Lilia Schwarcz

Lilia Schwarcz
Lilia Schwarcz
Nome completo Lilia Katri Moritz Schwarcz
Nascimento 27 de dezembro de 1957 (66 anos)
São Paulo, SP, Brasil
Nacionalidade brasileira
Cônjuge Luiz Schwarcz
Alma mater Universidade de São Paulo
Ocupação antropóloga
professora
escritora
Prémios Prêmio ABL de História e Ciências Sociais (2014)
Magnum opus Batalha do Avaí

Lilia Katri Moritz Schwarcz OMCORB (São Paulo, 27 de dezembro de 1957) é uma historiadora e antropóloga brasileira. É doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo e, atualmente, professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas na mesma universidade.[1] Em 2024, Lilia foi eleita para compor a cadeira número 9 da Academia Brasileira de Letras.[2]

Vida

Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutorado também em Antropologia Social pela USP.[3]

Também é fundadora da editora Companhia das Letras junto com Luiz Schwarcz, com quem é casada.[4][5]

Livros

É autora de importantes obras como Raça e diversidade e As Barbas do Imperador sobre a vida de Dom Pedro II, vencedor do Prêmio Jabuti de 1999 de Livro do Ano na categoria não-ficção.[6]

No livro "A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis" começa no relato do terremoto de Lisboa em 1755 e vai até a Independência do Brasil. Teve o objetivo de recuperar o acervo da Real Biblioteca – hoje pertencente à Biblioteca Nacional. Teve a colaboração em alguns capítulos de Paulo Cesar de Azevedo e Angela Marques da Costa.

Em 2015 publicou, junto com Heloisa M. Starling, o livro Brasil: Uma Biografia.[7]

Em 2019, publicou um livro que trata do autoritarismo no Brasil, o qual está impregnado na sociedade. O livro se chama Sobre o Autoritarismo Brasileiro: uma breve história de cinco séculos e foi publicado pela Companha das Letras. A publicação do livro sugere que "os cenários recentes [p. ex, o governo de Jair Bolsonaro] são a última encarnação de um autoritarismo, patrimonialismo, corrupção, desigualdade, violência e racismo multi-seculares e essencialmente configurados desde o século 16".[8]

o livro é sobre Jair Bolsonaro, mas também não é, porque parto de duas grande hipóteses, a primeira é que o Brasil e os brasileiros sempre foram autoritários e a segunda é o que nosso presente está totalmente lotado de passado

—  Lilia Schwarcz[8]

Televisão

Em 2017 apresentou, junto com o ator Dan Stulbach, a minissérie Era Uma Vez Uma História, da Rede Bandeirantes. O programa apresenta em 4 capítulos eventos históricos desde a transferência da corte portuguesa até a Proclamação da República no Brasil.[9]

Prêmios

  • 1999 - Livro do ano não ficção, Prêmio Jabuti (CBL), pela obra As Barbas do Imperador.[10]
  • 1999 - 2º lugar na categoria Ensaio e Biografia, Prêmio Jabuti (CBL), pela obra As Barbas do Imperador.[10]
  • 2009 - 1º lugar na categoria Biografia, Prêmio Jabuti (CBL), pela obra O Sol do Brasil.[11]
  • 2010 - 3º lugar na categoria Ciências Humanas, Prêmio Jabuti (CBL), pela obra Um enigma chamado Brasil.[12]
  • 2014 - Prêmio ABL de História e Ciências Sociais (ABL), pela obra Batalha do Avaí.[13]
  • 2016 - 1º lugar na categoria Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia, Prêmio Jabuti (CBL), pela obra Histórias Mestiças: Catálogo.[14]

Condecorações

Insígnia País Honra Data
Brasil Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico 8 de março de 2010[15]
Brasil Oficial da Ordem de Rio Branco 21 de novembro de 2023[16]

Obras

  • Retrato em Branco e Negro: Jornais, Escravos e Cidadãos em São Paulo no Fim do Século XIX. Companhia das Letras, 1987. ISBN 8585095180
  • O Espetáculo das Raças. Cientistas, Instituições e Pensamento Racial no Brasil: 1870-1930. Companhia das Letras, 1993. ISBN 8571643296
  • As Barbas do Imperador: D. Pedro II, um Monarca nos Trópicos. Companhia das Letras, 1998. ISBN 8571648379 - Prêmio Jabuti - Livro do ano 1999[17]
  • O Império em Procissão. Zahar, 2000. ISBN 9788537806531
  • A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis: Do Terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. Companhia das Letras, 2002. ISBN 8535902880
  • O Sol do Brasil: NICOLAS-ANTOINE TAUNAY e as Desventuras dos Artistas Franceses na Corte de D. João 1816-1821. Companhia das Letras, 2008. ISBN 9788535911855 - Prêmio Jabuti - Melhor Biografia 2009
  • D. João Carioca: A Corte Portuguesa Chega ao Brasil 1808-1821. Companhia das Letras, 2008. ISBN 9788535911206
  • Um Enigma Chamado Brasil (com André Botelho). Companhia das Letras, 2009. ISBN 8535915494 - Prêmio Jabuti - Ciências Sociais 2010[18]
  • Agenda Brasileira (com André Botelho). Companhia das Letras, 2011. ISBN 9788535918748
  • História do Brasil Nação Vol. 3: A Abertura para o Mundo 1889-1930 (Org. do volume e Diretora da Coleção). Objetiva, 2012. ISBN 9788539003860
  • Nem Preto nem Branco, muito pelo Contrário. Claro Enigma (Companhia das Letras), 2012. ISBN 9788581660233
  • Racismo no Brasil. Publifolha, 2012. ISBN 978-8574023175
  • A Batalha do Avaí, a Beleza da Barbárie: A Guerra do Paraguai Pintada por Pedro Américo. Rio de Janeiro, Sextante. 2013. ISBN 9788575429969
  • Brasil: Uma Biografia (com Heloisa Murgel Starling). Companhia das Letras. 2015. ISBN 9788535925661[7]
  • Lima Barreto: Triste Visionário. Companhia das Letras, 2017. ISBN 9788535929133
  • Sobre o Autoritarismo Brasileiro. Companhia das Letras, 2019. ISBN 978-8535932195
  • Quando Acaba o Século XX. Companhia das Letras, 2020. ASIN B08D9T62H6
  • A Bailarina da Morte: A Gripe Espanhola no Brasil. Companhia das Letras, 2020. ISBN 978-8535933918

Referências

  1. «Sempre um Papo — Lilia Katri Moritz Schwarcz (antropóloga)». TV Câmara. Consultado em 12 de julho de 2008 
  2. «Lilia Moritz Schwarcz é eleita imortal pela Academia Brasileira de Letras - Revista O Grito! — Jornalismo cultural que fala de tudo». 7 de março de 2024. Consultado em 7 de março de 2024 
  3. «LILIA SCHWARCZ». FGV. Consultado em 16 de setembro de 2020 
  4. Werneck, Alexandre (29 de dezembro de 2008). «Lilia Moritz Schwarcz é a 'Mulher de Ideias' de 2008». Jornal do Brasil. Consultado em 3 de agosto de 2020 
  5. Meireles, Maurício (31 de outubro de 2018). «Penguin Random House compra controle majoritário da Companhia das Letras». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  6. «"As Barbas do Imperador" leva Livro do Ano de não-ficção». Folha de S.Paulo. 24 de abril de 1999. Consultado em 17 de outubro de 2018 
  7. a b «'Brasil: Uma Biografia' faz mergulho sensível e profundo na alma brasileira». Folha de S.Paulo. 9 de maio de 2015. Consultado em 20 de maio de 2020 
  8. a b Andrea Slemian e Nuno Gonçalo Monteiro disse (5 de junho de 2020). «Sob o autoritarismo brasileiro, sobre o lugar da História». Revista Cult. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  9. «Dan Stulbach comanda série 'Era Uma Vez Uma História'». O Dia. 26 de abril de 2017. Consultado em 11 de outubro de 2018 
  10. a b «PREMIADOS 1999». Jabuti. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  11. «PREMIADOS 2009». Jabuti. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  12. «PREMIADOS 2010». Jabuti. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  13. «Prêmios». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  14. «PREMIADOS 2016». Jabuti. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  15. «Ordem Nacional do Mérito Científico admite novos membros». CNPEM. 8 de março de 2010. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  16. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Nº 220, terça-feira, 21 de novembro de 2023». Imprensa Nacional. 21 de novembro de 2023. p. 12. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  17. «CBL». Consultado em 12 de agosto de 2009. Arquivado do original em 7 de outubro de 2010 
  18. «Premiados do Ano | 62º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. 2010. Consultado em 29 de novembro de 2020 

Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Lilia Moritz Schwarcz
  • «Currículo». na Plataforma Lattes 
  • «Lilia Moritz Schwarcz». no Grupo Companhia das Letras 
  • Canal de Lilia Schwarcz no YouTube
  • v
  • d
  • e
1991 – 1999
Ficção
Não Ficção

1993: Caco Barcellos 1994: Gilberto Dimenstein 1995: Stephen Charles Kanitz 1996: Ruy Castro 1997: Roberto Campos 1998: Carmen Lúcia Azevedo, Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta 1999: Lilia Moritz Schwarcz

2000 – 2009
Ficção
Não Ficção

2000: Drauzio Varella 2001: Fernando Morais 2002: Ruth Rocha e Anna Flora 2003: João Paulo Capobianco 2004: Caco Barcellos 2005: Francisco Alberto Madia de Souza 2006: Ruy Castro 2007: Ivana Jinkings e Emir Sader 2008: Laurentino Gomes 2009: Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini

2010 – presente
Ficção
Não Ficção

2010: Maria Rita Kehl 2011: Laurentino Gomes 2012: Miriam Leitão 2013: Audálio Dantas 2014: Laurentino Gomes 2015: Marcelo Godoy • 2016: Nei Lopes e Luiz Antônio Simas Eduardo Jardim • 2017: Magda Soares

  • v
  • d
  • e
Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
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38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
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