996), Memória da Chuva (1996 — Prêmio Ribeiro Couto, da União Brasileira de Escritores), Livro de Sonetos (1998; 2. ed. revista, ampl. e il., 2000), Poesia Reunida e Inéditos (1998), A Cidade e os Sonhos (2003), Elegia de agosto e outros poemas (2005; em 2006 – Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras,[3] Prêmio Jabuti – 2º lugar –, da Câmara Brasileira do Livro; Menção Especial do Prêmio Cassiano Ricardo, da UBE-RJ). Tem ainda publicados vários livros em prosa: Sob o Último Sol de Fevereiro (crônicas, 1975), O Vento no Tamarindeiro (contos, 1981); as novelas O Rei Artur Vai à Guerra (1987, finalista do Prêmio Nestlé), O Fantasma da Delegacia (1988), Os Quatro Mosqueteiros Eram Três (1989); os romances Ângelo Sobral Desce aos Infernos (1986 — Prêmio Rio de Literatura [2º lugar], 1985), Últimos Tempos Heróicos em Manacá da Serra (1991); Um Rio Corre na Lua (2007) e os ensaios O Nordeste e o Negro na Poesia de Jorge de Lima, dissertação de Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1990), Tumulto de Amor e Outros Tumultos – Criação e Arte em Mário de Andrade, tese de Doutorado em Letras, também pela UFBA (2001), Forma e alumbramento — poética e poesia em Manuel Bandeira (2004). Lançou ainda o CD Poemas, gravado pelo próprio autor, com 48 textos extraídos de seus livros, além de alguns inéditos (2001). Contos e poemas seus foram incluídos em diversas antologias, no Brasil e no exterior (Portugal, Itália, França, Espanha e Estados Unidos). [4]

Obras

Poesia

  • Heléboro (1974)
  • Julgado do Vento (1979)
  • As Sombras Luminosas (1981 — Prêmio Nacional de Poesia Cruz e Sousa)
  • Morte Secreta e Poesia Anterior (1984)
  • A Guerra do Gato (infantil — 1987)
  • A Canção de Beatriz e outros poemas (1990)
  • Antologia Breve (1995)
  • Antologia Poética (1996)
  • Memória da Chuva (1996 — Prêmio Ribeiro Couto, da União Brasileira de Escritores)
  • Livro de Sonetos (1998; 2. ed. revista, ampl. e il., 2000)
  • Poesia Reunida e Inéditos (1998)
  • A Cidade e os Sonhos (2003)
  • Elegia de agosto e outros poemas (2005; em 2006 – Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, Prêmio Jabuti – 2º lugar –, da Câmara Brasileira do Livro; Menção Especial do Prêmio Cassiano Ricardo, da UBE-RJ).
  • Uma História do Paraíso & outros poemas (2019)

Prosa

  • Sob o Último Sol de Fevereiro (crônicas, 1975)
  • O Vento no Tamarindeiro (contos, 1981)
  • O Rei Artur Vai à Guerra (1987, finalista do Prêmio Nestlé)
  • O Fantasma da Delegacia (1988)
  • Os Quatro Mosqueteiros Eram Três (1989)
  • Ângelo Sobral Desce aos Infernos (1986 — Prêmio Rio de Literatura [2º lugar], 1985)
  • Últimos Tempos Heróicos em Manacá da Serra (1991)
  • Um Rio Corre na Lua (2007)
  • O Nordeste e o Negro na Poesia de Jorge de Lima, dissertação de Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1990)
  • Tumulto de Amor e Outros Tumultos – Criação e Arte em Mário de Andrade, tese de Doutorado em Letras, também pela UFBA (2001)
  • Forma e alumbramento — poética e poesia em Manuel Bandeira (2004)

CD

  • Poemas, gravado pelo próprio autor, com 48 textos extraídos de seus livros, além de alguns inéditos (2001)

Referências

  1. «Ruy Espinheira Filho». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 25 de julho de 2023 
  2. «Ruy Espinheira Filho: CADEIRA 17». Academia de Letras da Bahia. Consultado em 26 de julho de 2023 
  3. «Prêmio ABL de Poesia/2006 é dado ao livro Elegia de agosto e outros poemas, de Ruy Espinheira Filho». Academia Brasileira de Letras. 23 de junho de 2006. Consultado em 25 de julho de 2023 
  4. «Prof. Ruy Espinheira Filho fala de Literatura Brasileira Contemporânea e dá dicas para quem quer cursar Letras»  Passeiweb.


  • v
  • d
  • e
Prêmio Jabuti - Poesia (1959 - 2020)
1959 – 1969

1959: José Paulo Moreira da Fonseca 1960: Sosigenes Costa 1961: Cassiano Ricardo 1962: Mário da Silva Brito 1963: Mário Chamie 1964: Cecília Meireles 1965: Cassiano Ricardo 1966: Carlos Soule do Amaral • 1967: João Cabral de Melo Neto 1968: Carlos Drummond de Andrade 1969: Stella Carr Ribeiro

1970 – 1979
1980 – 1989

1980: Sebastião Uchoa Leite 1981: Rubens Rodrigues Filho 1982: Francisco Alvim 1983: Orides Fontela 1984: Hilda Hilst 1985: Alphonsus de Guimaraens Filho 1986: Armando Freitas Filho 1987: Ilka Brunhilde Laurito 1988: Antonio Fernando de Franceschi • 1989: Francisco Alvim Alice Ruiz

1990 – 1999

1990: Manoel de Barros 1991: Affonso Ávila 1992: Carlito Azevedo 1993: Arnaldo Antunes Moacyr Amâncio • Carlos Drummond de Andrade Inês O. Depré, Haroldo de Campos João Cabral de Melo Neto 1994: Vinicius de Moraes Rubem Braga Frederico Barbosa • Marina Colasanti 1995: Ivan Junqueira Bruno Tolentino Paulo Leminski 1996: Leonardo Fróes Renata Pallottini Dora Ferreira da Silva 1997: Waly Salomão Thiago de Mello Carlos Drummond de Andrade Cecília Meireles A. B. Mendes Cadaxa • 1998: Alberto da Costa e Silva Reynaldo Valinho Alvarez • Marly de Oliveira 1999: Haroldo de Campos Gerardo Melo Mourão Salgado Maranhão

2000 – 2009

2000: Thiago de Mello Moacyr Félix • Ferreira Gullar 2001: Anderson Braga Horta Lêdo Ivo Alberto da Costa e Silva 2002: Claudia Roquette Pinto • Thiago de Mello Ivo Barroso 2003: Bruno Tolentino Geraldo Melo Mourão Marcus Accioly 2004: Alexei Bueno Marco Lucchesi Alphonsus de Guimaraens Filho Armando Freitas Filho 2005: Dora Ferreira da Silva Neide Archanjo • Artur Eduardo Benevides Antonio Risério, Frederico Barbosa • 2006: Affonso Romano de Sant'Anna Ruy Espinheira Filho • Domingos Pellegrini 2007: Affonso Ávila Neide Archanjo • Armando Freitas Filho Bruno Tolentino (In Memorian) • 2008: Ivan Junqueira Marcus Vinicius Quiroga • Paulo Fernando Henriques Britto • 2009: Alice Ruiz Viviana Bosi • Eucanaã Ferraz Reynaldo Bessa

2010 – presente

2010: Marina Colasanti Reynaldo Jardim Silveira • Armando Freitas Filho 2011: Ferreira Gullar Gilberto Mendonça Teles Ricardo Aleixo 2012: Maria Lúcia Dal Farra Zulmira Ribeiro Tavares Josely Vianna Baptista • 2013: Ademir Assunção Glauco Mattoso Antonio Cicero 2014: Horácio Costa Marcus Vinicius Quiroga • Zuca Sardan 2015: Alexandre Guarnieri Marco Lucchesi Manoel Herzog • 2016: Arnaldo Antunes Salgado Maranhão Leonardo Aldrovandi • 2017: Simone Brantes Luci Collin Daniel Francoy • 2018: Mailson Furtado Viana 2019: Hilda Machado 2020: Cida Pedrosa

Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) escritor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • v
  • d
  • e
  • Portal da literatura
  • Portal da Bahia
  • Portal de biografias
Controle de autoridade