Ibsen Pinheiro

Ibsen Pinheiro
Ibsen Pinheiro
97.º Presidente da Câmara dos Deputados
Período 2 de fevereiro de 1991
até 2 de fevereiro de 1993
Antecessor(a) Antonio Paes de Andrade
Sucessor(a) Inocêncio Gomes de Oliveira
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
Período 1 de fevereiro de 1983
até 18 de maio de 1994
Período 1 de fevereiro de 2007
até 1 de fevereiro de 2011
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul
Período 1 de fevereiro de 1979
até 31 de janeiro de 1983
Período 18 de fevereiro de 2015
até 31 de janeiro de 2019
Vereador de Porto Alegre
Período 1 de janeiro de 1977
até 31 de janeiro de 1979
Período 1 de janeiro de 2005
até 31 de janeiro de 2006
Dados pessoais
Nascimento 5 de julho de 1935
São Borja, Rio Grande do Sul
Morte 24 de janeiro de 2020 (84 anos)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Alma mater Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido MDB (1966-1979)
MDB (1980-2020)
Profissão Procurador de Justiça e jornalista

Ibsen Valls Pinheiro GOMM (São Borja, 5 de julho de 1935Porto Alegre, 24 de janeiro de 2020) foi um jornalista, advogado e político brasileiro, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[2]

Foi promotor de justiça e procurador de justiça, deputado estadual no Rio Grande do Sul e presidente da Câmara dos Deputados durante o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello. Após ser acusado de enriquecimento ilícito e irregularidades fiscais, teve o seu mandato cassado.[3] Morreu no dia 24 de janeiro de 2020 vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Biografia

Filho de Ricardo Pinheiro Bermudes e Lilia Valls Pinheiro. Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) na década de 1960.[4]

Na política começou em 1976, quando foi eleito vereador da cidade de Porto Alegre e, em 1978, deputado estadual, sempre pelo PMDB. A carreira como deputado federal pelo Rio Grande do Sul começou em 1982. Em 1986 foi eleito deputado constituinte e, de fevereiro de 1991 a fevereiro de 1992, foi o presidente da Câmara Federal, tendo conduzido o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em julho de 1991, Ibsen foi admitido por Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Ainda assim, votou a favor de seu afastamento.

Em 1994, teve seu mandato cassado pela CPI que investigou as irregularidades no Orçamento da União, acusado pela revista Veja de participar do Escândalo dos Anões do Orçamento, um esquema de desvio de verbas, e condenado a ficar afastado da vida pública por oito anos.

Em 2000, o Supremo Tribunal Federal arquivou o processo em que era acusado de sonegação fiscal.[5]

Na primeira eleição em que concorreu após a retomada de seus direitos políticos, em 2002, concorreu a deputado federal, mas não se elegeu. Porém, em 2004, retornou à política, elegendo-se vereador de Porto Alegre, tendo sido o candidato mais votado naquela eleição. Em 2006, foi eleito novamente deputado federal. Aliado do governo Lula, votou a favor da CPMF, mas bateu de frente com os interesses do Presidente ao enviar em 2009 a Emenda Ibsen Pinheiro, que retirou royalties do petróleo dos estados produtores, para divisão igual entre os estados brasileiros.

Foi deputado estadual e posicionou-se contra o impeachment de Dilma Rousseff.[6][7]

Ibsen Pinheiro também faz parte do conselho deliberativo do Sport Club Internacional e era procurador de Justiça aposentado.[8]

Morte

Pinheiro faleceu em 24 de janeiro de 2020, vitimado por uma parada cardiorrespiratória.[9][10] Pinheiro estava internado em um hospital em Porto Alegre.[11]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de julho de 1991.
  2. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «IBSEN VALLS PINHEIRO». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 30 de junho de 2021 
  3. «Ibsen Pinheiro». Câmara dos Deputados. Consultado em 22 de dezembro de 2016 
  4. «ibsen Pinheiro – Dep. Federal 15.123 | Só mais um site WordPress». 12 de agosto de 2014. Consultado em 25 de janeiro de 2017 
  5. «Memorial da Democracia - CPI investiga anões do orçamento». Memorial da Democracia. Consultado em 25 de janeiro de 2017 
  6. Rodolfo Borges. «Ibsen Pinheiro: "Aprovar impeachment é difícil. Crise precisa virar uma avalanche"». El Pais. Consultado em 22 de dezembro de 2016 
  7. «Condutor do processo de 1992, Ibsen Pinheiro não vê hoje elementos que justifiquem impeachment - Política - Estadão». Estadão 
  8. «Por aclamação, Ibsen Pinheiro é eleito presidente do Conselho do Inter». globoesporte.com 
  9. «Morre aos 84 anos o ex-presidente da Câmara dos Deputados Ibsen Pinheiro». GaúchaZH. 24 de janeiro de 2020. Consultado em 25 de janeiro de 2020 
  10. «Morre aos 84 anos Ibsen Pinheiro, ex-presidente da Câmara dos Deputados». G1. Consultado em 25 de janeiro de 2020 
  11. «Morre Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara no impeachment de Collor». Folha de S. Paulo: A15  |acessodata= requer |url= (ajuda)

Ligações externas

  • Biografia Ibsen Pinheiro - Câmara dos Deputados
  • IBSEN PINHEIRO - PMDB/RS

Precedido por
Antonio Paes de Andrade
Presidente da Câmara dos Deputados
1991 — 1993
Sucedido por
Inocêncio Gomes de Oliveira
  • v
  • d
  • e
Deputados estaduais do Rio Grande do Sul - 45ª legislatura (1979 — 1983)

Adylson Motta (ARENA)
Airton Santos Vargas (ARENA)
Alceu Francisco Martins da Rosa (ARENA)
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Ibsen Pinheiro (MDB)
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João Severiano (MDB)
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José Fogaça (MDB)
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Lélio Souza (MDB)
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Moisés Velasques (MDB, suplente)
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Roberto Athayde Cardona (ARENA, suplente)
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Rubens Ardenghi (ARENA)
Rubi Diehl (ARENA)
Sedenir Martins (MDB)
Sérgio Ilha Moreira (ARENA)
Silvérius Kirst (ARENA)
Vercedino Albarello (ARENA)
Valmir Susin (ARENA, suplente)
Victório Trez (MDB)
Walter Troina (MDB)

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(D. Pedro I)
Câmara dos Deputados
Bandeira do primeiro reinado Período regencial
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(D. Pedro II)
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Bandeira do Brasil (1889-1960) 2.ª, 3.ª e 4.ª
Repúblicas
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