Berenice I

Berenice I
Berenice I
Rainha do Reino Ptolemaico
Reinado 305 a.C. a 283 a.C.
Predecessora Eurídice
Sucessora Arsínoe I
 
Nascimento c. 340 a.C.
Macedônia
Morte c. 279/268 a.C.
Reino Ptolemaico
Maridos Filipe
Ptolemeu I Sóter
Descendência Magas de Cirene
Antígona do Epiro
Texena de Siracusa
Arsínoe II
Filotera
Ptolemeu II Filadelfo
Dinastia Ptolemaica (por casamento)
Pai Magas
Mãe Antígona

Berenice I (ca. 340 a.C. — entre 279 e 274 a.C.) foi a primeira rainha da Dinastia Ptolomaica, esposa de Ptolomeu I Sóter, e também a mãe do rei Magas de Cirene, da Rainha Antígona do Epiro, possivelmente da Rainha Texena de Siracusa, da Rainha Arsínoe II do Egito, do rei ptolemaico faraó Ptolomeu II Filadelfos e da princesa Filotera.

Sua família, assim como a de Ptolemeu I Sóter, era de Eordeia.[1] Berenice nasceu em 340 a.C.,[carece de fontes?] filha de Magas e Antígona;[2] sua mãe era filha de Cassandro, irmão de Antípatro. Ela era prima de Eurídice, filha de Antípatro.

Ela foi vencedora em uma competição de corrida de carros, nos Jogos Nemeus.[3]

Por volta de 325 a.C.,[carece de fontes?] casou-se com um nobre macedônio chamado Filipe, com quem teve pelo menos dois filhos, Magas (futuro Magas de Cirene)[2] e Antígona,[4] e provavelmente uma terceira, Texena.

Em 321 a.C.,[carece de fontes?] quando Ptolomeu I Sóter se casou com Eurídice, filha de Antípatro, ela foi junto com Eurídice para o Egito.[5] Enquanto Ptolomeu I Sóter estava casado com Eurídice, ele tomou Berenice como concubina,[5] casando-se com ela em 316 a.C., no mesmo ano em que a filha mais velha do casal, Arsínoe II nasceu. Nos anos seguintes, Ptolomeu I elevou Berenice à primeira esposa, preterindo Eurídice. Quando Ptolomeu I Sóter se tornou faraó do Egito em 305 a.C., foi Berenice quem ele escolheu como sua rainha consorte.

Ptolomeu I Sóter e Berenice tiveram três filhos, Ptolomeu II Filadelfos,[5] Arsínoe II[2] e Filotera, preferindo estes para a sucessão aos filhos de Eurídice. Também nomeou o novo porto que havia construído no Mar Vermelho de “Berenice”.

Texena, uma princesa do Egito casada como Agátocles de Siracusa, poderia ser sua filha; não há registro sobre quem foram os pais de Texena, e historiadores modernos propõem que ela poderia ser filha de Berenice e Filipe, filha de Ptolemeu I Sóter ou mesmo filha de Menelau, irmão de Ptolemeu.[6]

Por sua influência, seu filho Magas foi nomeado por Ptolomeu II Filadelfo (meio-irmão de Magas) o governador de Cirene.[2] Tal era a sua influência que seu genro, o rei Pirro de Epiros, também deu o nome de “Berenicis” a uma nova cidade. Foi vitoriosa numa corrida de bigas nos Jogos Olímpicos de uma Olimpíada desconhecida.

Filadelfos decretou honras divinas à sua mãe na sua morte, por volta de 280-270 A.E.C. Foi incluída no culto da dinastia com Ptolomeu I Sóter, por Ptolomeu IV em 215/4 A.E.C. como Deuses Salvadores, Qeoi Swthre V.

Descendência

  • Magas, filho de seu primeiro casamento com Filipe,[2] foi nomeado rei de Cirene em cerca de 300 a.C., em 275 a.C. [carece de fontes?] se casou com Apama,[7] (também chamada de Arsínoe por Justino), filha de Antíoco I Sóter [7][8] e Estratonice,[8] reis da Síria. Teve apenas uma filha, Berenice II, [9] a quem deixou o reino de Cirene, ao qual assumiu ainda adolescente. Berenice se casaria com Ptolemeu III Evérgeta e se tornaria também rainha do Egito.[9]
  • Antigona do Epiro, filha de seu primeiro casamento com Filipe,[4] primeira esposa do Rei Pirro de Epiro, com quem teve 2 filhos, Ptolemeu e Olímpia. Seu filho Ptolomeu viria a ser o co-regente de Pirro. Sua filha Olímpia se casaria com seu meio-irmão Alexandre II de Epiro, e juntos sucederiam o pai no trono de Epiro. Os filhos de Olímpia foram os reis Pirro II de Epiro, Ptolemeu de Epiro e Fítia, esposa de Demétrio II da Macedónia.
  • Texena, possivelmente sua filha com Ptolemeu I Sóter, foi a ultima esposa de Agátocles de Siracusa, e após a morte do marido, voltou ao Egito com seus filhos ainda crianças, Arcágatos e Texena. F. W. Walbank, em Commentaries on Polybius II, sugere que Agátocles e sua irmã Agatocleia, respectivamente 1º ministro e amante de Ptolomeu IV, seriam descendentes de Texena.
  • Arsínoe II, filha de Ptolemeu I Sóter, rainha da Trácia, da Macedónia e do Egito. Seu primeiro marido foi Lisímaco da Trácia, com quem teve 3 filhos, Ptolomeu de Telmesso, Lisímaco e Filipe. Seu segundo marido foi seu meio-irmão Ptolomeu Cerauno. E por ultimo, seu terceiro marido seria seu irmão caçula, Ptolomeu II Filadelfo. Arsínoe II é tida como a segunda mais importante rainha da dinastia ptolemaica, ficando atrás apenas de Cleópatra VII
  • Ptolemeu II Filadelfo, filho de Ptolemeu I Sóter e sucessor do pai no trono do Egito. Casou-se com Arsínoe (filha de Lisímaco), com quem teve Ptolomeu III Evérgeta, Lisímaco e Berenice Sira, rainha da Síria, esposa de Antíoco II. Casou-se também com sua irmã Arsínoe II, o que motivou seu nome Filadelfo (do grego Philadelphoi: irmãos no amor), dando início à tradição de casamentos incestuosos da dinastia. Teria ainda um quarto filho com uma concubina, Ptolomeu Andromaco.
  • Filotera, filha de Ptolemeu I Sóter, foi a única filha de Ptolomeu que não se casou. Mas acredita-se que estivesse viva durante o reinado de seus irmãos Ptolomeu II Filadelfo e Arsínoe II. Filotera foi deificada ao lado de Arsínoe II no final do reinado de Ptolemeu II Filadelfo.

Ver também

Árvore genealógica baseada no texto:

Agátocles
Magas
Antígona
Lisímaco
Ptolomeu I Sóter
Berenice I
Filipe
Arsínoe I
Ptolomeu II Filadelfo
Arsínoe II
Filotera
Magas de Cirene
Antígona
Texena
Ptolomeu III Evérgeta
Lisímaco
Berenice Sira

Referências

  1. Posidippius, Epigramas, Hipikka, AB 88
  2. a b c d e Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.7.1
  3. Posidippius, Epigramas, Hipikka, AB 78 e AB 79
  4. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pirro, 4.4
  5. a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.6.8
  6. Chris Bennett em Tyndale House, Ptolemaic Dinasty, Theoxena [em linha]
  7. a b Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.7.3
  8. a b Eusébio de Cesareia, Crônica, 95, Os reis da Ásia Menor após a morte de Alexandre, o Grande
  9. a b Políbio, Histórias, Livro XV, 25.2
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  • d
  • e
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Protodinastia
(3500–3150 a.C.)
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