Henrique Smith Bayma

Henrique Smith Bayma
Henrique Smith Bayma
Governador de São Paulo
Período 29 de dezembro de 1936
até 5 de janeiro de 1937
Antecessor(a) Armando de Sales Oliveira
Sucessor(a) José Joaquim Melo Neto
Dados pessoais
Nascimento 19 de julho de 1883
Brotas,SP, Brasil
Morte 28 de junho de 1974 (90 anos)
Brotas, SP, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Partido Partido Constitucionalista, União Democrática Nacional (UDN)
Profissão Advogado

Henrique Smith Bayma (Brotas, 20 de dezembro de 1891 — Brotas, 28 de junho de 1974) foi um advogado e político brasileiro.[1]

Vida

Filho de Teodoro da Silva Bayma e de Antônia Smith, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo em 1908. Formou-se em 1911 e passou a exercer a advocacia. Em 1912 foi secretário de Paulo de Morais Barros, secretário de Estado da Agricultura do governo Rodrigues Alves. Mais tarde, tornou-se advogado do Patronato Agrícola do Estado de São Paulo.[1]

Em 1917, alistou-se na Liga Nacionalista, fundada em julho do mesmo ano, difundia os ideais cívicos pregados por Rui Barbosa e Olavo Bilac, entre eles a defesa do serviço militar obrigatório e do voto secreto.[2]

Ingressou no Partido Democrático (PD) de São Paulo, tendo ocupado o cargo de diretor. Como membro do partido, participou da Aliança Liberal, em 1930, coligação criada para lançar as candidaturas oposicionistas de Getúlio Vargas e João Pessoa.[2]

Em 1932 foi um dos líderes da Revolução Paulista de 1932. Além disso, Henrique Smith Bayma foi um dos dirigentes na construção do anteprojeto de programa que seria adotado com a possível queda de Getúlio Vargas. Depois do fim da Revolução foi preso pelas tropas federais brasileiras em uma trincheira entre o município de Queluz e Vila Queimada, após sua integração, como soldado, ao 7º  Pelotão do Batalhão Piratininga,[3] e enviado à Ilha Grande.[1]

Foi presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e, de 29 de dezembro de 1936 a 5 de janeiro de 1937, foi o chefe do poder executivo (governador) do estado de São Paulo.[1]

No ano de 1940, durante o Estado Novo, foi realizada uma comemoração ao centenário de Antônio Prado, um dos principais fundadores do Partido Democrático (PD), promovida por Bayma e alguns antigos correligionários. Por conta desse evento, eles foram presos acusados de estarem contrariando o regime e tentando reviver o M.M.D.C - acrônimo pelo qual se tornou representado os nomes dos mártires do Movimento Constitucionalista de 1932, que culminou no levante denominado como Revolução Constitucionalista, eclodido em 9 de julho daquele ano. O grupo detido foi alistado em inquérito policial enviado ao Tribunal de Segurança Nacional pelo delegado Hugo Auler e foi anunciado no dia 21 de abril de 1940 no Diário de São Paulo.[4]

Em 1945 regressou à política, exercendo a presidência da UDN por diversos mandatos.[1]

No ano de 1952, ainda participando da direção da UDN paulista, discordou de Valdemar Ferreira em relação à postura do partido perante o governador Lucas Nogueira Garcez, que havia procurado o apoio político dos udenistas. Diferentemente de Ferreira, Bayma era favorável ao apoio.[1]

Com sua opinião vencida, acabou renunciando ao cargo diretivo que ocupava no partido ao lado de outros líderes, entre eles, Aureliano Leite, Cantídio de Moura Campos e Antônio Sousa Noschese.[1]

Morreu no dia 28 de junho de 1974, já afastado da vida pública. Era solteiro.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h «Henrique Smith Bayma»  na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), acessado em 25 de abril de 2018
  2. a b «Henrique Smith Bayma»  na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
  3. «Nove de julho, capítulo digno na história da OAB SP». OAB SP 
  4. «Partido Democrático de São Paulo (PD) | CPDOC». cpdoc.fgv.br. Consultado em 21 de outubro de 2021 


Precedido por
Armando de Sales Oliveira
Governador de São Paulo
1936 — 1937
Sucedido por
José Joaquim Cardoso de Melo Neto


  • v
  • d
  • e
  1. Prudente de Morais
  2. Jorge Tibiriçá
  3. Américo Brasiliense
  4. Tertuliano Castelo Branco
  5. Cerqueira César
  6. Bernardino de Campos
  7. Peixoto Gomide
  8. Campos Sales
  9. Peixoto Gomide
  10. Fernando Prestes
  11. Rodrigues Alves
  12. Domingos de Morais
  13. Bernardino de Campos
  14. Jorge Tibiriçá
  15. Albuquerque Lins
  16. Rodrigues Alves
  17. Altino Arantes
  18. Washington Luís
  19. Carlos de Campos
  20. Antônio Dino Bueno
  21. Júlio Prestes
  22. Heitor Penteado
  23. Hastínfilo de Moura
  24. José Maria Whitaker
  25. Plínio Barreto
  26. Lins de Barros
  27. Laudo de Camargo
  28. Manuel Rabelo
  29. Pedro de Toledo
  30. Herculano de Carvalho
  31. Castilho de Lima
  32. Daltro Filho
  33. Armando de Sales
  34. Smith Bayma
  35. Melo Neto
  36. Silva Júnior
  37. Ademar de Barros
  38. Sousa Costa
  39. Nogueira de Lima
  40. Macedo Soares
  41. Ademar de Barros
  42. Lucas Nogueira Garcez
  43. Jânio Quadros
  44. Carvalho Pinto
  45. Ademar de Barros
  46. Laudo Natel
  47. Abreu Sodré
  48. Laudo Natel
  49. Paulo Egydio Martins
  50. Paulo Maluf
  51. José Maria Marin
  52. Franco Montoro
  53. Orestes Quércia
  54. Fleury Filho
  55. Mário Covas
  56. Geraldo Alckmin
  57. Cláudio Lembo
  58. José Serra
  59. Alberto Goldman
  60. Geraldo Alckmin
  61. Márcio França
  62. João Doria
  63. Rodrigo Garcia
  64. Tarcísio de Freitas

Sede e
residência
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