Cronologia do Mercado Comum do Sul

Este anexo é a cronologia do Mercado Comum do Sul.

Década de 1980

  • Em 30 de novembro de 1985, os presidentes da Argentina e Brasil assinaram a Declaração de Foz de Iguaçu, pedra base do Mercosul. No ano de 2004, Argentina e Brasil resolveram conjuntamente que, no dia 30 de novembro, se comemorará o Dia da Amizade argentino-brasileira;[1]
  • Em 29 de julho de 1986, é firmada a Ata para a Integração Argentino-Brasileira. Mediante este instrumento, estabeleceu-se o (PICAB) Programa de Integração e Cooperação entre Argentina e Brasil, fundado nos princípios de gradualidade, flexibilidade, simetria, equilíbrio, tratamento preferencial frente a outros mercados, harmonização progressiva de políticas e participação do setor empresarial. O núcleo do PICAB foram os protocolos setoriais, em setores chaves;
  • Em 6 de abril de 1988, é firmada a Ata do Alvorada, mediante a qual Uruguai se junta ao processo de integração regional;
  • Em 29 de novembro de 1988, celebra-se o Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento entre Argentina e Brasil, pelo qual se fixou um prazo de 10 anos para a eliminação gradual das assimetrias;

Década de 1990

  • Em 6 de julho de 1990, é firmada a Declaração de Buenos Aires, acelerando o cronograma de integração e fixando a data de 31 de dezembro de 1994 para alcançar o mercado comum.
  • Em 26 de março de 1991, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai firmam o Tratado de Assunção, que adota o nome Mercosul, e uma estrutura institucional básica e estabelece uma área de livre comércio.
  • Em junho de 1992, é estabelecido o cronograma definitivo da constituição do mercado comum.
  • No dia 17 de dezembro de 1994, é firmado o Protocolo de Ouro Preto,[2] que conferiu personalidade jurídica ao bloco.
  • Na data de 25 de junho de 1996, é firmada entre os países partes a Declaração presidencial sobre a Consulta e Concentração Política dos Estados Partes do Mercosul, e junto ao Chile e Bolívia, a Declaração Presidencial sobre Compromisso Democrático no Mercosul. Estes instrumentos relacionam-se com as tentativas de golpe de Estado em abril no Paraguai e o decisivo rol julgado pelo Mercosul para evitá-lo.
  • Em 24 de julho de 1998, os quatro países partes, junto a Bolívia e o Chile, firmam o Protocolo de Ushuaia[3] sobre o Compromisso Democrático.
  • Em 10 de dezembro de 1998, os quatro presidentes firmam a Declaração Sociolaboral do Mercosul.[4]

Década de 2000

XXX Reunião de Cúpula do Mercosul, 2006.
Reunião dos chefes de Estado dos países que integram o Mercosul, em 4 de julho de 2006.
  • Em 29 de junho de 2000, são aprovadas as Decisões referidas ao relançamento do Mercosul.
  • Em 18 de fevereiro de 2002, mediante o Protocolo de Olivos é criado o Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.[5] Este tem sede em Assunção desde 2004.
  • O Mercosul foi significativamente enfraquecido pelo colapso da economia argentina em 2002, com isso, os Estados Unidos deixaram de ajudar a Argentina uma vez que esse país latino-americano não transmitia suficiente confiança aos mercados internacionais, deixando de honrar seus compromissos financeiros em diversas ocasiões.[6]
  • Em 2003, pela Decisão CMC Nº 11/03, cria-se a Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul (CRPM) com seu Presidente. O Presidente da CRPM permanece dois anos no cargo[7] e o CMC podem estender o mandato por mais um ano.[8]
  • A partir de julho de 2004, acontece uma nova rodada de negociações. Entre outros tópicos, discutiu-se a entrada do México no grupo.[9] Como resultado, em 8 de dezembro de 2004, os países partes assinaram a Declaração de Cuzco, que lançou as bases da Comunidade Sul-Americana de Nações, entidade que unirá o Mercosul e o Pacto Andino, em uma zona de livre comércio continental.[10]
  • Em dezembro de 2004, na Cúpula de Presidentes de Ouro Preto:
    • Estabelece-se o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM) (Decisão CMC Nº 45/04), a fim de financiar programas de convergência estrutural, competividade, coesão social e infra-estrutura institucional;
    • Cria-se o Grupo de Alto Nível (GAN) para a formulação de uma Estratégia MERCOSUL de Crescimento de Emprego;
    • Encomenda-se a Comissão Parlamentar Conjunta a redação de uma proposta de Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul.
  • Em 6 de julho de 2005, é firmado o Protocolo de Assunção sobre Direitos Humanos do Mercosul.
  • Na Cúpula de Presidentes em Monteiro, ocorrida em dezembro de 2005, por Decisão CMC 23/05, é aprovado o Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul. A constituição do Parlamento aconteceu em 31 de dezembro de 2006.
  • Em dezembro de 2005, a Venezuela protocola seu pedido de adesão ao Mercosul e, em 4 de julho de 2006, seu ingresso ao bloco econômico é formalizado em Caracas.[11]
  • Na Cúpula de Presidentes em Córdoba, em julho de 2006, os itens abaixo ainda encontram-se em processo de análise pelo Senado brasileiro:
    • integrou-se a Venezuela como associado do Mercosul, contudo ainda depende de aprovação interna;
    • aprovou-se a Estratégia Mercosul de Crescimento do Emprego (Decisão CMC Nº 04/06);
    • criou-se o Observatório da Democracia do Mercosul (Decisão CMC Nº 24/06);
    • estabeleceu-se que a Argentina será sede permanente do Mercosul Cultural;[12]
  • Instalação do Parlamento em Montevidéu, em 7 de maio de 2007.

Década de 2010

Logomarca brasileira dos 25 anos do Mercosul.
  • No dia 7 de abril de 2010, em uma palestra a empresários, o presidente Lula confirmou, oficialmente, a entrada do Estado de Israel no bloco, sendo o primeiro país fora da América do Sul a ingressar no Mercosul. Porém, sua participação é apenas no livre comércio, atualmente restringido a Brasil e Uruguai.
  • O Mercosul oferece 9.424 itens com tarifa gradualmente reduzida em dez anos. O Brasil mostrou-se interessado nos setores de agronegócio, defesa espacial, mineração, indústria têxtil, tecnologia, aviação e medicamentos.
  • No dia 24 de junho de 2012, o Mercosul anuncia o afastamento do Paraguai de suas atividades no bloco, devido ao processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo. [13]

Referências

  1. «Acordado pela Ata de Copacabana de 16 de março de 2004». Consultado em 30 de agosto de 2010. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  2. Protocolo de Ouro Preto na íntegra
  3. «Os Estados-Partes, Chile e Bolívia assinam o Protocolo de Ushuaia» (PDF) 
  4. Declaração Sociolaboral na íntegra
  5. «Protocolo de Olivos» (PDF) 
  6. «Argentina busca apoio financeiro nos Estados Unidos». BBC Brasil .
  7. «Sobre as responsabilidades do CRPM». Sítio oficial do Mercosul 
  8. «Atas das reuniões do Conselho do Mercado Comum (CMC)» 
  9. «México, em processo de conversão para estado associado». jornal Bilaterals.org 
  10. Declaração de Cuzco.
  11. «Venezuela torna-se Estado-Associado do Mercosul a partir de 04 de Julho de 2006» 
  12. «Sede permanente do Mercosul Cultural» (PDF). Artigo 1º do CMC 11/06 
  13. «Mercosul e Unasul decidem afastar Paraguai de suas atividades». G1 24/06/12 
  14. Acordo com União Europeia tira Mercosul de isolamento; ENTENDA. O Globo. Conteúdo acessado em 28 de junho de 2019
  15. Mercosur cierra un histórico Acuerdo de Asociación Estratégica con la Unión Europea. www.mercosur.int. Página consultada em 29 de outubro de 2019 (em castelhano)
  16. «Mercosul e UE fecham acordo histórico» (em inglês). 28 de junho de 2019 
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