Caminho de Ferro Mineiro do Pejão

Caminho de Ferro Mineiro do Pejão
Info/Ferrovia
Informações principais
Área de operação Castelo de Paiva
Portugal Portugal
Tempo de operação Século XIX–1974
Operadora Empresa Carbonífera do Douro
Especificações da ferrovia
Bitola 600 mm
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Caminho de Ferro Mineiro do Pejão
Legenda
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Cais fluvial (Germunde)
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Ponte de Pedorido
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Couto mineiro

O Caminho de Ferro Mineiro do Pejão, foi uma rede ferroviária em Portugal, que foi utilizada para transportar a produção das minas de carvão de Pedorido até um cais fluvial no Rio Douro, junto a Germunde.

Publicidade de 1942 da Emprêsa Carbonífera do Douro, mostrando o caminho de ferro.

História

A exploração do couto mineiro do Pejão iniciou-se em 1859.[1] Era formado por várias minas de carvão, destacando-se principalmente as do Pejão, Germunde e Fojo, tendo sido explorado pela Empresa Carbonífera do Douro.[1] As minas entraram num período de grande desenvolvimento a partir de 1933, atingindo o pico da produção em 1957, mas em 1974 terminou o transporte de minério pelos meios ferroviário e fluvial,[2] acabando por ser encerradas em 1994.[1] O couto do Pejão chegou a ser uma das maiores explorações mineiras em Portugal.[3]

Para escoar a produção das minas do Pejão até ao Rio Douro, foi construído um caminho de ferro no sistema Decauville, com uma bitola de 600 mm, tendo sido uma das poucas linhas em Portugal a utilizar este sistema.[4] O caminho de ferro incluía uma ponte na localidade de Pedorido, que foi construída pela Empresa Industrial Portuguesa em 1893.[5]

Material circulante

Para o transporte do minério foram empregues comboios rebocados por locomotivas a vapor, às quais não foram dados números mas nomes.[2] Uma das locomotivas, denominada de Choupelo, foi construída pela firma Orenstein & Koppel, tendo sido utilizada pelo exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, e depois adquirida pela companhia do Pejão.[6] Outra locomotiva a vapor, chamada de Pejão, foi construída pela empresa britânica Robert Hudson, utilizada no Reino Unido durante a Primeira Guerra Mundial e depois transferida para Portugal.[2] Após o final da exploração mineira, tanto esta locomotiva como a Choupelo passaram para a gestão da Direção Geral de Minas, tendo sido levadas para as oficinas da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses em Campanhã.[2][6] A Pejão foi guardada no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento[2], enquanto que a Choupelo foi preservada primeiro no Núcleo Museológico de Estremoz,[7] e depois levada também para o Entroncamento.[6] Uma outra locomotiva, denominada Pedorido, pode ser encontrada à entrada do edifício da Junta de Freguesia do mesmo nome.[carece de fontes?] Existiu pelo menos uma outra locomotiva a vapor, conhecida como Germunde.[2]

Ver também

Referências

  1. a b c «Couto Mineiro do Pejão». Rota da Água e da Pedra. Consultado em 20 de Junho de 2017 
  2. a b c d e f «Locomotiva Mineira: "Pejão"». Fundação Museu Nacional Ferroviário. 2014. Consultado em 29 de Agosto de 2018 
  3. GUIMARÃES, 2001:49
  4. TÃO, Manuel Margarido (2005). «150 Anos de Material Motor Francês em Portugal». O Foguete. Ano 4 (15). Entroncamento: Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário. p. 13-19. ISSN 124550 Verifique |issn= (ajuda) 
  5. «Ponte do Caminho de Ferro de Pedorido». Câmara Municipal de Castelo de Paiva. 2013. Consultado em 29 de Agosto de 2018 
  6. a b c «Locomotiva Mineira: "Choupello"». Fundação Museu Nacional Ferroviário. 2014. Consultado em 29 de Agosto de 2018 
  7. Blázquez, José Luís Torres (1992). «El Museo de Ferrocarril de Estremoz». Maquetren (em espanhol). Ano 2 (8). Madrid: Resistor, S. A. p. 12-17 

Bibliografia

  • GUIMARÃES, Paulo (Dezembro de 2001). Indústria e conflito no meio rural: Os mineiros alentejanos (1858-1938). Lisboa: Edições Colibri e Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora. 366 páginas. ISBN 972-772-269-5 

Ligações externas

  • «Página sobre as locomotivas da Leighton Buzzard Railway, no Reino Unido, incluindo uma das locomotivas do Caminho de Ferro do Pejão» (em inglês) 
  • «Página sobre a locomotiva "Fojo", originalmente utilizada no Pejão e depois preservada como parte do Festiniog Railway, no Reino Unido» (em inglês) 
  • «Fotografia da locomotiva "Pedorido", exposta junto à Junta de Freguesia de Pedorido, no sítio electrónico Mapio» 


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Rede de via larga da
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(bitola métrica
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rede Vouga/Viseu: AveiroAveiro-Mar† • Crestuma‡† • Dão† • Vouga
outras: Chamusca‡† • Penafiel† • Avis‡† • Cacilhas‡† • P. Caxias
Outras ferrovias
mistas pesadas
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Linhas de alta velocidade:ⁱ Aveiro-Salamancaⁱ‡† • Évora-Faro-Huelvaⁱ‡† • Lisboa-Madridⁱ‡† • Lisboa-Portoⁱ‡† • Porto-Vigoⁱ‡†
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Ligeiros de
passageiros
(turísticos, urbanos,
industriais e militares)
:
Metropolitano de Lisboaⁱ: Azul + Amarela + Verde + Vermelha • Metro do Portoⁱ: A + B + C + D + E + F + G‡ + H‡
Metro Sul do Tejoⁱ • Metro de Mirandela†¹ • Metro Mondegoⁱ‡ • Metro de Faro
elétricos: Lisboa⁹ • Portoⁱ • Coimbra¹† • Braga⁹† • Sintra¹†† • São Miguel‡† • Faro¹‡† • Loures-Amadora-Oeiras‡ • Loures-Lisboa & Oeiras-Lisboa‡
tróleis: Amadora‡ • Braga† • CoimbraPorto
balneares: Caparica⁶ • Barril
outros mecânicos não-elétricos: Larmanjatᴮ† • Braga (vapor)⁹↑ • Póvoa de Varzim (diesel)† • Mira (vapor)† • Torres Novas (vapor)† • Pinhal de Leiria (vapor)† • Escola de Engenharia de Tancos† • Palácio de Cristal†
tracção animal: Aveiro† • Braçal† • Braga⁹↑ • Coimbra↑ • V. Real-Régua↑ • Elvas† • Figueira da Foz† • Funchal⁶† • Lisboa↑ • Portoⁱ↑ • Póvoa de Varzim↑ • S. Jacinto† • S. Pedro Muel† • Torreira† • Campo Entrincheirado de Lisboa† • Forte da Trafaria† • Forte de São Julião da Barra† • Polígono de Tancos† • Funchal - C. Lobos‡† • S. M. Portoⁱ† • F. da Pólvora† • C. Lezírias† • S. Vicente - Santana‡†
Funiculares (lista; hist.):
(cabo vai-vem/contrapeso)
Bica⁹ • Bom Jesusⁱ • Castelo Branco‡ • Freiras† • Glória⁹ • Guindais†† • Lavra⁹ • Nazaré • Ourém‡ • Santa Luzia†† • Sintra‡† • Tomar‡† • Viseu
Carros de cabo sem fim
e de cremalheira:

(incl. teleféricos e APMs)
em suspensão: Achadas da CruzAroeira‡† • BotânicoCabo Girão • Cântaro • Covão • Expo • Fajã dos Padres • Funchal-MonteGaiaGarajau • Lagoa • PenhaRocha do Navio • Sete Fontes‡ • Skiparque • Torre • Viriato • Zoo
sobre carris: Estrela↑ • Graça†‡ • Monte¹†‡ • S. J. Malta‡ • São Sebastião† • SATU Oeiras
Elevadores (hist.):
Boca do VentoCarpinteira-Jardim‡ • Castelo‡‡ • Chiado† • Goldra‡ • MercadoMunicípio† • OuteiroRibeiraPenecoSanta Justa • Santo André
Legenda: bitolas: ²2140 mm • 1668 mm1435 mm¹1000 mm³920 mm • 900 mm • 600 mm
+designações abreviadas quando possível (fonte para linhas da Infraestruturas de Portugal: [1]: pág. 54)
°ferrovias pesadas (#) não geridas pela Infraestruturas de Portugal (e/ou empresas antecessoras)
extinta (totalmente) • projectada • ††reaberta • †‡reabertura projectada • ‡†projecto abandonado • ‡‡projecto recuperado • substituída mantendo traçado/canal
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Material motor ferroviário em Portugal
Tipologia ↓ diesel / gasolina / gasogénio vapor:
carvão / óleo
elétrica:
IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v.
← Tracção
Estado → em serviço fora de serviço (ou uso ocasional) em serviço Bitola
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.)
automotoras 592 remodelados M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 1001 Z1 2000 2050 2080



ABm1-18

remodelados 2300 2400 3400 3500 4000 1668 mm
(ibérica)
VIP
0350
0450
0300
0400
 2100⎫ 
2150⎬ 
2200⎭ 
⎰*3100
⎱*3200

2240

3150*
3250*
9630 9500
 
9700─╮
9400←╯
ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 (Vale do Lima) (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) 1000 mm
(métrica)
locomotivas 9000 9020 Lydya
E1 E21 E31 E41 E51 E61 E71 E81 E91 E101 E111 E121 E131 E141 E151 E161 E181 E201 1-2
1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 1300 1320 1550 1800 1960
D. Luiz S. Inauguração 001 01 1 09 011 17 021 21 031 32 41 041 41 070 71 81 91 101 103 110 141 151 175 181 0151 0181 0201 201 211 221 261 281 291 301 351 401 501 551 601 701 751 801 831 851 951 2068 01002 1008 2000 02012 02049 2133 51 (BA) 11 (CFE)
2500 2550 3300* 2600 2620 4700 5600 1668 mm
(ibérica)
locotratoras 1150 1000 1020 1050 1100 005
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos)
bondes
STCP101 STCP112 STCP115 STCP120 STCP150 STCP249 STCP250 STCP266 STCP300 STCP350 STCP404 STCP500
STCP200 STCP270 STCP280 1435 mm
(padrão)
automotoras ML7 ML79 ML90 ML95 ML97 ML99
LRVs, articulados MP000 MP100 C000
CCFL501 900 mm
bondes TUB1
CCFL203 CCFL283 CCFL284 CCFL323 CCFL343 CCFL363 CCFL389 CCFL400 CCFL403 CCFL475 CCFL500 CCFL508 CCFL532 CCFL552 CCFL601 CCFL613 CCFL736 CCFL761 CCFL801 CCFL806 CCFL901 TUB01
CCFL001 CCFL003 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737
(PdV-VdC) (CCFTNA) (CFPLER) SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 (CSA) 1000 mm
(métrica)
locomotivas CSA 23074 (Pomarão)
(Transpraia) (P.d’El-Rei) (Mira) (CFPL) 600 mm
(JAPH) N0(JAPPD) 2140 mm
Estado → em serviço fora de serviço em serviço Bitola
Tipologia ↑ diesel / gasolina / gasogénio vapor:
carvão / óleo
elétrica ← Tracção
Ver também: Linhas • Serviços • Empresas • Multimédia • Acidentes