Série M 1 a 7 da CP

Automotora CP M 1 a 7

A Série M 1 a 7, igualmente conhecida como Automotora Nacional, Caixa de fósforos, ou Gracinda, foi um tipo de automotora, que era utilizada pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses no Ramal de Cáceres, na Linha do Leste, e em vários ramais Alentejanos, em Portugal.

Descrição

Esta série era composta por sete automotoras, que utilizavam motores Chevrolet de noventa cavalos, podendo funcionar a gasolina ou gasogénio.[1] Foi principalmente utilizada em vários ramais no Alentejo, na Linha do Leste, e no Ramal de Cáceres.[1]

Automotora da Serie M1 a M7.

História

Foram construídas nas oficinas de Santa Apolónia da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, entre 1943 e 1948,[2] segundo um projecto do engenheiro Vasco Viana.[1] Foram introduzidas ao serviço para fazer face às necessidades de material circulante nas ligações de tráfego mais reduzido, uma vez que, devido à Segunda Guerra Mundial, se tornou extremamente complicado encontrar os meios necessários para reparação e aquisição de material circulante.[1] Além disso, devido à guerra também houve uma grande escassez de carvão,[3] motivo pelo qual estas automotoras utilizavam combustíveis alternativos.[1]

No entanto, o seu serviço ficou marcado pelas constantes avarias que sofriam, pelo que foram abatidas ao serviço pouco tempo depois da sua introdução, tendo sido substituídas pelas automotoras da Série 0100, em 1948.[2]

Automotora desta série a fazer um comboio rápido entre o Porto e Coimbra.

Ficha técnica

  • Características de exploração
    • Ano de entrada ao serviço:1943 - 1948[2]
    • Número de unidades construídas: 7[1]
  • Dados gerais
    • Construtor: Oficinas de Santa Apolónia[1]
    • Bitola: 1668 mm[1]
    • Tipo de tracção: Gasolina ou gasogénio[1]
    • Comprimento: 8,67 metros[2]
  • Transmissão
    • Tipo: Mecânica, de quatro velocidades e marcha à ré [2]
  • Motores de tracção
    • Motor diesel
      • Número: 1[2]
      • Construtor: Chevrolet[1]
      • Tipo: Motor de 3500 cm3[2]
      • Potência: 90 cavalos[1]
  • Características de funcionamento
    • Velocidade máxima: 80 km/h[2]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i j k REIS et al, 2006:115
  2. a b c d e f g h NUNES, Rui (23 de Outubro de 2008). «Automotoras». Transportes XXI. Consultado em 20 de Abril de 2012 
  3. MARTINS et al, 1996:57, 58
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a Série M 1 a 7 da CP

Bibliografia

  • MARTINS, João Paulo, BRION, Madalena, SOUSA, Miguel de, LEVY, Maurício, AMORIM, Óscar (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  • REIS, Francisco Cardoso dos; GOMES, Rosa Maria; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)

Ligações externas

  • Fotografia de uma automotora da Série 1 a 7, no sítio electrónico Flickr


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Material motor ferroviário em Portugal
Tipologia ↓ diesel / gasolina / gasogénio vapor:
carvão / óleo
elétrica:
IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v.
← Tracção
Estado → em serviço fora de serviço (ou uso ocasional) em serviço Bitola
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.)
automotoras 592 remodelados M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 1001 Z1 2000 2050 2080



ABm1-18

remodelados 2300 2400 3400 3500 4000 1668 mm
(ibérica)
VIP
0350
0450
0300
0400
 2100⎫ 
2150⎬ 
2200⎭ 
⎰*3100
⎱*3200

2240

3150*
3250*
9630 9500
 
9700─╮
9400←╯
ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 (Vale do Lima) (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) 1000 mm
(métrica)
locomotivas 9000 9020 Lydya
E1 E21 E31 E41 E51 E61 E71 E81 E91 E101 E111 E121 E131 E141 E151 E161 E181 E201 1-2
1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 1300 1320 1550 1800 1960
D. Luiz S. Inauguração 001 01 1 09 011 17 021 21 031 32 41 041 41 070 71 81 91 101 103 110 141 151 175 181 0151 0181 0201 201 211 221 261 281 291 301 351 401 501 551 601 701 751 801 831 851 951 2068 01002 1008 2000 02012 02049 2133 51 (BA) 11 (CFE)
2500 2550 3300* 2600 2620 4700 5600 1668 mm
(ibérica)
locotratoras 1150 1000 1020 1050 1100 005
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos)
bondes
STCP101 STCP112 STCP115 STCP120 STCP150 STCP249 STCP250 STCP266 STCP300 STCP350 STCP404 STCP500
STCP200 STCP270 STCP280 1435 mm
(padrão)
automotoras ML7 ML79 ML90 ML95 ML97 ML99 ML200
LRVs, articulados MP000 MP100 MP200 C000
CCFL501 CCFL601 900 mm
bondes TUB1
CCFL203 CCFL283 CCFL284 CCFL323 CCFL343 CCFL363 CCFL389 CCFL400 CCFL403 CCFL475 CCFL500 CCFL508 CCFL532 CCFL552 CCFL601 CCFL613 CCFL736 CCFL761 CCFL801 CCFL806 CCFL901 TUB01
CCFL001 CCFL003 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737
(PdV-VdC) (CCFTNA) (CFPLER) SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 (CSA) 1000 mm
(métrica)
locomotivas CSA 23074 (Pomarão)
(Transpraia) (P.d’El-Rei) (Mira) (CFPL) 600 mm
(JAPH) N0(JAPPD) 2140 mm
Estado → em serviço fora de serviço em serviço Bitola
Tipologia ↑ diesel / gasolina / gasogénio vapor:
carvão / óleo
elétrica ← Tracção
Ver também: Linhas • Serviços • Empresas • Multimédia • Acidentes
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